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Sem combinar com o governo, o deputado Lindbergh Faria (PT-RJ) apresentou duas emenda ao projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para mudar a meta de resultado primário prevista para o próximo ano. Uma das emendas prevê 0,75% de déficit e a outra 1%. O deputado defende que, se na hora da votação do Orçamento os parlamentares não toparem a de 1%, teria a de 0,75% para garantir uma folga fiscal para o governo em ano eleitoral.

O presidente Lula afirmou nesta segunda-feira que a reação de Israel é tão grave quanto o ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro. “Essa guerra, depois do ato provocado […] e eu digo ato de terrorismo do Hamas. As consequências da solução do Estado de Israel são tão graves quanto foram as do Hamas, porque eles [israelenses] estão matando inocentes sem nenhum critério”, afirmou. Ele também criticou a quantidade de mulheres e crianças vítimas da guerra. “Joga bomba onde tem criança, onde tem hospital a pretexto de que tem terrorista lá, não tem explicação. Primeiro, vamos salvar as crianças, as mulheres, e depois faz a briga com quem quiser fazer.” O presidente comemorou a saída do grupo de brasileiros de Gaza e disse que hoje é um dia de festa. Ele afirmou que, se houver mais brasileiros em outras zonas do conflito, o governo se empenhará para trazê-los de volta se quiserem. (Poder360)

O ministro da Justiça, Flávio Dino, negou nesta segunda-feira que tivesse recebido em seu gabinete Luciane Barbosa Farias, condenada por associação com uma facção do tráfico de drogas e conhecida como “dama do tráfico no Amazonas”. Reportagem do Estadão mostrou que ela esteve duas vezes este ano no Ministério da Justiça, integrando grupos que se reuniram com secretários e diretores da pasta. Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, que está preso. “Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho”, escreveu Dino no X (antigo Twitter). “De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que não se realizou em meu gabinete.” Parlamentares da oposição pediram uma investigação e até o impeachment do ministro. (Estadão)

Num retorno surpreendente à cena política, o ex-primeiro-ministro britânico David Cameron foi nomeado nesta segunda-feira ministro do Exterior. A notícia veio como forma de conter uma crise no gabinete do atual premiê, Rishi Sunak, após a demissão da ministra do Interior, a linha dura de direita Suella Braveman. Durante o fim de semana, ela publicou um artigo no jornal conservador The Times acusando a polícia londrina de tratar com menos rigor manifestantes pró-Palestina, o que provocou revolta entre as forças de segurança e ameaçou erodir ainda mais a popularidade do governo de Sunak. Braveman foi substituída pelo ministro do Exterior, James Cleverly, abrindo caminho para a nomeação de Cameron. Em 2016, ele perdeu o cargo de primeiro-ministro após a vitória do Brexit no plebiscito que convocara e pouco depois renunciou ao mandato no Parlamento. Para integrar o governo, Cameron passará a integrara a Câmara dos Lordes. (Politico)

Já se passaram quase dois meses desde que Augusto Aras deixou o cargo de procurador-geral da República, e o presidente Lula não dá sinais de que já tenha escolhido um substituto. Diante da indecisão, auxiliares o tem aconselhado a buscar um nome de sua confiança fora da cúpula da PGR. Tradicionalmente, o procurador-geral é escolhido entre os 78 subprocuradores-gerais, mas, pela lei, basta que o indicado seja membro da carreira e tenha mais de 35 anos de idade, o que daria a Lula mais de mil nomes. Em seus dois mandatos anteriores (assim como nos dois de Dilma Rousseff), Lula escolheu o primeiro colocado de uma lista tríplice elaborada pela própria PGR, mas já deixou claro que não repetirá a prática. Enquanto isso, Elizeta Ramos segue como procuradora-geral interina. (g1)

Centenas de civis estão retidos pelos combates entre Israel e o Hamas dentro do hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. Segundo a OMS, o prédio está há três dias sem água e “já não consegue funcionar como um hospital”. A ONG Crescente Vermelho tentou enviar um comboio para resgatar as pessoas no al-Shifa, mas desistiu diante do intenso bombardeio no entorno. Segundo médicos, já há tanques israelenses nos portões do hospital.

