Política

STF diz que X tem até 21h29 desta sexta-feira para indicar representante legal no Brasil

A rede social X tem até as 21h29 desta sexta-feira para indicar um representante legal no Brasil, informou o Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados do X que acompanham o caso afirmam que há expectativa de que o antigo Twitter cumpra a determinação do ministro Alexandre de Moraes a tempo. O prazo de 24 horas para a indicação do representante legal foi dada ontem pelo magistrado depois de o X indicar ao STF que tinha contratado os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, para representar a rede social na Corte. Moraes, no entanto, cobrou uma comprovação do retorno das atividades. A falta de representante legal no Brasil foi um dos agravantes apontados pelo ministro na decisão que levou à suspensão do X em todo o território nacional no fim de agosto. (g1)

Ataque em Beirute matou altos agentes e comandantes do Hezbollah, diz Israel

Altos agentes da equipe de operações do Hezbollah e comandantes da força de elite Radwan do grupo xiita libanês foram mortos no ataque de Israel desta sexta-feira no Sul de Beirute. O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, disse que “cerca de 10 comandantes” foram mortos. Mais cedo, Israel já havia anunciado que Ibrahim Aqil, oficial militar sênior do Hezbollah, foi morto no ataque. O Exército alegou que Aqil e os comandantes eram os arquitetos de um plano para atacar e ocupar comunidades na Galileia, no Norte de Israel, e matar civis e soldados israelenses, comparando-o aos ataques do Hamas de 7 de outubro do ano passado. “Eles estavam no subsolo, sob um prédio residencial no coração do bairro de Dahya, usando civis como escudo humano”, disse Hagari. “Eles estavam coordenando operações terroristas contra cidadãos israelenses.” O Hezbollah não confirmou as mortes anunciadas por Israel. (CNN)

Conselho eleitoral pró-Trump aprova contagem manual de cédulas na Geórgia

Por 3 votos a 2, o Conselho Eleitoral da Geórgia aprovou nesta sexta-feira que os condados do estado, um dos campos de batalha mais críticos da disputa presidencial, contem manualmente todas as cédulas neste ano, o que pode retardar a divulgação dos resultados em semanas ou até meses. A mudança foi liderada por uma maioria pró-Donald Trump que promulgou uma série de mudanças nas regras eleitorais do estado nas últimas semanas e aprovou a exigência de contagem manual, apesar da pressão pública contra essa medida. Os críticos, que incluem defensores da democracia, acusam o conselho de injetar intencionalmente caos e incerteza na disputa presidencial, bem como supervisores eleitorais e mesários, que dizem que a contagem manual levará muito tempo, custará dinheiro e quase certamente gerará erros de contagem. Proponente da contagem manual, Sharlene Alexander, do condado de Fayette, disse ao conselho que muitas das críticas são baseadas em desinformação porque a regra exige a contagem do número de cédulas — para garantir correspondência com os totais da máquina —, mas não exige tabulação manual de como as pessoas votaram. O gabinete do procurador-geral do estado republicano, que é responsável por fazer recomendações ao conselho, considerou a mudança ilegal.

Em debate, Marçal pede perdão por postura e candidatos diminuem agressividade

Sentiu? Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, baixou o tom dos ataques durante o debate promovido pelo SBT nesta sexta-feira. Ele se desculpou por apresentar “sua pior versão” nos debates anteriores e afirmou que a partir de agora adotará uma postura mais condizente com a de um governante. A mudança de postura vem após o candidato passar a liderar a rejeição do eleitorado com 47%, superando Guilherme Boulos (38%) e Datena (35%), segundo pesquisa do Datafolha. A rejeição de Marçal aumentou 17 pontos desde agosto.

