Política

Brasil vai denunciar Nicarágua na ONU por violações dos direitos humanos

O Brasil vai se unir a um grupo de outros oito países para denunciar violações de direitos humanos cometidas pelo regime nicaraguense de Daniel Ortega às Nações Unidas. Jamil Chade conta que, nesta terça-feira, o país vai aderir a uma declaração conjunta com Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Paraguai e Peru, acusando a Nicarágua de tortura, desaparecimento forçado e repressão. Com isso, o Brasil muda em relação ao comportamento que teve na ONU nos últimos meses, quando não aderiu a declarações anteriores contra o regime de Ortega. Além da expulsão, em agosto, do embaixador brasileiro de Manágua, uma câmara de comércio brasileira foi fechada e Lula passou a ser alvo de ataques em discursos oficiais. Em resposta, o Brasil expulsou de Brasília a embaixadora da Nicarágua. (UOL)

Oposição apresenta a Pacheco pedido de impeachment de Moraes

Congressistas da oposição entregaram nesta segunda-feira ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um novo pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em um gesto político, deputados e senadores fizeram a entrega pessoalmente no gabinete de Pacheco para pressioná-lo a avançar com o pedido. Pacheco disse que tomará uma “decisão fundamentada” que considerará “critérios técnicos e políticos”. Afirmou ainda que enviará o pedido à Advocacia-Geral do Senado para avaliar os “aspectos legais”. Pacheco também disse que acha prudente que esse debate seja ampliado à Mesa Diretora e ao colégio de líderes. Cerca de 150 congressistas são favoráveis ao impeachment de Moraes. Em paralelo, uma petição virtual acumulava 1,4 milhão de assinaturas até a tarde desta segunda-feira. O pedido de impeachment do ministro ganhou força na oposição após a publicação de mensagens que indicam o uso extraoficial do Tribunal Superior Eleitoral para embasar investigações contra bolsonaristas e depois do bloqueio do X, determinado em 30 de agosto. Moraes acumula outros 23 pedidos de destituição no Senado. (Poder360)

Na véspera do debate presidencial nos EUA, pesquisa mostra que disputa continua acirrada

Um novo levantamento da CNN, que agrega a média das cinco pesquisas nacionais apartidárias mais recentes, realizadas desde a Convenção Nacional Democrata, mostra que a disputa entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump segue acirrada, sem um líder claro. Harris tem uma média de 49% de apoio, enquanto Trump tem 48%. Esses números incluem uma pesquisa do Pew Research Center divulgada nesta segunda-feira, que mostra Harris e Trump empatados em 49% entre os eleitores registrados, com poucas mudanças na preferência dos eleitores em relação à sondagem anterior, realizada no início de agosto. A democrata e o republicana se enfrentam nesta terça-feira à noite em debate eleitoral pela TV. (CNN)

Líder da oposição, María Corina Machado diz que permanecerá na Venezuela

Após o exílio de Edmundo González Urrutia na Espanha, a líder da oposição venezuelana María Corina Machado afirmou nesta segunda-feira que permanecerá no país. Ela está escondida desde o começo de agosto, quando disse temer por sua vida. “Se a saída do Edmundo muda alguma coisa, em uma perspectiva que possa aumentar o risco para mim, não sei, mas de qualquer forma decidi ficar na Venezuela e acompanhar a luta daqui enquanto ele acompanha de fora”, disse em evento virtual. A saída de González Urrutia, que disse ter deixado o país para evitar um conflito, gerou críticas entre a oposição, que teme enfraquecer o movimento. Os opositores afirmam ter vencido as eleições presidenciais, apesar de a Justiça eleitoral ter declarado a vitória de Nicolás Maduro. (g1)

Lula escolhe Macaé Evaristo para o Ministério dos Direitos Humanos

A deputada estadual pelo PT de Minas Gerais Macaé Evaristo aceitou o convite do presidente Lula para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania no lugar de Silvio Almeida, demitido na última sexta-feira em meio a denúncias de assédio sexual. Os dois se reuniram na tarde desta segunda-feira no Palácio da Alvorada, juntamente com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Após a conversa, o presidente anunciou a escolha no Instagram. A posse deve ocorrer nesta semana. Macaé se comprometeu a não concorrer como deputada estadual em 2026, ficando no cargo até o fim do mandato de Lula. Logo após a demissão de Almeida, o presidente disse a ministros que gostaria de escolher uma mulher negra para o cargo, requisito que Macaé preenche. A escolha de alguém com esse perfil seria uma forma de responder à crise provocada pelo episódio que levou à saída do ministro. Com a escolha, o PT ampliará seu espaço no governo, à frente de 13 das 39 pastas. (Globo)

