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“Eu passei pelo inferno.” É assim que a israelense Yocheved Lifshitz, de 85 anos, descreveu a experiência de ser sequestrada pelo grupo terrorista Hamas e levada como refém para a Faixa de Gaza. Ela e outra idosa foram libertadas na segunda-feira após duas semanas nas mãos dos extremistas que atacaram Israel no dia 7, matando 1.400 pessoas. Falando em hebraico e traduzida pela filha, Livshitz contou ter sido transportada na garupa de uma moto e agredida com bastões. Em Gaza, ela e outros reféns foram conduzidos por uma “teia de túneis”, até o cativeiro, onde guardas e paramédicos os aguardavam. Mesmo feliz com a libertação, ela criticou as Forças Armadas de Israel por não levarem a sério as ameaças do Hamas. “Eles [os terroristas] mandaram avisos por três semanas, queimaram campos, soltavam balões incendiários, e os militares não encararam com seriedade”, reclamou. (CNN)

O partido A Liberdade Avança, do ultraliberal Javier Milei, elegeu 35 deputados e oito senadores nas eleições argentinas do último domingo. Fundado em 2021, o partido foi o que mais cresceu no Legislativo – hoje tem apenas três deputados, incluindo Milei, e nenhum senador. Com a votação expressiva, torna-se a terceira maior bancada no Congresso, com 38 deputados e oito senadores. Além do primeiro turno presidencial, os argentinos também votaram para renovar 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados, e 24 das 72 do Senado. A coligação de partidos peronistas União pela Pátria, de Sergio Massa, perdeu 10 assentos, mas seguirá sendo a maior bancada da Câmara, com 108 das 257 cadeiras. A segunda força na Casa continuará sendo a coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança, com 93 deputados. (g1)

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar mais oito réus presos dentro do Palácio do Planalto no 8 de janeiro. O julgamento ocorre no plenário virtual, sem debates e com os votos inseridos no sistema eletrônico da Corte. Votaram pela condenação dos réus os ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Edson Fachin, Dias Toffoli e Luiz Fux. Como Zanin e Fachin divergiram das penas propostas pelo relator e os demais ministros seguiram na integralidade o voto de Moraes, ainda não há maioria para estabelecer o tempo de prisão dos condenados. O julgamento será encerrado no fim da noite desta segunda-feira. (g1)

Tem coisas que só acontecem na Argentina. Quem poderia imaginar que o ministro da Fazenda que gerencia uma inflação anualizada de 138% em setembro, que deixou 40% da população na pobreza, chegaria em primeiro na briga do segundo turno? Como foi que Sergio Massa chegou em primeiro? E quão parecido com Bolsonaro é Javier Milei? Vem comigo.

O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao candidato de ultradireita Javier Milei tirou votos do argentino à presidência do país. A avaliação é de Andrei Roman diretor-executivo da Atlas Intel, único instituto de pesquisa que previu a vitória do peronista Sergio Massa no primeiro turno. “Minha avaliação é que o apoio de Bolsonaro tira votos. Vamos adicionar essa pergunta na próxima pesquisa para testar a imagem do ex-presidente na Argentina. Não há apoio majoritário para o Bolsonaro naquele país, como não há para o presidente Lula. No caso do Lula, o motivo é a associação com a corrupção do passado. No caso do Bolsonaro, a rejeição se dá por conta de um governo considerado caótico, principalmente no contexto da Covid-19”, disse à coluna de Bela Megale. Roman também destaca que a pauta conservadora de costumes não capitaliza votos para Milei. “A Argentina é muito mais progressista que o Brasil, em termos de valores. Quase 70% do eleitorado apoia o casamento gay. Há temas que são capitalizados no Brasil por uma direita evangélica que, na Argentina, não existem, porque lá não há esse segmento. Isso é algo que os apoiadores brasileiros do Milei não entendem.” (Globo)

Candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais argentinas, o peronista Sergio Massa, que também é ministro da Economia, disse nesta segunda-feira que não quer envolver o presidente Lula e sua equipe nas eleições e que um eventual apoio será uma decisão do brasileiro. Massa disputará o segundo turno, em 19 de novembro, com o ultraliberal Javier Milei. “Tenho uma relação de muito afeto com o presidente Lula, um enorme respeito por Fernando Haddad, por Gabriel Galípolo [do Banco Central], pelo vice-presidente Alckmin, muitos dirigentes do Brasil. Não quero envolvê-los na eleição argentina, apesar de claramente haver uma simpatia mútua”, disse à Folha. “Em todo caso, será decisão deles envolver-se ou não do ponto de vista eleitoral. Sim, tenho uma enorme gratidão por sua simpatia, mas também pelo trabalho comum em temas energéticos, vinculados ao comércio bilateral, automotivo, a possibilidade de abrir novos mercados, e nisso temos trabalhado no último ano de maneira muito intensa”, continuou. Massa afirmou que separa “o que é público e o que é pessoal”, por isso não quis dizer o que conversou com Lula após a votação. (Folha)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira por telefone com seu colega russo, Vladimir Putin, sobre as guerras entre Israel e Hamas e na Ucrânia. Lula relatou a situação dos brasileiros em Gaza e reiterou a urgência na criação de um corredor humanitário que permita a saída de estrangeiros e a entrada de itens humanitários, como remédios, água e alimentos, na Faixa de Gaza. “Os dois presidentes concordaram quanto à necessidade de que cessem os bombardeios na Faixa de Gaza e de imediata libertação dos reféns”, diz nota do Palácio do Planalto. “Ambos saudaram a iniciativa do Egito de realizar reunião sobre o tema no Cairo no último sábado.” Putin mencionou a resolução proposta pelo Brasil e vetada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU e “lamentou que após tantas décadas não tenha sido encontrada solução para a criação do Estado Palestino”. Quanto à guerra na Ucrânia, Lula reafirmou a disposição do Brasil para ajudar em qualquer mediação. (Globo)

As israelenses Nurit Cooper, de 79 anos, e Yocheved Lifshitz, de 85, que haviam sido sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro foram soltas netsa segunda-feira pelo grupo terroristas após mediação do Qatar e do Egito. “Posso confirmar que a minha mãe, Yochi (Yocheved) Lifshitz, é uma das duas reféns libertadas para a Cruz Vermelha nesta noite”, afirmou sua filha Sharone Lifshitz em comunicado divulgado à imprensa. “Embora não consiga expressar em palavras o alívio por ela estar agora segura, continuarei concentrada em garantir a libertação do meu pai e de todos aqueles – cerca de 200 pessoas inocentes – que permanecem reféns em Gaza”, segue o texto. “Elas foram entregues à Cruz Vermelha na passagem de Rafah há pouco tempo. De lá, serão transferidas em breve para Israel. As famílias foram informadas”, continuou o comunicado da família Lifshitz. (CNN)

O New York Times publicou nesta segunda-feira uma nota dos editores sobre sua manchete da explosão no hospital Al-Ahli, na Faixa de Gaza. O jornal reconheceu que sua cobertura inicial se baseou demais na versão do Hamas de que o prédio fora bombardeado por Israel, sem deixar claro que a informação não havia sido confirmada de forma independente. Tel Aviv afirmou depois que o hospital foi atingido acidentalmente por um foguete do grupo terrorista Jihad Islâmica, versão corroborada pelos órgãos de inteligência dos EUA. “Os chefes da redação continuam a examinar os procedimentos para grandes notícias de última hora, incluindo o uso de manchetes, para determinar se novas salvaguardas são necessárias”, diz a nota. (New York Times)

O governo dos Estados Unidos recomendou a Israel que retarde o início de sua ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, permitindo a negociação para libertar mais reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas no último dia 7, disseram fontes ligadas ao governo Biden. Na última sexta-feira os extremistas libertaram as americanas Judith e Natalie Raanan, mãe e filha, sequestradas quando visitavam parentes em um kibutz. A negociação teve mediação do Catar, que segue trabalhando para soltar pelo menos os estrangeiros em poder do Hamas. Washington teme que a invasão da Faixa de Gaza interrompa esse processo. (AP)