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Política

Pesquisa AtlasIntel: Lula tem 50% de aprovação e 47% de desaprovação

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça-feira mostra queda de dois pontos percentuais na aprovação do desempenho do presidente Lula, para 50%, enquanto a desaprovação subiu um ponto, para 47%, na comparação com o levantamento anterior, realizado em setembro. Três por cento não souberam responder, e a margem de erro da sondagem é de um ponto para mais ou para menos. Já o grupo dos que consideram o governo do petista ruim ou péssimo soma 45%, ante 42% em setembro. Os que avaliam a gestão como ótima ou boa são 43%, frente a 44% antes. E, para 11%, o governo é regular — em setembro, 13% pensavam assim.

Lula diz que ‘não tem que gostar’ de outros presidentes

Em discurso na cerimônia de formatura de novos diplomatas no Instituto Rio Branco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira, que não precisa gostar dos presidentes dos países da região, mas sentar à mesa com eles em busca de acordos. A afirmação foi feita dois dias depois de o libertário Javier Milei – que critica o Mercosul e Lula – vencer as eleições presidenciais na Argentina. Lula não citou Milei nominalmente. “Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter política de Estado brasileira e ele do Estado dele. Nós temos que nos sentar à mesa, cada um defendendo os seus interesses. Não pode ter supremacia de um sobre o outro, a gente tem que chegar a um acordo. Essa é a arte da democracia. A gente tem que chegar a um acordo.” (g1)

Milei e Fernández se reúnem para dar início à transição na Argentina

O atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o eleito, Javier Milei, tiveram a primeira reunião para tratar da transição de governo.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, se reuniu nesta terça-feira com o atual chefe do Executivo, Alberto Fernández, para dar início ao processo de transição de governo. Embora a foto oficial mostre os dois de cenho fechado, a opinião de participantes é de que a reunião foi positiva e cordial. O trabalho de transição propriamente dito será tocado pelos chefes de gabinete: o atual, Juan Manuel Olmos, e o futuro, Nicolás Posse, que tiveram um encontro mais longo e separado. (La Nación)

Defesa de réu do 8/1 que morreu na prisão havia alertado para riscos

Réu em processos pela tentativa de golpe em 8 de janeiro, Cleriston Pereira da Cunha morreu na segunda-feira, aos 46 anos, no Complexo Penitenciário da Papuda, onde aguardava julgamento. Nesta terça-feira, seus advogados informaram que enviaram desde maio alertas ao Supremo Tribunal Federal (STF) de que havia riscos graves à saúde de seus cliente e pediu oito vezes sua liberdade provisória. Nos documentos havia laudos indicando de Cunha tratava um quadro de vasculite e miosite secundária à covid-19, além de tomar medicação contra diabetes e hipertensão. O ministro do STF Alexandre de Moraes, que é relator do processo contra Cunha, cobrou da direção do presídio o prontuário médico do caso. (UOL)

Em nova vitória de Haddad, Lula deve vetar desoneração da folha de pagamento

O presidente Lula deve vetar o projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam no país, disseram fontes à Coluna do Estadão. Se a decisão for confirmada, representará uma nova vitória política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que recomendou o veto ao presidente. Na semana passada, Haddad também convenceu Lula a manter a meta fiscal de 2024 em déficit zero, deixando uma possível mudança para o ano que vem. A desoneração da folha de pagamentos, já aprovada no Congresso, custa R$ 9 bilhões por ano à União. Apesar da resistência do Congresso ao veto, Lula aposta no apoio de parlamentares por motivos eleitorais. Sem atuar pela pauta arrecadatória, os congressistas podem forçar o Executivo a fazer contingenciamentos para atingir o déficit zero, afetando as emendas parlamentares em pleno ano eleitoral. O prazo para vetar ou sancionar o projeto termina nesta quinta-feira. (Estadão)

Argentina: as propostas de Milei são realmente viáveis?

