Israel está se preparando para invadir Líbano por terra, diz chefe do Estado-Maior
Segundo o tenente-general israelense Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior Geral, o exército do país está se preparando para uma possível incursão terrestre no Líbano. Ele deu a declaração ao visitar a região de fronteira entre Israel e Líbano. “Vocês ouvem os jatos acima, estamos atacando o dia todo. Isso é tanto para preparar o terreno para a possível entrada das tropas quanto para continuar degradando o Hezbollah.” É a segunda vez nesta quarta-feira que um alto general israelense diz que uma operação terrestre pode ser iminente. O principal oficial na região Norte, major-general Ori Gordin, disse que os militares “devem estar totalmente preparados” para uma eventual incursão. Mais de 60 mil israelenses que viviam na região da fronteira deixaram suas casas temendo ataques do Hezbollah. De acordo com Halevi, a entrada de militares no “território inimigo” e o encontro “com agentes do Hezbollah mostrará a eles o que significa enfrentar uma força profissional, altamente qualificada e experiente em batalha”. Dirigindo a soldados israelenses na fronteira, ele falou “vocês estão chegando muito mais fortes e muito mais experientes do que eles. Vocês entrarão, destruirão o inimigo lá e destruirão decisivamente sua infraestrutura. Essas são as coisas que nos permitirão retornar com segurança os moradores do Norte depois”. (CNN)
Israel bombardeia Sul do Líbano em terceiro dia de ataques e mata mais 22 pessoas
A violência no Oriente Médio continua escalando nesta quarta-feira após o Hezbollah lançar pela primeira vez um míssil contra Tel Aviv, interceptado pelas forças israelenses, que responderam com novos bombardeios no Sul do Líbano, porém em regiões mais ao norte. Até o momento, 22 pessoas morreram nos ataques de Israel, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. A ofensiva do governo de Benjamin Netanyahu desde a manhã de segunda-feira matou 569 pessoas, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, e feriu 1.835 no Líbano, disse o ministro da Saúde, Firass Abiad, à Al Jazeera Mubasher TV. O Hezbollah declarou que pretendia atingir com o míssil, que disparou sirenes em Tel Aviv no amanhecer, a sede da agência israelense de inteligência (Mossad). (New York Times)
Biden na ONU: “Algumas coisas são mais importantes do que permanecer no poder”
Em seu último discurso como presidente americano na Assembleia Geral da ONU, Joe Biden elogiou seu histórico de reconstrução de alianças e defesa da democracia em todo o mundo, apesar da ameaça crescente de uma guerra regional no Oriente Médio. Biden disse acreditar que o mundo está em um “ponto de inflexão” devido aos conflitos que se desenrolam em todo o mundo, incluindo as guerras na Ucrânia, em Gaza e no Sudão. Ele classificou sua decisão de abandonar a corrida pela reeleição como uma medida para proteger a democracia, que chamou de um dos objetivos principais da sua presidência. “Meus colegas líderes, nunca esqueçamos: algumas coisas são mais importantes do que permanecer no poder”, disse. “Nunca se esqueçam, estamos aqui para servir o povo, e não o contrário.” Mas sobre o discurso de Biden, no qual ele elogiou seu trabalho em defesa da Ucrânia e no combate às alterações climáticas, entre outros pontos, pairou a escalada da violência entre Israel e o Hezbollah. “A guerra em grande escala não é do interesse de ninguém. A situação piorou”, disse Biden. “Uma solução ainda é possível. Na verdade, continua a ser o único caminho para uma segurança duradoura e para permitir que os residentes de ambos os países regressem às suas casas.” Biden também defendeu os esforços diplomáticos de seu governo na tentativa de um cessar-fogo entre Israel e Hamas. “Agora é a hora de as partes finalizarem os termos”, disse, defendendo a libertação dos reféns e o fim da guerra na Faixa de Gaza. (Washington Post)
Nunes, Boulos e Marçal seguem empatados tecnicamente em pesquisa Quaest
Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) seguem em empate técnico na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 25%, 23% e 20%, respectivamente, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira. Frente ao levantamento anterior, do último dia 18, o atual prefeito avançou um ponto percentual, enquanto o deputado federal e o ex-coach não registraram oscilações. Já José Luiz Datena (PSDB) recuou de 8% para 6%, aparecendo pela primeira vez atrás de Tabata Amaral (PSB), que passou de 7% para 8%. Em um segundo turno, Nunes venceria Boulos (49% a 32%) e Marçal (52% a 25%). Em um embate entre Boulos e Marçal, o deputado federal aparece numericamente à frente, com 41% dos votos contra 36%, mas os dois estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou menos. (g1)
Lula pede reforma da ONU e empenho no combate à crise climática e à fome
Em seu discurso na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Lula falou por 19 minutos sobre temas globais (veja na íntegra). Saudou a inédita presença da delegação palestina e disse que o ano de 2023 ostenta o triste recorde do maior número de guerras desde a Segunda Guerra Mundial, citando gastos de R$ 2,4 trilhões com equipamentos militares. Pediu o empenho de todas as nações no combate à insegurança alimentar e convidou os países a aderirem à Aliança Global contra a Fome, uma das iniciativas do Brasil na presidência do G20. Sem citar Elon Musk, disse que “o futuro da nossa região” depende da construção de um estado “que não se intimida ante indivíduos, corporações e plataformas digitais que se julgam acima da lei”, e que “elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital”. Cobrou auxílio financeiro dos países de alta renda aos demais para enfrentar as mudanças climáticas, lembrando que 2024 caminha para ser o ano mais quente da história. “O planeta já está farto de acordos climáticos não cumpridos”, disse. E defendeu reforma das Nações Unidas, criticando, entre outros pontos, o fato de a ONU, “cada vez mais esvaziada e paralisada”, nunca ter tido uma mulher na liderança. (Meio)
