Hackers chineses acessaram telefones de Trump e seu companheiro de chapa
Hackers chineses acessaram dados de telefones usados por Donald Trump e seu companheiro de chapa JD Vance como parte do que parece ser um amplo esforço de coleta ilegal de informações, segundo fontes próximas ao caso. Os investigadores estão trabalhando para determinar quais dados podem ter sido obtidos ou observados na invasão dos sistemas de telecomunicações. O tipo de informação nos telefones usados pelo candidato republicano à Casa Branca e seu companheiro de chapa pode ser uma mina de ouro para uma agência de inteligência: para quem ligaram e enviaram mensagens de texto, com que frequência se comunicaram com certas pessoas e por quanto tempo conversaram. A equipe de campanha de Trump foi informada nesta semana de que ele e Vance estavam entre uma série de pessoas dentro e fora do governo cujos números de telefone foram alvo de infiltração nos sistemas telefônicos da Verizon. As fontes também afirmaram que havia democratas entre os alvos dos hackers chineses, incluindo figuras proeminentes no Capitólio e possivelmente membros da equipe da campanha da vice-presidente Kamala Harris. (New York Times)
Oposição venezuelana acusa governo por morte de líder dissidente
O líder oposicionista venezuelano Edwin Santos, um dos fundadores do partido Vontad Popular, foi encontrado morto nesta sexta-feira, e seus correligionários acusam o regime de Nicolás Maduro. Segundo aliados, Santos foi detido na tarde de quinta-feira por agentes do governo quando fazia um trajeto de motocicleta no município de Paéz, do estado de Apure, onde era o principal dirigente do partido. Seu corpo foi encontrado em uma estrada local ao lado da moto, mas as postagens em redes sociais feitas por seus correligionários não apontam como ele teria morrido. Leopoldo López, líder principal do Vontad Popular, exilado na Europa, afirmou que o amigo foi sequestrado, torturado e assassinado. O governo venezuelano e o Ministério Público do país, alinhado a Maduro, não comentaram a morte. (Globo)
‘Washington Post’, de Jeff Bezos, anuncia que não apoiará mais candidatos à Casa Branca
O presidente executivo do Washington Post, Will Lewis, anunciou à redação e em editorial publicado nesta sexta-feira que o jornal não apoiará mais candidatos à presidência, rompendo décadas de tradição. “O Washington Post não apoiará um candidato presidencial nesta eleição”, escreveu. “Nem em qualquer eleição presidencial futura. Estamos voltando às nossas raízes de não apoiar candidatos presidenciais.” Desde 1976, o Post apoia candidatos presidenciais. Naquele ano, chancelou o democrata Jimmy Carter, que venceu as eleições. Antes disso, geralmente, não endossava candidatos, embora tenha aberto uma exceção em 1952 para apoiar Dwight Eisenhower.
Harris e Trump seguem em empatados, segundo pesquisa final NYT/Siena National
Kamala Harris e Donald Trump estão empatados no voto popular, com 48% para cada um, segundo a última pesquisa nacional antes das eleições feita pelo New York Times e do Siena College. O resultado, que chega menos de duas semanas antes do dia do pleito e após milhões de americanos já terem votado antecipadamente, não é encorajador para a vice-presidente. Em eleições recentes, os democratas tiveram obtiveram vantagem no voto popular, mesmo quando perderam o Colégio Eleitoral e, portanto, a Casa Branca. Além disso, no levantamento anterior ela tinha 49% e o republicano, 46%. A mudança está dentro da margem de erro, mas a média nacional de sondagens acompanhadas pelo NYT também registrou uma diminuição da diferença entre os dois candidatos. Mais relevante que a intenção de votos em nível nacional é a decisão nas urnas de sete estados, aos quais Harris e Trump têm dedicado a maior parte de seu tempo e recursos. A maioria das pesquisas nesses estados – Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia, Wisconsin – também sugerem que a disputa está igualmente acirrada. (New York Times)
Era mais barato ter evitado a desgraça, diz Lula sobre acordo pela tragédia em Mariana