Javier Milei levou conquistou com folga a presidência argentina. Agora, vem, o maior desafio: governar sem maioria um país em crise, que ele prometeu refundar. O político libertário propôs mudanças radicais, que vão da dolarização da economia e o fechamento do Banco Central à redução do papel do Estado. Mas especialistas preveem que a plataforma eleitoral de Milei entrará em conflito com o sistema de pesos e contrapesos da democracia argentina, uma vez que ele não terá maioria no Congresso e terá de negociar com rivais que insultou na campanha. “Em um país federativo como a Argentina, onde os governadores têm um peso extraordinário, ele não tem um único governador de seu partido”, diz o cientista político argentino Sergio Berensztein. (BBC News Brasil)

Vaga deixada por Rosa Weber no STF é a mais demorada a ser preenchida por Lula

A indefinição sobre a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) completou 52 dias nesta segunda-feira, tornando-se a escolha mais demorada do presidente Lula (PT) para o tribunal em seus três mandatos. No primeiro semestre, Lula levou 51 dias para anunciar Cristiano Zanin, seu ex-advogado, à vaga que era de Ricardo Lewandowski. Nos dois mandatos anteriores, as definições do petista demoraram em média duas semanas após a abertura da vaga. A escolha mais demorada foi a de Cármen Lúcia, em 2006, que levou 42 dias. O atraso tem deixado o Supremo desfalcado, com dez ministros, impactando o fluxo de processos, especialmente aqueles que estavam sob relatoria de Rosa Weber e seguem à espera do novo ministro. A Constituição de 1988 não estabelece prazo para a designação de um ministro do Supremo. Levantamento da Folha a partir de registros do STF mostra que, desde 1989, mais da metade delas aconteceram em 17 dias e meio, contado também o tempo para a indicação de Zanin. (Folha)

Com 55 nomes, Itamaraty fecha segunda lista de repatriação da Faixa de Gaza

O Ministério das Relações Exteriores fechou, nesta segunda-feira, a primeira versão oficial de uma nova lista de repatriação da Faixa de Gaza. Por ora, há 55 nomes. Este número, no entanto, pode subir porque novos pedidos têm sido recebidos. As embaixadas de representação do Brasil na região já estão sendo comunicadas para que solicitem aos governos de Israel e Egito a saída do grupo pela passagem de Rafah. Para concluir a nova lista, o governo ampliou o critério em relação à anterior. Agora, avós e irmãos mais velhos foram incluídos. Por isso, desta vez, a maioria dos nomes é de palestinos. Na primeira lista, com 32 pessoas, estavam apenas pais, filhos e cônjuges. É preciso, porém, que Israel e Egito aceitem os mesmos parâmetros para retirar parentes e brasileiros de Gaza. (CNN Brasil)

Argentina não deve romper com Mercosul, avaliam empresários brasileiros

Apesar das incertezas que acompanham a eleição do libertário Javier Milei como presidente da Argentina, representantes de diversos setores da economia brasileira não acreditam numa ruptura, como o político defendeu durante sua campanha. O Brasil e o Mercosul são muito importantes para a Argentina. Por isso, a possibilidade de saída do acordo é vista com ceticismo. As exportações e importações entre os dois países movimentam cerca de US$ 30 bilhões por ano, e o Brasil é o segundo maior parceiro da Argentina, atrás apenas da China. “Não acho que a Argentina sairá do Mercosul. Mesmo tendo a China como principal parceira comercial, o país vizinho precisa dos países da América do Sul que integram o bloco”, diz o presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro. Para Fernando Pimentel, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, é cedo para prever o que pode acontecer, mas ele não acredita em ruptura. “Governar é diferente de fazer campanha. Acho difícil ter um rompimento com o Mercosul, apesar de suas imperfeições. E é preciso finalizar o acordo com a União Europeia. Brasil e Argentina estão muito conectados comercialmente”, diz. “Caso ocorra uma ruptura do bloco, teremos um problema mais grave, já que o calçado brasileiro, que hoje entra com tarifa zero, teria uma taxa de 35% para entrar no país vizinho”, explica Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. (Globo)