Política

Ministério Público do Trabalho investiga denúncias contra Silvio Almeida

Por iniciativa própria, o Ministério Público do Trabalho abriu um inquérito civil para investigar relatos de assédio sexual e moral no Ministério dos Direitos Humanos sob o comando de Silvio Almeida, demitido na última sexta-feira. As acusações de assédio sexual, que são negadas pelo ex-ministro, envolvem inclusive a titular da pasta Igualdade Racial, Anielle Franco. As acusações de assédio moral contra Almeida se referem-se a denúncias internas feitas por servidores. (Folha)

Padilha se reúne com Elmar sobre sucessão de Lira

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reuniu-se na tarde desta terça-feira, no Palácio do Planalto, com o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), candidato à presidência da Câmara. Responsável pela articulação do governo com o Congresso, Padilha estava acompanhado dos ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo), ambos deputados licenciados do União Brasil. Elmar deve se reunir amanhã com Lula. O presidente também deve ser reunir nesta semana com Antônio Brito (PSD-BA), outro candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL). Hugo Motta (Republicanos-PB) esteve com Lula na semana passada e também está na disputa. Lira pretendia definir um nome de consenso do Centrão, mas ainda não fechou as negociações. (g1)

MPF pede condenação de 37 ex-agentes da ditadura pela morte de Marighella

O Ministério Público Federal pediu a condenação de 37 ex-agentes da ditadura militar envolvidos no assassinato de Carlos Marighella, líder da Aliança Libertadora Nacional (ALN), que fazia oposição armada ao regime. Ele foi morto a tiros em uma emboscada em São Paulo em novembro de 1969. O MPF pede que os envolvidos percam aposentadorias, restituam gastos do Estado com indenizações à família da vítima e paguem compensações financeiras por danos morais coletivos. No caso dos réus já mortos, como o comandante da operação, Sérgio Paranhos Fleury, os herdeiros deverão arcar com as reparações. A procuradora da República Ana Letícia Absy, autora da ação, entende que a execução de Marighella, por ter ocorrido em contexto “de ataque sistemático e generalizado contra a população civil”, é caracterizada como um crime contra humanidade e, por isso, não prescreve. Ela também considera que a Lei da Anistia não pode ser evocada para impedir investigações e condenações. (Globo)

Harris e Trump seguirão as mesmas regras do debate anterior, com Biden

A vice-presidente americana, Kamala Harris, e o ex-presidente Donald Trump ficarão frente à frente na noite desta terça-feira no primeiro — e provavelmente único — debate presidencial. Organizado pela ABC News, o debate ocorrerá na Filadélfia, seguindo as mesmas regras que vigoraram em junho, quando Trump debateu com Joe Biden. Essas regras preveem que os microfones serão silenciados quando um candidato não estiver falando, eles não poderão fazer perguntas um para o outro, não haverá público ao vivo, haverá dois minutos para réplicas e não serão permitidas anotações prévias, mas os dois receberão papel e caneta para fazer anotações durante o debate. (New York Times)

Com Moscou entre os alvos, Ucrânia ataca Rússia com 144 drones e mata uma pessoa

A Ucrânia lançou pelo menos 144 drones contra várias regiões da Rússia, incluindo Moscou, durante a noite de segunda-feira. O Ministério da Defesa russo informou que 72 drones foram interceptados na região de Bryansk, 20 em Moscou, 14 em Kursk, 13 em Tula e mais 25 em outras cinco regiões. O ataque destruiu tanto áreas militares quanto civis. Edifícios residenciais foram atingidos em Ramenskoye, em Moscou, causando a morte de uma mulher de 46 anos e ferindo outros três moradores de apartamentos que pegaram fogo. Aeroportos próximos a Moscou foram temporariamente fechados. Os novos drones ucranianos podem atingir alvos em um raio de 1,8 mil quilômetros, o dobro da distância entre Kiev e Moscou. (Kiev Post)

Ministro da Defesa israelense fala em destruir Hamas e não crê em fim da guerra em Gaza

