Política

Edmundo González Urrutia chega à Espanha após receber asilo político

Após ter seu pedido de asilo político aceito pelo governo espanhol, o político Edmundo González Urrutia chegou a Madri neste domingo em um avião da Força Aérea Espanhola. Segundo grande parte da comunidade internacional, Urrutia venceu as eleições presidenciais da Venezuela e o resultado foi fraudado por Nicolás Maduro. Com a perseguição que se instalou no país, onde mais de duas mil pessoas foram presas acusadas de terrorismo, Urrutia passou um mês abrigado na Embaixada da Holanda, em Caracas, de onde saiu na quinta-feira, quando foi para a residência do embaixador espanhol. Temendo por sua vida e de sua família, pediu apoio ao governo daquele país e teve ajuda do ex-presidente José Luis Rodríguez Zapatero. Foram duas semanas de conversas, a última delas na manhã de sábado com diplomatas espanhóis, mesmo dia em que Urrutia foi chamado de “herói” pelo presidente Pedro Sánchez. Urrutia trocou uma vida pacata de diplomata aposentado que, até janeiro, passava as tardes dando comida para os pássaros na sua varanda, para concorrer às eleições do país, convidado pela oposição após María Corina Machado e depois Corina Yoris serem barradas da disputa. Se não saísse de Caracas, provavelmente seria preso, pois o Ministério Público venezuelano o acusa de cinco crimes relacionados à sua candidatura. (El País)

Bolsonaro chama Marçal de oportunista por querer ‘fazer palanque’ em ato em São Paulo

Um dia após o ato contra o ministro Alexandre de Moraes e pela anistia dos golpistas de 8 de janeiro, na Avenida Paulista, em São Paulo, Jair Bolsonaro (PL) criticou o candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) por tentar "fazer palanque" na manifestação. O ex-presidente, que apoia a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), afagou o aliado ao dizer que ele "compareceu desde o início" e teve "conduta exemplar e respeitosa, à altura das pautas defendidas". Embora tenha subido no trio, Nunes nem sequer foi anunciado. Bolsonaro declarou, em nota divulgada neste domingo, que o "único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso, quando então surgiu o candidato Pablo Marçal" querendo "subir no carro de som e fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros". Marçal disse que foi impedido de subir no trio. Silas Malafaia, organizador do evento, disse ser mentira do ex-coach e que ele só não subiu porque o ato já tinha acabado. (UOL)

Protesto bolsonarista em São Paulo teve presença de 45,4 mil pessoas

Foto aérea do protesto bolsonarista no horário de pico, às 16h05: 45,4 mil pessoas segundo estimativa
Foto aérea do protesto bolsonarista no horário de pico, às 16h05: 45,4 mil pessoas segundo estimativa

Segundo estimativa de público feita pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, formado por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), 45,4 mil pessoas foram à manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, neste sábado, no horário de pico, pouco após as 16h (leia aqui). O número é calculado por softwares a partir de fotos aéreas. Foram tiradas 72 fotos no total entre 14h25 e 16h05. Coordenado por Márcio Moretto e Pablo Ortellado, o trabalho tem erro percentual absoluto médio de 12% para mais ou para menos. (Meio)

Como Kamala e Trump estão se preparando para o debate de terça-feira

Às 22h de terça-feira (horário de Brasília), a ABC News receberá Kamala Harris e Donald Trump para o segundo debate da corrida presidencial americana – o primeiro entre os dois –, mediado pelos jornalistas David Muir e Linsey Davis. E os candidatos estão se preparando de formas radicalmente opostas para a grande noite na Filadélfia. Enquanto Trump responde informalmente a perguntas de seus assessores, Kamala está concentrada com sua equipe em um hotel de Pittsburgh, onde há um palco com uma réplica de iluminação de TV e até um professor de teatro formado no método de Lee Strasberg, fundador da escola de atuação Actors Studio, em Nova York. Vestindo terno e gravata, ele interpreta Trump na preparação da democrata, que pretende provocar o ex-presidente, em vez de esperar ser provocada, mas manter uma postura tranquila e presidencial. (New York Times)

‘Fora, Xandão’ e ‘Volta, Bolsonaro’: o protesto da direita na Avenida Paulista

Com adesivos de "Fora, Xandão" no peito, bolsonaristas começaram a ocupar a Avenida Paulista, em São Paulo, às 14h deste sábado, em protesto que tem como alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ao contrário de outras manifestações da direita na principal avenida da cidade, esta ocupou apenas um trecho da via perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Parlamentares da direita, como Eduardo Bolsonaro (PL), repetiram o mesmo estribilho ao exigirem a saída de Moraes. Na plateia, mensagens em inglês de apoio a Elon Musk, dono do X, rede social suspensa no país pelo ministro do STF. (Folha)

