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Política

Chanceler brasileiro diz que ‘seremos julgados e condenados pela inação’

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, alertou, em seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, que a falência da comunidade internacional em lidar com a crise no Oriente Médio terá um preço elevado e que há um risco “muito concreto de a crise em Gaza se espalhar para outras partes da região”. “O conselho tem uma responsabilidade crucial na resposta imediata às crises humanitárias e de reféns que estão se desenrolando. Grande parte da reputação das Nações Unidas depende de sua abordagem à crise atual”, disse. Ele lembrou que, desde 2016, o órgão de segurança não tem conseguido aprovar uma resolução sobre a situação na região. “Como resultado, a situação no Oriente Médio é, de longe, uma das questões mais frustradas no Conselho de Segurança. Este conselho deve estar à altura do desafio que temos pela frente. Provavelmente seremos julgados — e considerados culpados — pelas gerações futuras por nossa inação e complacência.” Em seu discurso, Vieira denunciou tanto o Hamas como as respostas de Israel. “O que o presidente Lula está enfatizando é que estamos lidando com uma crise de reféns e uma crise humanitária”, disse, acrescentando que os atos de terrorismo são “hediondos e criminosos, e o direito internacional é claro quanto às maneiras de lidar com eles”. (UOL)

Blinken: EUA não querem guerra com Irã, mas se defenderiam rápida e decisivamente

O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, afirmou na reunião do Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira, que o país “não busca um conflito” com o Irã, mas que agirá se preciso. “Não queremos que essa guerra se expanda. Mas, se o Irã atacar pessoas ou oficiais dos EUA, não se enganem, defenderemos nossos cidadãos de forma decisiva e rápida”, disse. Ele também destacou que “não é segredo para ninguém” que o Irã tem apoiado Hamas, Hezbollah e outros grupos e acusou o país de atacar americanos no Oriente Médio. “Se vocês, como os EUA, querem evitar que esse conflito se expanda, digam ao Irã: ‘Não abram outra frente de guerra contra Israel e não ataquem os parceiros de Israel’”, acrescentou. Blinken pediu aos membros do Conselho de Segurança que enviem uma mensagem firme para qualquer Estado que esteja considerando abrir uma nova frente de guerra contra Israel ou outros países aliados: “Não coloquem gasolina no fogo”. Além disso, reiterou o direito e o dever de os países se defenderem do terrorismo e a necessidade de proteger civis. E defendeu a solução de “dois Estados para dois povos”. “Temos que nos perguntar onde está a revolta, a rejeição e a condenação explícita desses atos de horror?”, questionou Blinken, que disse que Israel deve tomar as precauções necessárias para proteger os civis. “Toda vida civil é igualmente válida, não há hierarquia quando se trata da proteção de civis. Os EUA estão de luto por todas as vidas perdidas nesse conflito.” (CNN Brasil)

Israel pede renúncia do secretário-geral da ONU após falas sobre Hamas

Um embate diplomático entre ONU e Israel marcou a sessão do Conselho de Segurança da Organização desta terça-feira. O chanceler israelense, Eli Cohen, cancelou a reunião bilateral que teria com o secretário-geral da ONU, António Guterres, depois de ele dizer que o ataque de Hamas foi por acaso. “É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência. A economia sofreu, as pessoas ficaram desabrigadas e suas casas foram demolidas”, afirmou Guterres. Em seguida, ele disse que “o sofrimento do povo palestino não pode justificar os ataques do Hamas”. Em resposta à fala do secretário-geral, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de Guterres. “O discurso chocante do secretário-geral da ONU na reunião do Conselho de Segurança, enquanto foguetes são disparados contra todo Israel, provou, conclusivamente, sem qualquer dúvida, que o secretário-geral está completamente desligado da realidade na nossa região e que ele vê o massacre cometido pelos terroristas nazistas do Hamas de uma forma distorcida e imoral”, escreveu Erdan.“A sua declaração de que ‘os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo’ expressou uma compreensão pelo terrorismo e pelo assassinato. É realmente incompreensível. É verdadeiramente triste que o chefe de uma organização que surgiu após o Holocausto tenha opiniões tão horríveis. Uma tragédia!”, completou. (g1 e CNN Brasil)

Parlamentares entregam relatório final da CPMI a Alexandre de Moraes

O relatório final da CPMI dos Atos Golpistas foi entregue, nesta terça-feira, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é relator dos inquéritos que apuram os acontecimentos de 8 de janeiro. Aprovado na semana passada, o texto pede o indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas. A entrega do parecer — pelos senadores Eliziane Gama (PSD-MA), Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE), além dos deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Rogério Correa (PT-MG) e Henrique Vieira (PSOL-RJ) — ocorreu na sede do Tribunal Superior Eleitoral, que é presidido por Moraes. Eliziane disse que Moraes “já deixou claro que fará juntada a alguns inquéritos”, como o das milícias digitais. O material deve ser enviado por Moraes ao subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável por investigar os atos golpistas no STF. Após o encaminhamento, o Ministério Público Federal tem até 30 dias para dizer ao colegiado o que fará em relação às conclusões previstas no parecer. O documento também será entregue à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos. “O papel da PGR é vital, é fundamental nesse momento. Nós temos um entendimento de que, de fato, a Procuradoria fará essa denúncia, considerando a seriedade do trabalho e as provas materiais anexadas no relatório”, afirmou Eliziane. (g1)

