As notícias mais importantes do dia, de graça

Política

Netanyahu diz que guerra contra o Hamas ‘entrou em segunda fase’

Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a invasão de Gaza foi aprovada por unanimidade pelo gabinete de guerra e recomentou que os palestinos se dirijam para longe da zona de combates, no norte do território. Já o ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que o resgate dos mais de 200 reféns em poder do grupo terrorista será “um esforço muito complexo”. Tanques israelenses entraram na Faixa de Gaza na noite de sexta-feira, paralelamente a um dos maiores bombardeios ao território palestino desde o início da guerra.

Após bloqueio de comunicações e bombardeio intenso, tropas de Israel entram em Gaza

O governo de Israel não confirma se a movimentação de tropas já é uma invasão em larga escala ao território palestino, dizendo apenas que seus soldados estão “ampliando as operações em terra”. Apesar do bloqueio, imagens de agências internacionais mostram a destruição na Cidade de Gaza, e correspondentes descrevem a situação como “um inferno”. A guerra, que já matou mais de 7 mil palestinos, começou após os atentados do grupo terrorista Hamas em Israel no último dia 7, matando 1.400 israelenses e estrangeiros e tomando mais de 200 reféns. Embora mantenha o apoio a Tel Aviv, o governo dos EUA disse que as operações em curso na Faixa de Gaza são “inteira responsabilidade de Israel”.

Sem citar Hamas, Assembleia Geral da ONU aprova resolução por trégua humanitária

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta sexta-feira por ampla maioria uma resolução que pede uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza. Com 120 votos a favor, incluindo o Brasil, 14 contra, entre eles o de Estados Unidos e Israel, e 45 abstenções, o texto não menciona o Hamas. O resultado tenta romper o imobilismo da ONU após 21 dias de guerra. A resolução, que não tem o mesmo peso de uma do Conselho de Segurança, serve apenas como recomendação. Além dos corredores humanitários, o texto pede a liberação imediata dos civis sequestrados, a revogação da ordem de evacuação do Norte de Gaza por Israel, condena "atos terroristas", mas não cita o direito a autodefesa de Israel e nem o nome do Hamas.

Moraes vota pela condenação de mais seis réus do 8 de janeiro

No plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de mais seis réus presos dentro do Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro. O prazo de votação começou a zero hora desta sexta-feira e vai até 7 de novembro. Os seis respondem por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Moraes propôs penas que variam de 14 a 17 anos de prisão e destacou a necessidade de ressarcimento dos cofres públicos pelos réus. (Metrópoles)

Comunicação é cortada e Itamaraty fica sem contato com brasileiros em Gaza

Horas antes de Israel anunciar a expansão das operações terrestres na Faixa de Gaza, em um sinal considerado por diplomatas estrangeiros como risco iminente de uma ofensiva militar ainda maior sobre a região, a comunicação foi cortada, piorando a situação na região, que não tem eletricidade, água e alimentos suficientes. O Itamaraty confirmou o corte a Jamil Chade e disse que as ligações para os quase 30 cidadãos brasileiros na região não completam, nem mesmo quando são feitas a partir de Ramallah, na Cisjordânia. Entidades humanitárias também confirmaram que estão sem contato com suas equipes no território palestino. (UOL)

Operações terrestres estão sendo expandidas em Gaza, diz Israel

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta sexta-feira que estão “expandindo as operações terrestres” na Faixa de Gaza, de acordo com o contra-almirante Daniel Hagari. “Além das operações ofensivas que realizamos nos últimos dias, as forças das FDI estão expandindo sua operação terrestre esta noite”, disse. “Centenas de milhares de soldados das FDI estão ao redor das fronteiras do Estado – no ar, na terra e no mar – para proteger o Estado”, acrescentou. Enquanto o anúncio era feito, a CNN registrava uma série de explosões na Faixa de Gaza. “Houve muitos disparos de tanques de onde estamos”, relatou o repórter Nic Robertson, que está em Sderot. “Rodada após rodada de fogo de artilharia indo para Gaza também. Múltiplos impactos relatados em Gaza e na Cidade de Gaza.” (CNN)

