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Kamala Harris ampliou sua vantagem sobre Donald Trump nas pesquisas de intenção de voto. A democrata agora tem 47% contra 42%, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos. A vantagem de Harris aumentou após o primeiro e último debate entre os candidatos, em que a maioria dos eleitores acredita que ela se saiu melhor. Anteriormente, Harris tinha uma vantagem de quatro pontos percentuais. Entre os eleitores que acompanharam o debate, 53% consideram Harris a vencedora, enquanto 24% veem Trump como o vencedor. O debate foi assistido por mais de 67 milhões de pessoas e teve uma audiência maior do que o debate anterior entre Trump e Biden. A pesquisa incluiu 1.690 adultos, e tem uma margem de erro de três pontos percentuais. Vale ressaltar, no entanto, que o voto popular não define as eleições americanas, isso porque em cada estado existem delegados e o eleitor vota nos delegados que representam os partidos. O partido que tiver mais votos leva todos os delegados da região. (Reuters)

Macaé Evaristo, nova ministra dos Direitos Humanos, corre o risco de ser condenada por um rombo de R$ 177,3 milhões. Uma auditoria do Ministério da Educação descobriu que recursos destinados em 2016 ao governo de Minas Gerais, para a compra de merenda escolar, não foram executados. À época, Evaristo era secretária de Educação da administração de Fernando Pimentel (PT). A ministra não conseguiu comprovar para quem repassou o valor milionário. Segundo o UOL, o documento a responsabiliza “pelo débito em razão da não comprovação da regular aplicação dos recursos”. A auditoria informou que Evaristo “não tomou as providências para a correta comprovação de sua execução”. O caso está no Tribunal de Contas da União para análise e, se o entendimento da auditoria for mantido, ela pode ser condenada a devolver o dinheiro, ficar proibida de exercer cargo público e responder judicialmente por improbidade administrativa. (UOL)

Um projeto de lei da presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), busca proibir propagandas das chamadas bets. A proposta prevê o fim de qualquer publicidade ou divulgação de empresas e casas de apostas online, que se tornaram uma febre no Brasil. Mas o governo Lula trabalha pela legalização final do setor e tem grande expectativa de arrecadar até R$ 12 bilhões por ano. “Por ser uma atividade que induz ao vício, deve ter tratamento semelhante ao do fumo e do álcool”, justifica a deputada no texto, apresentado quarta-feira. Sites de apostas esportivas são liberados no Brasil desde 2018 e, desde então, propagandas de bets passaram a dominar a TV aberta, sobretudo em jogos de futebol, e as redes sociais foram inundadas de anúncios, viralizados pela atuação de influenciadores famosos. O governo se dedica a regulamentar o setor desde o início do mandato, com a edição inicial de uma medida provisória. Até dezembro, as empresas atuam sem fiscalização e regras específicas, mas a partir de 2025 só poderão funcionar casas regularizadas no Ministério da Fazenda. (Folha)

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que condenados por júri popular, que julga crimes dolosos contra a vida, devem ser presos imediatamente. Assim, aqueles réus que tiverem condenação em um Tribunal de Júri em crimes como homicídio, feminicídio e latrocínio, que é o roubo seguido de morte, podem recorrer, mas já devem começar a cumprir a pena. O plenário do STF se dividiu. Seis ministros entenderam que a prisão de condenados pelo Tribunal do Júri deve ser imediata; três votaram que a pena só poderia ser executada após o trânsito em julgado; e dois ministros defenderam que apenas condenados a pena a partir de 15 anos fossem presos imediatamente, a não ser em casos de feminicídio, em que a prisão imediata seria para todos. (UOL)

Depois de um debate vitorioso para a vice-presidente democrata, Kamala Harris, na terça-feira, e de ela declarar em seguida que gostaria de um novo encontro, o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse que não vai mais participar de um novo embate com a adversária. “Quando um boxeador profissional perde a luta, a primeira coisa que ele fala é que quer uma revanche. As pesquisas mostram claramente que eu ganhei o debate”, Trump publicou em sua rede social. “Não haverá um terceiro debate.” A informação é falsa. Levantamentos mostram que Kamala ganhou o debate da ABCNews. (g1)