Alvo da PF por uso de software espião, número 3 da Abin é exonerado

Secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Mauricio Fortunato Pinto foi exonerado pelo governo federal. Ele foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal, na última sexta-feira, que investiga o uso indevido do programa FirstMile, da empresa israelense Cognyte (ex-Verint), para espionar autoridades por geolocalização de celulares. A PF apreendeu US$ 171,8 mil em espécie na casa de Fortunato, que era o número 3 da agência. O governo também dispensou outros dois diretores da função, mas não divulgou a identidade deles, por ser protegida por lei. A exoneração e as dispensas contam a partir de 20 de outubro, data da Operação Última Milha, que prendeu os servidores Eduardo Arthur Izycki e Rodrigo Colli, suspeitos de fazerem uso do software israelense para espionar ilegalmente políticos, advogados, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal. Os dois foram demitidos. A PF também cumpriu 25 mandatos de busca e apreensão. (Estadão)

Governo Lula está dividido sobre privatização de presídios

A construção de unidade prisionais privadas é um tema que tem dividido o governo. De um lado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculado ao Ministério da Fazenda e hoje comandado por Aloizio Mercadante. Do outro, o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida.

Exposição na Caixa com ataque a Lira irrita o Centrão

Uma montagem de fotos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes numa lata de lixo irritou o Centrão e aumentou a pressão pela troca de comando na Caixa. A obra, um detalhe a coleção Bandeira Brasileira da artista plástica Marília Scarabello, a obra faz parte da exposição O Grito, aberta no último dia 17 na Caixa Cultural, em Brasília. Para aliados do governo, faltou “tato político” à presidente do banco, Rita Serrano, cujo cargo é cobiçado por Lira. Após a repercussão negativa, a Caixa suspendeu a exposição sob a justificativa de ser uma “manifestação de viés político”, o que é proibido pelas normas da estatal. (Poder360)

Cúpula do Congresso quer travar acesso de pequenos partidos ao STF

A ideia de que todos têm o direito de recorrer à Justiça pode deixar de valer para os pequenos partidos políticos. A cúpula do Congresso quer criar mecanismos que impeçam ou dificultem às legendas minoritárias questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade de leis e a legitimidade de atos do Legislativo. Pelas propostas em discussão, somente partidos com um número mínimo de parlamentares poderiam apresentar esse tipo de ação. No ano passado, processos movidos por PV, PSOL, PSB e Cidadania levaram o Supremo a declarar a inconstitucionalidade do chamado orçamento secreto, instrumento que cevou o Centrão com verbas públicas e de pouca transparência. Embora pareça se aplicar apenas ao Legislativo, a iniciativa é mais uma no sentido de limitar os poderes e a atuação do STF. (Estadão)

‘Passei pelo inferno’, diz refém israelense libertada pelo Hamas

“Eu passei pelo inferno.” É assim que a israelense Yocheved Lifshitz, de 85 anos, descreveu a experiência de ser sequestrada pelo grupo terrorista Hamas e levada como refém para a Faixa de Gaza. Ela e outra idosa foram libertadas na segunda-feira após duas semanas nas mãos dos extremistas que atacaram Israel no dia 7, matando 1.400 pessoas. Falando em hebraico e traduzida pela filha, Livshitz contou ter sido transportada na garupa de uma moto e agredida com bastões. Em Gaza, ela e outros reféns foram conduzidos por uma “teia de túneis”, até o cativeiro, onde guardas e paramédicos os aguardavam. Mesmo feliz com a libertação, ela criticou as Forças Armadas de Israel por não levarem a sério as ameaças do Hamas. “Eles [os terroristas] mandaram avisos por três semanas, queimaram campos, soltavam balões incendiários, e os militares não encararam com seriedade”, reclamou. (CNN)

Partido de Javier Milei fica com a terceira maior bancada no Congresso

O partido A Liberdade Avança, do ultraliberal Javier Milei, elegeu 35 deputados e oito senadores nas eleições argentinas do último domingo. Fundado em 2021, o partido foi o que mais cresceu no Legislativo – hoje tem apenas três deputados, incluindo Milei, e nenhum senador. Com a votação expressiva, torna-se a terceira maior bancada no Congresso, com 38 deputados e oito senadores. Além do primeiro turno presidencial, os argentinos também votaram para renovar 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados, e 24 das 72 do Senado. A coligação de partidos peronistas União pela Pátria, de Sergio Massa, perdeu 10 assentos, mas seguirá sendo a maior bancada da Câmara, com 108 das 257 cadeiras. A segunda força na Casa continuará sendo a coalizão de centro-direita Juntos pela Mudança, com 93 deputados. (g1)

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