Israel ataca Beirute e mata oito pessoas; uma delas pode ser o comandante do Hezbollah

No dia 350 da guerra entre Israel e Hamas, as forças israelenses atacaram Beirute visando o principal comandante do Hezbollah, Ibrahim Aqeel, após o grupo libanês disparar 150 foguetes contra o norte do país vizinho em retaliação às explosões de pagers. Há informações de que Aqeel teria sido assassinado no bombardeio, que deixou oito mortos e 59 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês. A maioria dos 150 foguetes disparados no norte de Israel caiu em áreas abertas, causando incêndios, porém dois soldados israelenses foram mortos nas explosões perto da fronteira. Aqeel foi considerado responsável por dois ataques terroristas em 1983 que mataram mais de 300 pessoas na Embaixada dos Estados Unidos em Beirute e no quartel do Corpo de Fuzileiros Navais americano. (Haaretz e New York Times)

Parlamentares de 73 países assinam carta para retirar Cuba de lista pró-terrorismo

Uma coalizão de cerca de 600 parlamentares e líderes políticos de 73 países, incluindo do Brasil, lançou uma carta condenando a inclusão de Cuba na lista de países que, segundo o governo dos Estados Unidos, patrocinam o terrorismo. A iniciativa busca pressionar os governos para reavaliarem a classificação, que os signatários consideram “cínica, cruel e uma clara violação do direito internacional”. Cuba foi retirada da lista em 2015 durante a administração de Barack Obama, mas foi reintegrada em 2021 pelo então presidente Donald Trump. A carta também critica o atual presidente Joe Biden por não cumprir sua promessa de restaurar as relações diplomáticas com a ilha. Os signatários enfatizam que a classificação resulta em severas consequências econômicas para Cuba, estrangulando sua economia e afetando direitos humanos fundamentais. Entre os apoiadores estão figuras proeminentes como o ex-líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn e representantes de partidos progressistas da América Latina e Europa. Do Brasil, assinaram, entre outros, os deputados federais Luiza Erundina (PSOL-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Jandira Feghali (PC do B-RJ), Orlando Silva (PC do B-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). (Folha)

Trump corteja doadores judeus e tenta driblar antissemitismo de aliado

Donald Trump está irritado com o eleitorado judeu. Em encontro com doadores de campanha deste segmento ele reclamou que, embora se considere o “de longe o melhor presidente” para Israel, apenas 29% dos judeus votaram nele em 2020 – o que já foi um avanço em relação aos 26% de 2016. “Baseado no que eu fiz e no meu amor [por Israel], deveriam ser 100%”, afirmou. Embora tenha sido apoiado desde sua primeira eleição por notórios antissemitas, como Kayne West e o ex-líder da Ku-Kux-Klan David Duke, Trump de fato tomou medidas defendidas pro grupos pró-Israel, como levar para Jerusalém a embaixada americana e reconhecer a soberania israelense sobre as Colinas de Golã, território sírio ocupado desde 1967. Segundo ele o Partido Democrata “lançou um feitiço” sobre os eleitores judeus. (Guardian)

Presidente Lula não deve ir à posse de Maduro, segundo Celso Amorim

O presidente Lula não deve comparecer à cerimônia de posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato na Venezuela. É o que diz o ex-chanceler e assessor especial da Presidência Celso Amorim. O reconhecimento da vitória de Maduro representa o naufrágio dos esforços brasileiros por um processo eleitoral transparente na Venezuela. Lula chegou a cobrar a entrega das atas eleitorais para que a vitória fosse comprovada, mas isso não aconteceu. E o asilo político do opositor Ernesto González na Espanha é, para muitos, o fim da esperança de uma solução limpa e democrática para o imbróglio. Mas Amorim afirma que o Brasil não romperá laços com o governo Maduro. Embora não reconheça oficialmente o resultado do pleito, o assessor especial não classifica como “ditadura” o regime chavista: “Prefiro não dar adjetivos”. (Valor)

PF indicia Renan e Eduardo Braga por corrupção

A Polícia Federal indiciou os senadores do MDB Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM) – este líder do partido no Senado – por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, revela Aguirre Talento. O indiciamento atinge também o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). Os três são acusados de receber propina para atuar no Congresso em favor do grupo farmacêutico Hypermarcas, hoje chamado Hyper Pharma. O relatório da PF levou seis anos para ficar pronto e está sendo analisado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidirá se apresenta ou não denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia é ruim para o Planalto, já que ambos são aliados próximos do Executivo. Braga é relator no Senado da reforma tributária e Calheiros é pai do ministro dos Transportes, Renan Filho. (UOL)

Ordem no debate