Venezuela determina que Brasil deixe a embaixada da Argentina

Encarregado de representar a Argentina na Venezuela, o Brasil foi surpreendido neste sábado com a decisão do governo de Nicolás Maduro que revogou a autorização para o governo brasileiro cuidar dos trabalhos consulares argentinos no país. O Brasil exercia essa função em Caracas desde que o embaixador argentino foi expulso, no dia 1º de agosto, após o presidente Javier Milei acusar fraude eleitoral na reeleição de Maduro. Em nota, o governo chavista disse ter provas de que as instalações são atividades para "atividades terroristas” e para planejar “tentativas de homicídio contra o Maduro e sua vice-presidente, Delcy Rodríguez”. Em nota, o governo brasileiro afirmou que “permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos” até que outro país seja definido para a função. O prédio da embaixada da Argentina foi cercado por militares chavistas. Em comunidade, o governo Milei disse que “ações como estas reforçam a convicção de que os direitos humanos fundamentais não são respeitados na Venezuela de Maduro”. (g1)

Com presidente Lula, Desfile da Independência tem aplausos para Alexandre de Moraes

O presidente Lula participou neste sábado do desfile cívico-militar em comemoração à Independência do Brasil, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ele foi recepcionado pelos chefes das Forças Armadas e seguiu para a tribuna de honra, de onde assistiu ao desfile ao lado de ministros do seu governo. Também estavam presentes os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Edson Fachin. Moraes foi recebido com aplausos pelo público. O desfile teve como tema “Democracia e Independência. É o Brasil no Rumo Certo” e foi dividido em três partes: uma sobre a presidência brasileira do G20, outra abordando a reconstrução do Rio Grande do Sul e uma última sobre saúde e proteção da população. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também estava presente, ao contrário do presidente da Câmara, Arthur Lira. (g1)

Após conversa com Lula, Anielle pede respeito à sua privacidade

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, evitou dar entrevistas e divulgou uma nota na qual pediu respeito a seu espaço e sua privacidade, como vítima de assédio sexual, acrescentando que vai contribuir com as investigações. Ela foi chamada por Lula para uma conversa no Palácio do Planalto, logo após a demissão do ministro Silvio Almeida da pasta dos Direitos Humanos. Ela é uma das quatro mulheres que acusam o agora ex-ministro de assédio. Anielle chegou a ser criticada nas redes sociais por seu silêncio diante do episódio, mas agradeceu o apoio que recebeu de Lula e disse que “não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência. Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto”. As denúncias contra Almeida foram recebidas pela ONG Me Too Brasil e pelo portal Metrópoles, que apontou Anielle como uma das vítimas. Na nota divulgada após a conversa com o presidente, ela rechaçou as “tentativas de culpabilizar, desqualificar, constranger ou pressionar vítimas a falar em momentos de dor e vulnerabilidade”. “Só alimentam o ciclo de violência”, enfatizou. “Hoje, eu venho aqui como mulher negra, mãe de meninas, filha, irmã, além de Ministra de Estado da Igualdade Racial. Eu conheço na pele os desafios de acessar e permanecer em um espaço de poder para construir um país mais justo e menos desigual. Desde 2018, dedico minha vida para que todas as mulheres e pessoas negras possam estar em qualquer lugar sem serem interrompidas”, disse a ministra. “Sabemos o quanto mulheres e meninas sofrem todos os dias com assédios em seus trabalhos, nos transportes, nas escolas, dentro de casa. E posso afirmar até aqui, que o enfrentamento a toda e qualquer prática de violência é um compromisso permanente deste governo. Sigo firme nos passos que me trouxeram até aqui, confiante nos valores que me movem e na minha missão de trabalhar por um Brasil justo e seguro para todas as pessoas”, concluiu.

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, após este ser alvo de denúncias de assédio moral e sexual. Em nota divulgada no início da noite, o governo considerou graves as acusações e insustentável a permanência do ministro na pasta. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, diz a nota.

Mensagens mostram intimidade entre Anielle e Almeida até novembro de 2023

Pivôs de um escândalo de assédio sexual, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, trocavam mensagens em tom informal, a ponto de se tratarem pelos apelidos de “Preta” e “Preto”. Mesmo depois da reunião em maio de 2023, em que Anielle teria sido assediada por Almeida, de acordo com o colunista Igor Gadelha, os dois seguiram trocando mensagens com intimidade. Mas um distanciamento entre eles aconteceu em novembro do ano passado. O Meio teve acesso a um arquivo de WhatsApp que mostra os diálogos trocados entre os dois desde o dia 10 de novembro de 2022, ainda no período da transição do governo Lula, até 24 de março deste ano. A veracidade e a integridade desse arquivo foram confirmadas por um interlocutor do governo.