Os candidatos à presidência argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza) e Sergio Massa (Unión por la Patria), participam neste domingo do último debate eleitoral antes do segundo turno, marcado para o dia 19. Eles vão debater economia, relações da Argentina com o mundo, educação e saúde, produção e trabalho, segurança e direitos humanos, e coexistência democrática. Com quase duas horas de duração e dividido em três blocos, o debate será transmitido no canal do YouTube da Câmara Nacional Eleitoral. Segundo o La Nación, pesquisas indicam um cenário de paridade entre Miliei e Massa, com pequena “vantagem para o candidato libertário”, mas dentro da margem de erro que vai de 2 a 3 pontos percentuais. (Poder360)

Em um novo capítulo da disputa entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, a Justiça do Ceará suspendeu na sexta-feira a intervenção do comando nacional do PDT no diretório estadual. A liminar atendeu a um pedido do diretório cearense, liderado por Cid, acolhendo o argumento de que a intervenção afrontou os princípios do contraditório e da ampla defesa. A intervenção foi aprovada no último dia 27, em encontro da executiva nacional no Rio de Janeiro. Na semana passada, Cid foi destituído e uma comissão provisória instalada. Após mais uma vitória judicial de Cid, o presidente nacional do PDT, André Figueiredo, afirmou que um processo de expulsão será formalizado. O centro da divergência entre as duas alas do partido no Ceará é o alinhamento do PDT com o governador Elmano de Freitas (PT) e possíveis alianças com o PT nas eleições municipais de 2024. De um lado, Cid tem costurado parcerias com PT e defende a manutenção da aliança com o governador. A ala ligada a Ciro e André Figueiredo defende que o PDT mantenha uma postura de independência frente ao governo do PT. (Folha e Diário do Nordeste)

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, recusou-se a responsabilidade imediata pelas falhas militares e de inteligência que levaram ao ataque do Hamas em 7 de outubro, comparando-se a presidentes americanos que estavam à frente do país durante acontecimentos chocantes e com muitas vítimas. “As pessoas perguntaram a Franklin Roosevelt depois de Pearl Harbor? As pessoas perguntaram a George W. Bush depois do 11 de Setembro? Serão feitas perguntas difíceis. Agora, temos de unir o país por um único propósito”, disse ele em entrevista à CNN neste domingo. Em relação à estratégia pós-guerra, disse que o primeiro objetivo é destruir o Hamas. O segundo objetivo é “ultrapassar o alcance do cerco militar israelense” e o terceiro é que a próxima “autoridade civil de Gaza coopere na desmilitarização e fim da radicalização de Gaza”. (Haaretz)

O chanceler Mauro Vieira afirmou que a versão de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria atuado de alguma forma para permitir a repatriação do grupo de brasileiros e seus parentes palestinos trata-se de “desinformação”. “Todo o esforço para a libertação dos brasileiros foi feito pelo governo do presidente Lula, por instrução dele e acompanhamento diário”, disse Vieira. O ministro das Relações Exteriores também destacou que fez a interlocução com os representantes de Israel, Egito, Qatar e Autoridade Palestina para tratar da liberação do grupo. “Foi isso que resultou na conclusão exitosa nesse acordo entre todos os países envolvidos. Além disso, eu acho que é desinformação”, disse ao ser questionado sobre a versão que bolsonaristas fizeram circular nas redes sociais devido ao encontro, na semana passada, entre Bolsonaro e o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. Vieira também destacou que a “a situação desses brasileiros está resolvida, mas a situação do conflito é gravíssima e o presidente continua muito envolvido na solução da questão.” (Folha)