Disputa entre PL e PSD se intensifica com pedidos de impeachment de Moraes
O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PSD, de Gilberto Kassab, estão em disputa para se tornarem o partido com mais prefeituras no Brasil, agora agravada por pedidos de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Parlamentares bolsonaristas acusam o PSD de bloquear o processo de impeachment no Senado, resultando em uma série de críticas e cobranças entre as duas siglas. O deputado Nikolas Ferreira (PL), por exemplo, atacou o PSD, chamando-o de “inimigo escondido” do bolsonarismo e direcionando suas críticas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e a Kassab, por não apoiarem o impeachment. Além disso, o deputado incentivou os eleitores a boicotarem candidatos apoiados por senadores que não se posicionaram contra o ministro do Supremo. A pressão do PL levou o senador Vanderlan Cardoso (PSD) a declarar apoio ao impeachment, buscando garantir votos da direita em sua candidatura à prefeitura de Goiânia. Em resposta, seu correligionário, senador Otto Alencar (PSD-BA), criticou a abordagem do PL, afirmando que a bancada do PSD foi liberada para que os senadores se posicionassem livremente. (Globo)
G20 aprova documento pedindo reformas na ONU
Em movimento inédito, os ministros das Relações Exteriores dos países que compõem o G20 chegaram a um consenso e aprovaram um documento pedindo reformas em organizações internacionais como a ONU, a Organização Mundial do Comércio (OMC) e instituições financeiras globais como o FMI e o Banco Mundial. A aprovação ocorre às vésperas de uma reunião ampliada do G20 e contará com a participação de ministros de pelo menos 90 países. O feito é considerado uma vitória da diplomacia brasileira, pois a reunião foi uma iniciativa do governo brasileiro e será aberta pelo presidente Lula, além de que o Itamaraty tem como uma das metas a reforma do sistema global, ainda que elas não tenham prazo para implementação e ainda carecem de consenso sobre diversos pontos cruciais. O documento ainda é genérico e considerado apenas um primeiro passo para mudanças mais substanciais, que incluem discussões sobre a ampliação da representatividade regional no Conselho de Segurança da ONU e nas instituições financeiras internacionais. (CNN Brasil)
Marçal diz que Bolsonaro ‘virou as costas para o povo’ e chama Tarcísio de ‘goiabinha’
Após o debate do Flow, que terminou com sua expulsão e um assessor de sua campanha detido por agressão ao marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), o candidato Pablo Marçal (PRTB) fez uma live na qual disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro “virou as costas para o povo”. Ele também mirou o governador Tarcísio de Freitas, principal cabo eleitoral de Nunes, candidato à reeleição. “Bolsonaro, você podia tomar um jeito e não virar as costas para o povo. Você não poderia fazer isso com a gente”, disse Marçal. O ex-coach afirmou que Bolsonaro seria aliado do presidente do PSD, Gilberto Kassab, um dos inimigos declarados do ex-presidente, e também de nomes como o ex-governador João Doria, outro desafeto. Segundo Marçal, Bolsonaro está “aliado com caras que apoiam o Lula”. Depois, chamou o governador de “goiabinha”, em referência ao verde por fora e vermelho por dentro. (Globo)
Pentágono envia forças adicionais para o Oriente Médio
Em meio ao aumento da tensão, o Pentágono anunciou o envio de “um pequeno número” de forças adicionais americanas para o Oriente Médio. O anúncio ocorre após o secretário de Defesa, Lloyd Austin, conversar no fim de semana com os ministros da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e da Arábia Saudita, Khalid bin Salman Al Saud. “Nós definitivamente queremos ver a temperatura baixar e a escalada ser reduzida”, afirmou Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono que se recusou a dizer quando e para onde as forças adicionais serão enviadas. Austin continua preocupado com a ampliação da guerra em Gaza para um conflito regional maior, disse Ryder. O Pentágono apoia o direito de Israel de se defender, mas acredita que o caminho a seguir é resolver a tensão por meios diplomáticos. (Washington Post)
Amorim diz que ataque de Israel ao Líbano é ‘revoltante’ e vê risco de ‘guerra total’
O assessor especial da Presidência da República Celso Amorim considerou os ataques israelenses no Líbano tremendamente revoltantes e perigosos. Ele destacou que essa é sua opinião pessoal, e não falava em nome do governo brasileiro. Em Nova York, ele ressaltou a jornalistas o risco de o conflito se tornar uma “guerra total” e lembrou que há muitos brasileiros vivendo no Líbano. O ex-chanceler também pontuou que os dispositivos de comunicação detonados na semana passada poderiam “explodir na mão de uma criança brasileira”. O Hezbollah acusa Israel pelos ataques via pagers e walkie-talkies que mataram quase 40 pessoas e feriram milhares, mas o governo israelense não se pronunciou oficialmente. Já os ataques israelenses desta segunda-feira são os mais mortais desde a guerra de 2006 com o Líbano. Amorim citou a retirada de brasileiros da região na época e disse que o Itamaraty está desenvolvendo um plano para repetir a operação agora. “Tenho certeza que o Itamaraty já está planejando alguma coisa nesse sentido. Tenho certeza mesmo, porque já ouvi dizerem.” (CNN Brasil)