Morte de ex-premiê chinês revive questões sobre o país
O anúncio da morte do ex-premiê chinês Li Keqiang, de 68 anos, gerou 1,8 bilhão de cliques na principal mídia social do país em apenas 12 horas, conta Marcelo Ninio. Número dois na hierarquia do Partido Comunista por uma década, até se aposentar em março deste ano, Li era considerado um moderado reformista. Conhecido pelo jeito mais descontraído, ganhou popularidade entre muitos chineses, que viam nele a esperança de um país mais aberto. Segundo a TV oficial, ele sofreu um infarto fulminante quando visitava Xangai. Sua morte pegou a China de surpresa, surgindo especulações sobre as reais circunstâncias, mesmo sem haver qualquer indício de que a versão oficial não seja a correta. De origem modesta, construiu uma carreira marcada pelos estudos econômicos e pela lealdade ao partido. Afilhado político do ex-líder do PC Hu Jintao, chegou a ser cotado para sucedê-lo, mas foi superado na corrida por Xi Jinping. A morte de Li evocou duas outras questões. Para onde teria ido a China caso Li tivesse sido o escolhido para liderar o país, com um estilo mais aberto que o de Xi? A segunda pergunta tem a ver com a memória de outro líder mais liberal, Hu Yaobang. O luto provocado por sua morte, em 1989, foi o início do movimento que levou aos protestos pró-democracia da Praça da Paz Celestial, esmagado três meses depois pela repressão do Exército. (Globo)
Lula diz que não quer Forças Armadas ‘brigando com bandido’ no Rio
Em café da manhã com jornalistas, que contou com a presença do Meio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo federal descarta qualquer possibilidade de se criar uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) envolvendo o Exército na segurança do Rio. “Eu não quero as Forças Armadas nas favelas, brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas. E, enquanto eu for presidente, não tem GLO”, disse Lula.
Dificilmente chegaremos à meta zero, diz Lula sobre déficit fiscal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não considera ser necessário ter uma meta fiscal zero em 2024 se isso for às custas de um “corte de bilhões” em obras governamentais. Essa meta foi anunciada pela equipe econômica. “Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai fazer. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. O país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país”, disse Lula.
Israel acusa o Hamas de usar hospitais ‘para fazer guerra’, grupo nega
As Forças Armadas de Israel acusaram hoje o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, de usar hospitais do território palestino para “fazer guerra”. Daniel Hagari porta-voz dos militares israelenses, citou especificamente o hospital Al Shifa, o maior de Gaza, dizendo haver uma “rede de túneis” sob o prédio. Ele também afirmou que terroristas se refugiaram em hospitais após os atentados de 7 de outubro em Israel. Já o Hamas negou que use hospitais em ações de combate e disse que as acusações israelenses são “um prelúdio para cometer massacres” contra civis palestinos. Mais cedo, um foguete lançado de Gaza atingiu um apartamento em Tel Aviv, deixando quatro feridos. (BBC)
Abin reclama com Casa Civil da operação feita pela PF
A cúpula da Agência Nacional de Informação (Abin) ficou muito irritada com a operação da Polícia Federal contra seus agentes e diretores e, como conta Guilherme Amado, foi reclamar com a Casa Civil. Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da agência, diz que o órgão estava colaborando com as investigações e que a PF apreendeu documentos que não tinham relações com o First Mile, software espião israelense usado para rastrear ilegalmente celulares. Já a PF diz que as duas alegações são falsas. (Metrópoles)
Projetos classificados como ‘urgentes’ dormem nas gavetas do Congresso
Volta e meia o Legislativo decide que algum projeto vai tramitar em urgência, atropelando debates em comissões e prazos no plenário. Na prática, porém, quase um terço dos projetos declarados urgentes entre fevereiro e setembro deste ano estão dormindo em gavetas no Congresso. Segundo especialistas, um dos motivos é a centralização da pauta de votações com os presidentes da Câmara e do Senado. Outro motivo seria a barganha com o Executivo. “Os regimes de urgência são um artifício do legislativo para acelerar a complexa, porém necessária, burocracia do processo legislativo. Eles podem surgir para levantar pautas quentes e para forçar a barra em algumas negociações com o governo ou contra o governo”, disse o cientista político Tiago Valenciano, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). (Estadão)
Diante da fome e das doenças, ajuda humanitária a Gaza não passa de ‘migalhas’, diz ONU
Após 20 dias de bombardeios por Israel, a fome e as doenças estão se tornando um problema crítico na Faixa de Gaza, disse nesta sexta-feira Philippe Lazzarini, chefe da Agência da ONU para Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). Segundo ele, os suprimentos que chegam ao território palestino pelo Egito são “apenas migalhas” diante da crise que atinge os mais de dois milhões de habitantes. “Água e comida estão acabando. As ruas de Gaza estão começando a transbordar com esgoto”, afirmou Lazzarini. “Os últimos serviços públicos estão entrando em colapso, e pela primeira vez nossas equipes notificam que as pessoas estão passando fome”, acrescentou. Israel cortou o fornecimento de água, combustíveis e suprimentos a Gaza em represália aos ataques terroristas do Hamas, que controla o território palestino, no último dia 7. (CNN)
Da Guerra dos Seis Dias para a Guerra das Seis Frentes
Thomas L. Friedman: “Se você se preocupa com Israel, deveria estar mais preocupado do que em qualquer outro momento desde 1967. Naquela época, Israel derrotou os exércitos de três Estados árabes – Egito, Síria e Jordânia – no que ficou conhecido como a Guerra dos Seis Dias. Hoje, se olharmos atentamente, veremos que Israel trava a Guerra das Seis Frentes. Esta guerra é travada por atores não estatais, Estados-nação, redes sociais, movimentos ideológicos, comunidades da Cisjordânia e facções políticas israelenses. Israel não pode vencer sozinho esta guerra de seis frentes. Só poderá vencer, se Israel – e os Estados Unidos – conseguir montar uma aliança global”. (New York Times)
‘Estamos lá para desagradar mesmo’, diz Barroso sobre decisões do STF
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou nesta quinta-feira que é inevitável que as decisões da Corte desagradem. “Se você está decidindo as questões mais divisivas da sociedade brasileira, alguém sempre fica em desagrado. Se você está decidindo sobre uma questão de agricultores e comunidades indígenas, algum lado fica chateado. Ou, alguma questão que envolve agronegócio e meio ambiente, algum lado vai sair chateado. E são lados que vocalizam sua insatisfação”, afirmou durante um seminário sobre direito constitucional na Câmara dos Deputados. Barroso destacou que o Supremo não tem sido parte dos problemas do país, mas das soluções. Além disso, foi taxativo ao afirmar que o prestígio e a importância de um tribunal não podem ser medidos por pesquisa de opinião pública. “A gente está lá para desagradar mesmo e é inevitável.” (CNN Brasil)