Opositor venezuelano diz que foi coagido, chantageado e pressionado a deixar o país
Edmundo González Urrutia, candidato de oposição à presidência da Venezuela, afirmou em vídeo nesta quarta-feira que o regime de Nicolás Maduro o submeteu a coação, chantagem e pressão para assinar um documento e deixar o país. Ele disse que foi visitado e recebeu um ultimato de chavistas na embaixada espanhola em Caracas, onde estava abrigado. Depois disso, pediu asilo político à Espanha, onde está atualmente, e, ao chegar ao país europeu, disse que tomou tal decisão para evitar um conflito. “O presidente da Assembleia Nacional [Jorge Rodríguez] e a vice-presidente [Delcy Rodríguez] me apresentaram um documento para permitir minha saída do país. Em outras palavras, ou eu assinava ou sofria as consequências. Foram horas muito tensas de coação, chantagem e pressões”, relatou, acrescentando que é mais útil permanecer livre, mesmo fora do país, do que ser preso e impossibilitado de lutar pelo resultado divulgado pela oposição, que deu vitória a ele. González, que no vídeo se define como “presidente eleito”, disse ainda que o documento que assinou “está viciado e tem nulidade absoluta, devido a um grave vício no consentimento”. Já o presidente da Assembleia Nacional rebateu a fala de González e o chamou de mentiroso. (g1)
Usuários relatam retorno do X após mudança de servidores da plataforma
Usuários da rede social X, antigo Twitter, relataram estar conseguindo acessar a plataforma, após o bloqueio por ordem do Supremo Tribunal Federal em 30 de agosto. A decisão, emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, impunha multa de R$ 50 mil por dia de descumprimento, incluindo aqueles que usassem VPNs para o acesso. O bloqueio ocorreu depois que o X descumpriu a determinação de indicar um representante legal no Brasil. Contas bancárias do X e da Starlink, também de Elon Musk, foram bloqueadas para garantir o pagamento de multas impostas pelo STF. Após a transferência de mais de R$ 18 milhões para a União, Moraes determinou o desbloqueio das contas. Ao Meio, a assessoria do STF disse estar “checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”. (Folha)
Walkie-talkies explodem, matando 14 e ferindo 450 no Líbano
Um dia após a explosão coordenada de centenas de pagers pertencentes a membros do Hezbollah, que mataram 12 pessoas e feriram 2.800 no Líbano, walkie-talkies usados pelo grupo xiita explodiram, matando ao menos 14 pessoas e ferindo 450 em várias cidades do país. O ataque de terça-feira foi atribuído por Beirute a Israel, que não se manifestou sobre a acusação. Uma fonte sênior de segurança disse que as explosões foram “pequenas em tamanho” e semelhantes às de terça-feira. Além disso, sistemas de energia solar explodiram em residências de várias cidades libanesas, de acordo com a Agência Nacional de Notícias, ferindo uma menina em al-Zahrani, no Sul. Imagens de painéis solares, leitores de impressão digital e outros dispositivos explodidos circularam nas redes sociais, embora não esteja claro se isso ocorreu de forma autônoma ou se estavam perto de walkie-talkies que explodiram. (Guardian)
Ucrânia faz ataque de drones em depósito de munição russo
Na manhã desta quarta-feira, drones ucranianos atacaram um depósito de munição na cidade de Toropets, na região de Tver, na Rússia, resultando em incêndios e explosões. As informações são do governador regional russo Igor Rudenya. O depósito armazenava mísseis destinados aos sistemas Iskander e Tochka-U, além de munições de artilharia. Fontes ouvidas pelo Kyiv Post informaram que a operação foi conduzida pela Inteligência Militar da Ucrânia, em conjunto com o Serviço de Segurança e as Forças Especiais. As autoridades locais ordenaram a evacuação parcial de Toropets, mobilizando ônibus para transportar os moradores para áreas seguras. As operações de defesa aérea foram intensificadas na região, e o governo russo afirmou ter abatido 54 drones ucranianos durante a noite, em diversas regiões. (Kyiv Post)
Melo lidera em Porto Alegre com 41% e Maria do Rosário despenca, diz Quaest
Pesquisa Quaest divulgada ontem mostrou Sebastião Melo (MDB) liderando com 41% das intenções de voto para prefeito de Porto Alegre, seguido por Maria do Rosário (PT), que caiu de 31% com 24%. No levantamento anterior, Melo tinha 36%, ou seja, a diferença entre ele e a petista aumentou de cinco para 17 pontos percentuais. Juliana Brizola (PDT) aparece com 17%, Felipe Camozzato (Novo) com 3% e Fabiana Sanguiné (PSTU) com 1%. A margem de erro é de três pontos percentuais. A pesquisa foi realizada com 900 pessoas entre 14 e 16 de setembro. (g1)
Após cadeirada, Marçal cai e Datena sobe dentro da margem de erro, aponta Quaest
A cadeirada que José Luiz Datena (PSDB) aplicou em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate do último domingo na TV Cultura teve um resultado pior para o agredido que para o agressor, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Quaest. O ex-coach, que estava na segunda posição, com 23% das intenções de votos, caiu para a terceira, com 20%. Já o apresentador passou de 8% para 10%. As duas variações estão dentro da margem de erro de três pontos percentuais. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) manteve os 24% do levantamento anterior, mas agora está em empate técnico com o deputado Guilherme Boulos (PSOL), que passou de 21% para 23% e assumiu a segunda posição. Tabata Amaral (PSB) recuou de 8% para 7%, e Maria Helena (Novo) ficou com os mesmos 2%. Há 5% de indecisos e 8% que pretendem votar nulo ou em branco.