O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi indiciado pela Polícia Federal por supostos crimes de corrupção, associação criminosa e peculato no inquérito sobre rachadinha em seu gabinete na Câmara. Alisson Alves Camargos e Mário Celestino da Silva Júnior, ex-assessores de Janones, também foram indiciados. A PF se baseia em um áudio em que o parlamentar pede a devolução de parte dos valores pagos aos funcionários da Câmara a Cefas Luiz Paulino, também seu ex-assessor. Os peritos da PF confirmaram que a voz no áudio é de Janones e o próprio deputado já havia confirmado a veracidade da gravação. A PF diz que Janones é o “eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira”. (Estadão)

Com o efeito da propaganda eleitoral, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reassumiu a liderança das intenções de voto na eleição municipal aparecendo com 27%, segundo nova pesquisa Datafolha. Ele está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL), que tem 25%. Já Pablo Marçal (PRTB) ficou para trás, marcando 19%. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. Tabata Amaral (PSB) caiu de 9% para 8%. José Luiz Datena (PSDB), de 7% para 6%. A melhora no desempenho de Nunes aparece principalmente na resposta espontânea dos entrevistados, que aumentou de 10% para 14%. Boulos lidera nesse tipo de pergunta, oscilando de 19% para 20%. Marçal também tem 14%. Nunes também confirmou a liderança no apoio dos mais pobres, com 27% desse grupo. Já Marçal despencou cinco pontos nessa classe, caindo para 13%. Boulos tem 21% entre os de renda mais baixa.

Leonardo Pinho, ex-diretor do Ministério dos Direitos Humanos, contou ter sido ameaçado no último dia 5 após a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, denunciar Silvio Almeida por assédio sexual. Ele teria recebido ligação anônima com tom de ameaça, na qual um homem dizia que “o complô vai ser desmantelado”, mandando-o “parar de falar” e afirmando que “Silvio é sócio de grandes escritórios de advocacia”, e mencionou o nome do advogado Walfrido Warde como um dos sócios. Ontem, Pinho contou à coluna de Amado que pediu demissão do ministério após diversos episódios de assédio moral que teriam sido cometidos por Almeida contra ele em 2023. Segundo ele, o ex-ministro gritava e o xingava. Em uma reunião em outubro, após dizer que ouviu queixas no Ministério da Igualdade Racial sobre a “relação ruim” entre Almeida e Anielle Franco, o então ministro teria respondido: “Você está insinuando o quê? Sou ministro de Estado, você é um merda”. Pinho afirma que ficou com medo de ser agredido fisicamente. Candidato à prefeitura de Valinhos (SP) pelo PT, lembra que chegou a chorar e que teve problemas de saúde na época. (Metrópoles)

Apesar das boas notícias na economia, oscilou negativamente o número de pessoas que aprovam a administração do presidente Lula, de 37% em julho para 35% em agosto, segundo pesquisa Ipec divulgada hoje. Entre aqueles que consideram a gestão ruim ou péssima, o percentual subiu de 31% para 34%. E o grupo que acha o desempenho do governo regular caiu de 31% para 28%. Quem mais aprova o governo, considerando-o ótimo ou bom, são os eleitores de Lula (67%) e quem tem renda familiar de até um salário mínimo (50%). Já a avaliação ruim ou péssima é mais expressiva entre os eleitores de Jair Bolsonaro em 2022 (66%) e brasileiros com renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (52%). As oscilações estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, mas em março de 2023, 41% consideravam o governo ótimo ou bom, ante 30% que o julgavam ruim ou péssimo. Ou seja: a diferença entre um grupo e outro caiu de 11 pontos percentuais para apenas um ponto. (g1)

Morreu nesta quarta-feira vítima de câncer, aos 86 anos, o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori. Filho de imigrantes japoneses, ele foi eleito em 1990. Dois anos depois, em meio a uma crise com o Legislativo e com alta popularidade por conta do sucesso de sua política econômica e do combate à guerrilha de esquerda, aplicou um autogolpe. Governou o Peru até 2000, quando renunciou e fugiu para o Japão. Em 2005, durante uma viagem ao Chile, foi preso, extraditado e levado a julgamentos por violações dos direitos humanos, sendo condenado a 25 anos de prisão. Foi solto em 2023, já doente, por uma decisão judicial. (g1)