PF acessa dados secretos e lista de informantes sem elo com investigação, dizem oficiais

A Polícia Federal apreendeu bancos de dados na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com nomes de informantes e de operações secretas ainda em andamento, relataram oficiais de inteligência à Folha. No último dia 20, a sede da agência foi alvo de busca e apreensão em operação da PF na investigação que apura o uso ilegal de um programa de monitoramento da localização de celulares contra jornalistas, juízes e adversários políticos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo as fontes, os dados acessados pela PF não têm relação com o uso do software FirstMile e uma possível divulgação colocaria em risco a soberania nacional, a segurança de informantes e de servidores da agência. A PF foi procurada, mas não se manifestou. Fontes da investigação afirmam, no entanto, que todo material apreendido será analisado e que informações sigilosas terão o sigilo mantido. (Folha)

Lula sobre poder de veto na ONU: ‘Radicalmente contra’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é “radicalmente contra” o direito de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula reagiu ao veto dos Estados Unidos à proposta apresentada pelo Brasil na semana passada, para um corredor humanitário em Gaza, apesar de ter recebido a maioria dos votos dos países que fazem parte do órgão. “Eu vi uma manchete aqui no jornal dizendo: a proposta do Brasil foi rejeitada. Não é verdade, é mentira. Não foi rejeitada. Tinha 15 votos em jogo, ela teve doze, duas abstenções e um contra. Como ela pode ter sido rejeitada? Ela foi vetada por causa de uma loucura que é o poder de veto concedido aos cinco países titulares do conselho, que eu sou totalmente, radicalmente contra. Isso não é democrático. Os EUA vetam a Rússia, a Rússia veta os EUA”, reclamou o presidente em um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, em que o Meio esteve presente.

Com morte de ex-premiê, chineses mostram insatisfação com atual cenário econômico

Para ler com calma. Para muitos chineses, a morte do ex-premiê chinês Li Keqiang evocou uma onda de nostalgia: uma época de maiores perspectivas econômicas e abertura ao capital privado. A reação dos chineses à morte de Li mostrou também a insatisfação do país com Xi Jinping, um presidente linha-dura que conquistou um inédito terceiro mandato no ano passado, depois de manobrar para abolir o limite de dois termos. Vieram à tona frustração, raiva e ansiedade reprimidas em função da gestão da economia por Xi, que atacou o setor privado e minou algumas das mais bem-sucedidas empresas da China. O atual líder também deixou de lado alguns dos maiores parceiros comerciais enquanto se aproximava de países como a Rússia e substituía reformistas por legalistas, focando na ideologia em vez de na economia. (New York Times)

Morte de ex-premiê chinês revive questões sobre o país

O anúncio da morte do ex-premiê chinês Li Keqiang, de 68 anos, gerou 1,8 bilhão de cliques na principal mídia social do país em apenas 12 horas, conta Marcelo Ninio. Número dois na hierarquia do Partido Comunista por uma década, até se aposentar em março deste ano, Li era considerado um moderado reformista. Conhecido pelo jeito mais descontraído, ganhou popularidade entre muitos chineses, que viam nele a esperança de um país mais aberto. Segundo a TV oficial, ele sofreu um infarto fulminante quando visitava Xangai. Sua morte pegou a China de surpresa, surgindo especulações sobre as reais circunstâncias, mesmo sem haver qualquer indício de que a versão oficial não seja a correta. De origem modesta, construiu uma carreira marcada pelos estudos econômicos e pela lealdade ao partido. Afilhado político do ex-líder do PC Hu Jintao, chegou a ser cotado para sucedê-lo, mas foi superado na corrida por Xi Jinping. A morte de Li evocou duas outras questões. Para onde teria ido a China caso Li tivesse sido o escolhido para liderar o país, com um estilo mais aberto que o de Xi? A segunda pergunta tem a ver com a memória de outro líder mais liberal, Hu Yaobang. O luto provocado por sua morte, em 1989, foi o início do movimento que levou aos protestos pró-democracia da Praça da Paz Celestial, esmagado três meses depois pela repressão do Exército. (Globo)

Já é assinante? Faça login.

Assine para ter acesso ao site e receba a News do Meio