Mendonça autoriza inquérito da PF sobre acusações contra Silvio Almeida
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a instauração de um inquérito pela Polícia Federal para investigar as acusações de assédio sexual e moral contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida. Com as investigações sob responsabilidade da PF, o caso tramitará no Supremo, não sendo encaminhado à primeira instância. Na semana passada, PF enviou à Corte um relatório com a apuração preliminar. Almeida nega as acusações referentes ao período em que era ministro e, portanto, tinha foro privilegiado. Após sua demissão, ele perdeu esse foro. O caso está sob sigilo na Corte. (g1)
Primeiro debate pós-cadeirada, é marcado por brigas e gritaria
Novas brigas, trocas de acusações, gritaria e pedidos de direito de resposta. Assim foi o debate realizado pela Rede TV! e UOL entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, o primeiro após a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB). Os ataques pessoais dominaram o início do encontro desta terça-feira. Marçal foi quem mais estimulou confrontos, mas todos tiveram ao menos um embate áspero. Em uma pergunta ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), Marçal afirmou que Datena “não é homem”, e que a Rede TV! decidiu parafusar as cadeiras no chão porque o tucano “teve o comportamento de um orangotango”. Datena afirmou que não agrediria Marçal porque “covarde apanha uma vez só”. O coach também atacou Nunes, acusando-o de roubar dinheiro da merenda escolar. Os gritos entre os dois só pararam após advertência da mediadora Amanda Klein. Nunes também teve atritos com Guilherme Boulos (PSOL) sobre política de drogas. E houve ataques entre Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB) com a primeira acusando a segunda de usar um avião particular para visitar o namorado, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Tabata negou e chamou a afirmação de “delírio”. (UOL)
ONU: Maduro adotou repressão ‘sem precedentes’
Uma investigação das Nações Unidas concluiu que o governo Nicolás Maduro cometeu crimes em uma repressão “sem precedentes” na Venezuela após a eleição de 28 de julho. O documento foi apresentado hoje no Conselho de Direitos Humanos da ONU. É a apuração mais ampla já realizada sobre a situação venezuelana desde o fim do pleito que manterá Nicolás Maduro no poder por mais um mandato, seu terceiro. Mais de duas mil pessoas foram presas, incluindo jornalistas que cobriam os protestos e até crianças. A missão concluiu que há indícios suficientes para apontar que o governo está cometendo crimes contra a humanidade e de perseguição por motivos políticos. (UOL)
Explosão coordenada de pagers mata nove e fere 2.800 no Líbano, que acusa Israel
Um dia após líderes israelenses alertarem sobre uma possível intensificação da campanha militar contra o Hezbollah, a explosão simultânea de centenas de pagers no Líbano e em algumas partes da Síria, em um ataque aparentemente coordenado, teve como alvo membros do grupo militante apoiado pelo Irã. A onda de explosões, que matou ao menos nove e feriu 2.800, deixou muitas pessoas em Beirute em estado de confusão e choque. Testemunhas relataram fumaça saindo dos bolsos das pessoas, seguida por pequenas explosões que soavam como fogos de artifício ou tiros. Imagens amadoras transmitidas pela TV libanesa mostraram cenas de caos em hospitais, enquanto pacientes feridos com mãos e rostos mutilados buscavam tratamento e sirenes soavam. O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amini, está entre os feridos. O Ministério da Saúde do Líbano emitiu um alerta para que os cidadãos descartem seus pagers. O Hezbollah acusou Israel de orquestrar o ataque e prometeu retaliar pelo que chamou de “agressão flagrante”. O exército israelense se recusou a comentar. Especialistas independentes consideram altamente provável que o país esteja por trás do ataque. (New York Times)