Justiça Eleitoral confirma candidatura de Marçal em São Paulo

A Justiça Eleitoral de São Paulo rejeitou os pedidos de indeferimento da candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo apresentados pelo PSB e por integrantes do próprio partido do ex-coach. O secretário-geral do diretório nacional do PRTB, Marcos André de Andrade, alegava que Marçal não tinha autorização da cúpula da legenda para fazer a convenção que formalizou sua candidatura, enquanto o PSB questionava o fato de Marçal ter se filiado ao partido menos de seis meses antes da convenção. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, descartou as duas alegações, sustentando que Andrade não era parte legítima para entrar com uma ação e que o prazo de filiação se refere à data da eleição, não da convenção partidária. (Folha)

Processo contra Edmundo González será encerrado após asilo, diz procurador-geral

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta segunda-feira que vai encerrar o processo contra Edmundo González, candidato da oposição nas eleições presidenciais, que conseguiu asilo político na Espanha. Ligada diretamente ao governo de Nicolás Maduro, a Procuradoria-Geral pediu a prisão de González sob a acusação de crimes eleitorais e incitação ao terrorismo por divulgar cópias das atas de votação mantidas em sigilo pelo governo e convocar manifestações. O pedido foi aceito pela Justiça, também fortemente atrelada ao regime. Além de afirmar que o exílio do opositor mudou a situação processual do caso, Saab alegou que as pressões para que González se exilasse vieram também de María Corina Machado, principal líder opositora. Os advogados do candidato, porém, negam a afirmação e dizem que seu cliente sofria ameaças constantes antes de pedir asilo. (CNN Brasil)

O Código Marçal

Com Amorim e Vieira fora do país, Lula faz reunião de emergência sobre Venezuela

O presidente Lula convocou uma reunião de emergência neste domingo, no Palácio do Planato, diante do agravamento da situação na Venezuela após a fuga de Edmundo González Urrutia para a Espanha e o cerco militar à embaixada argentina, representada pelo Brasil há pouco mais de um mês. A avaliação do governo é de que, apesar dos esforços do país para mediar a crise e buscar uma saída política, a tensão é crescente. Lula e sua diplomacia tinham esperança de conduzir a oposição e o regime de Nicolás Maduro a um diálogo, mas a decisão unilateral de Caracas de romper o acordo com o Brasil para preservar a embaixada da Argentina foi interpretada como um sinal claro de um distanciamento entre os países. O motivo do rompimento, segundo Caracas, foi que oposicionistas abrigados na embaixada argentina estariam tramando o assassinato de Maduro. O governo brasileiro acreditava em um acordo entre governo e oposição, e considera que o asilo político de Urrutia na Espanha põe um ponto final nesse anseio. Complica o esforço brasileiro nesse momento o fato de estarem fora do país o assessor especial Celso Amorim, em Moscou, e o chanceler Mauro Vieira, em viagem a Omã e Arábia Saudita. Participaram da reunião com Lula assessores e a secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha. (UOL)

Pesquisa NYT/Siena mostra Trump com 48% dos votos e Kamala com 47%

Está começando a diminuir a ascensão de Kamala Harris? Essa é a questão levantada pela pesquisa do New York Times/Siena College, divulgada neste domingo, que mostra Donald Trump ligeiramente à frente da democrata, 48% a 47%. É um empate técnico, dentro da margem de erro de três pontos percentuais, mas surpreende que, em um mês difícil para Trump após a saída do presidente Joe Biden da corrida, o cenário esteja praticamente inalterado em relação a uma pesquisa Times/Siena feita no fim de julho, logo após Kamala entrar no jogo. A menos de dois meses do pleito, a dúvida é em quem votarão os 28% de ??eleitores que disseram que precisam saber mais sobre a vice-presidente, número muito maior do que os 9% que responderam que precisam de mais informações sobre Trump. (New York Times)