Trégua de seis semanas, mas não o fim da guerra. É este o acordo possível em Gaza, segundo o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant. “Israel deve chegar a um acordo que provoque uma pausa e traga de volta os reféns”, disse. Após esse período, “mantemos o direito de operar e atingir nossos objetivos, incluindo a destruição do Hamas”. Depois de meses de negociações fracassadas, é difícil imaginar que o grupo palestino aceite a proposta. Na madrugada de ontem, horas antes da entrevista de Gallant, as forças israelenses bombardearam um acampamento lotado de civis em uma zona humanitária. O ataque em Muwasi matou 19 pessoas e feriu 60. (AP)

Governo Lula é condenado a pagar indenização a casal Bolsonaro por ‘sumiço’ de móveis

Custará R$ 15 mil a acusação equivocada do presidente Lula e da primeira-dama, Janja da Silva, de que teriam desaparecido 261 móveis do Palácio da Alvorada com a saída do casal Bolsonaro do imóvel. Lula chegou a dizer que o ex-presidente e sua esposa haviam “levado tudo”, mas os móveis foram encontrados em setembro de 2023. A condenação foi da 17ª Vara Federal no Distrito Federal. Na decisão, o juiz Diego Câmara afirma que houve “dano à honra objetiva e subjetiva” de Jair e Michelle Bolsonaro. A Advocacia Geral da União disse que irá recorrer. (g1)

Igrejas descumprem lei eleitoral e pedem votos durante cultos

A lei eleitoral é clara: é proibido pedir votos em locais de uso comum, como clubes, comércio e igrejas. A despeito disso, pastores em todo o país ignoram a legislação e transformam cultos em comícios, divulgando seus candidatos e exortando os fiéis a apoiá-los. Ora em tom de súplica – “Podemos contar com a sua oração para termos uma representante na Câmara Municipal?” –, ora de ameaça – “Se não votar em Misael para vereador em Cascavel, a fatura vai chegar” –, a campanha no púlpito segue desafiando a Justiça. A explicação é simples. A pregação eleitoral rende votos, enquanto a multa a igrejas e pastores que violam a lei raramente é aplicada. (Globo)

Brasil vai denunciar Nicarágua na ONU por violações dos direitos humanos

O Brasil vai se unir a um grupo de outros oito países para denunciar violações de direitos humanos cometidas pelo regime nicaraguense de Daniel Ortega às Nações Unidas. Jamil Chade conta que, nesta terça-feira, o país vai aderir a uma declaração conjunta com Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Paraguai e Peru, acusando a Nicarágua de tortura, desaparecimento forçado e repressão. Com isso, o Brasil muda em relação ao comportamento que teve na ONU nos últimos meses, quando não aderiu a declarações anteriores contra o regime de Ortega. Além da expulsão, em agosto, do embaixador brasileiro de Manágua, uma câmara de comércio brasileira foi fechada e Lula passou a ser alvo de ataques em discursos oficiais. Em resposta, o Brasil expulsou de Brasília a embaixadora da Nicarágua. (UOL)

Oposição apresenta a Pacheco pedido de impeachment de Moraes

Congressistas da oposição entregaram nesta segunda-feira ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um novo pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em um gesto político, deputados e senadores fizeram a entrega pessoalmente no gabinete de Pacheco para pressioná-lo a avançar com o pedido. Pacheco disse que tomará uma “decisão fundamentada” que considerará “critérios técnicos e políticos”. Afirmou ainda que enviará o pedido à Advocacia-Geral do Senado para avaliar os “aspectos legais”. Pacheco também disse que acha prudente que esse debate seja ampliado à Mesa Diretora e ao colégio de líderes. Cerca de 150 congressistas são favoráveis ao impeachment de Moraes. Em paralelo, uma petição virtual acumulava 1,4 milhão de assinaturas até a tarde desta segunda-feira. O pedido de impeachment do ministro ganhou força na oposição após a publicação de mensagens que indicam o uso extraoficial do Tribunal Superior Eleitoral para embasar investigações contra bolsonaristas e depois do bloqueio do X, determinado em 30 de agosto. Moraes acumula outros 23 pedidos de destituição no Senado. (Poder360)