O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira que o acordo de reparação pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), serve como uma lição para as mineradoras, pois sairia mais “barato” evitar a “desgraça” do que pagar as indenizações. Vale, BHP, Samarco, autoridades federais e estaduais assinaram um novo compromisso para compensação dos danos causados pela tragédia. Homologado pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o acordo prevê R$ 170 bilhões em medidas reparatórias e compensatórias. “Ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato. Certamente, não custaria R$ 20 bilhões evitar a desgraça que aconteceu”, afirmou Lula na cerimônia no Palácio do Planalto. Ele também disse que a tragédia não foi evitada “por irresponsabilidade e ganância” das empresas envolvidas e destacou que o episódio não teve relação com questões climáticas. A barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015, despejando 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração sobre comunidades, contaminando o Rio Doce e afluentes e chegando ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Ao todo, 49 municípios foram atingidos direta ou indiretamente e 19 pessoas morreram. (g1)
Em busca do eleitorado de Marçal, Boulos participa de sabatina e defende diálogo
O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, participou nesta sexta-feira de uma sabatina promovida pelo ex-candidato Pablo Marçal (PRTB), um dos seus principais críticos no primeiro turno. Boulos destacou que não guarda mágoas e que está disposto a governar para todos os paulistanos, inclusive os que votaram em Marçal, que obteve cerca de 1,7 milhão de votos. O candidato do PSOL defendeu o empreendedorismo e afirmou que promoverá uma política de moradia eficiente para garantir que não haverá novas ocupações. Boulos criticou seu oponente no segundo turno, Ricardo Nunes (MDB), por não ir à sabatina e disse entender que o voto em Marçal significava o voto para uma mudança em São Paulo. Marçal, no entanto, disse que “jamais votaria na esquerda”, mas que está em Roma, na Itália, e não sabe ainda se volta à capital paulista para votar. No final da live ele ainda disse ter ligado para Ricardo Nunes, mas o prefeito não o atendeu. (Globo)
Brasil registra 831 casos de assédio eleitoral desde agosto
Desde o início das campanhas municipais, em agosto de 2024, o Brasil registrou uma média superior a 11 denúncias diárias de assédio eleitoral, totalizando 831 casos até o momento, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). O Estado de São Paulo lidera o número de denúncias (107), seguido por Bahia (98) e Ceará (51). O assédio eleitoral ocorre quando superiores hierárquicos tentam influenciar a votação ou manifestação política de seus subordinados. O MPT já firmou 42 TACs (Termos de Ajustamento de Conduta), negociações nas quais os empregadores públicos ou privados se comprometem a cessar a prática sob pena de serem multados, e moveu 28 ações judiciais para combater essa prática. Embora altos, os números são menores do que os das eleições de 2022, quando houve mais de 3,6 mil denúncias. (UOL)
Operação da PF investiga desvio de verbas e emendas parlamentares por Gustavo Gayer
Em uma operação da Polícia Federal, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) tornou-se alvo de mandados de busca e apreensão por suspeita de desvio de verbas parlamentares para financiar suas empresas privadas, incluindo uma escola de inglês e uma loja de camisas. Durante as buscas em Brasília e cidades de Goiás, a PF apreendeu o celular do deputado e mais de R$ 70 mil na casa de um assessor. Além de ser suspeito de desviar recursos públicos para suas empresas, Gayer é apontado pela investigação como líder de um esquema que usava entidades de fachada para desviar verbas por meio de emendas parlamentares. O deputado nega envolvimento em qualquer esquema ilícito e alega que as ações judiciais interferem no processo eleitoral, já que ele atua na campanha de um candidato à prefeitura de Goiânia. A operação, denominada “Discalculia”, também investiga crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e peculato. (g1)
Caiado é acusado de abuso político e suposta troca de votos com cestas básicas
A Justiça Eleitoral de Goiânia determinou que o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e seu candidato à prefeitura, Sandro Mabel, ambos do União Brasil, parem a distribuição de cestas básicas vinculada a pedidos de voto. A decisão liminar, expedida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, afirma que Caiado e Mabel usaram o programa “Goiás Social” para obter apoio eleitoral, configurando abuso de poder e uso indevido da máquina pública e atende a uma ação movida pela campanha de Fred Rodrigues (PL), apoiado por Jair Bolsonaro, adversário de Mabel no segundo turno. Segundo a juíza, há evidências em vídeo e fotos em que eleitores relatam receber benefícios em troca de votos. Em resposta, o governo estadual nega irregularidades e defende o caráter contínuo e aberto ao público do Goiás Social. A nota do governo menciona ainda que “para evitar interpretações dúbias”, Caiado suspendeu o programa até o fim do pleito. (Folha)