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Política

Os relatos de reféns israelenses e prisioneiros palestinos libertados

Conforme reféns israelenses sequestrados no dia 7 de outubro retornam para suas famílias, os relatos sobre como foram tratados no cativeiro começam a emergir. Uma mãe libertada com seu filho pequeno disse a familiares que eles tinham dormido em cadeiras colocadas juntas. Uma senhora de 85 anos descreveu contar os dias para perder a noção do tempo. Os reféns libertados não falaram diretamente com a mídia, a maioria ainda está em áreas isoladas de hospitais israelenses. Além disso, muitas das informações sobre onde e como foram detidos permanecem confidenciais. Mas parentes que conversaram ou se encontraram com alguns dos reféns libertados disseram que todos pareciam ter passado as semanas em cativeiro totalmente isolados do mundo e voltaram mais magros. “Eles comiam, mas não regularmente e nem o tempo todo”, disse Merav Mor Raviv, prima de Keren Munder, 54 anos, que foi libertada na sexta-feira junto com seu filho, Ohad Munder-Zichri, 9, e sua mãe. Ruth Munder, 78. “Eles comeram muito arroz e pão”, disse Raviv, que contou ainda que os Munders dormiam em uma sala de recepção em bancos improvisados que eles montaram juntando três cadeiras. Quando queriam ir ao banheiro, tinham de bater na porta e esperar por até duas horas. A avó de Adva Adar, Yaffa Adar, 85 anos, foi quem manteve a contagem dos dias. Raviv e Adva Adar falaram com repórteres por meio de uma videochamada. Como prova do quão isolados estavam os reféns, Raviv relatou que Ruth Munder só soube da morte do filho, Roi, no ataque de 7 de outubro depois depois de ser libertada. O tio de dois reféns que estavam entre os libertados na noite de sábado, Noam Or, de 17 anos, e sua irmã Alma, de 13, disse à BBC que eles também não sabiam, até serem libertados, que sua mãe, Yonat Or, havia sido morta nos ataques terroristas de 7 de outubro. “Eles têm algumas histórias difíceis para contar sobre a forma como foram capturados e tratados”, disse Ahal Besorai. Os irmãos Or foram feitos reféns com o pai, Dror, que se acredita ainda estar detido em Gaza. Besorai disse que Noam e Alma foram mantidos separados do pai. (New York Times)

Hamas entrega 17 reféns à Cruz Vermelha enquanto Netanyahu visita Gaza

O Hamas entregou mais 17 reféns à Cruz Vermelha, seguindo o acordo de uma trégua temporária com Israel. São 13 israelenses, três tailandeses e um russo que é cidadão israelense, este último libertado em um aceno ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. Com isso, chega a 54 o número de pessoas que deixaram o cativeiro no território palestino desde o início do cessar-fogo — foram soltos 24 reféns na sexta-feira e 17 no sábado, sendo 13 israelenses por dia e o restante, estrangeiros. Em troca, Tel Aviv já soltou 78 prisioneiros (39 em cada dia da trégua) e deve libertar mais neste domingo. A maioria estava detida por crimes de menor gravidade, como atirar pedras contra soldados; em outros casos, eram alvo de detenção administrativa, em que não há acusação formal nem julgamento. Depois da libertação dos israelenses, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou um vídeo da visita do premiê às tropas na Faixa de Gaza. “Estamos fazendo todos os esforços para devolver os nossos reféns e, eventualmente, iremos devolvê-los a todos”, prometeu Netanyahu. “Continuaremos até o fim, até a vitória. Nada vai nos parar e estamos convencidos de que temos o poder, a força, a vontade e a determinação para alcançar todos os objetivos da guerra, e iremos fazê-lo.” (Folha)

Lula 3 é governo que menos aprova projetos no Congresso desde Collor

A fragilidade da coalizão do governo federal fica evidente quando se analisa o volume de projetos enviados pelo Planalto que foi aprovado no Congresso até aqui. O Globo fez um levantamento que aponta que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu transformar em lei apenas um quarto dos projetos que enviou ao Legislativo até agora. Desde janeiro, o Executivo apresentou 75 proposições, mas só 18 passaram. É o pior resultado em 33 anos. O saldo é pior até do que o de Jair Bolsonaro que, em seu primeiro ano de governo, antes de ter apoio do Centrão, aprovou 25 das 79 propostas apresentadas, ou 32%. Dilma Rousseff teve uma média de 57% de projetos aprovados. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), 46%; Itamar Franco (1992-1994), 46%, e Fernando Collor (1990-1992), 55%. O detentor da maior eficácia na aprovação de propostas de autoria do Executivo é o próprio Lula, que em 2006 conseguiu transformar em lei 84 das 105 medidas enviadas naquele ano, um recorde de 80%. Procurado, o governo não comentou. (Globo)

Terceiro dia de trégua tem expectativa de mais reféns libertados e tensão em Gaza

O terceiro dia de trégua entre Israel e Hamas se iniciou, novamente, com a expectativa de libertação de reféns pelo Hamas e de prisioneiros pelos israelenses. No sábado, depois de horas de atraso, 13 israelenses foram libertados (veja quem são), além de quatro tailandeses. Entre os libertados, estava uma menina de 9 anos que o pai considerava morta. Em troca, Israel libertou 39 palestinos – seis mulheres e 33 adolescentes – de duas prisões, segundo a agência de notícias palestina WAFA. Uma fonte israelense disse à CNN que Israel já recebeu a lista dos reféns a serem libertados pelo Hamas neste domingo.

Israel confirma que Hamas entregou 13 reféns israelenses à Cruz Vermelha

Depois de horas de atraso por conta de impasses no acordo de trégua entre Israel e Hamas, o gabinete do porta-voz das Forças de Defesa Israelenses confirmou que 13 reféns israelenses estão com a Cruz Vermelha e a caminho da passagem de Rafah para o Egito. De lá, eles serão recebidos por autoridades israelenses. O Hamas havia anunciado momentos antes que entregara 20 reféns — 13 israelenses e sete estrangeiros – à Cruz Vermelha. De acordo com o ministério de Negócios Estrangeiros do Catar, devem ser libertadas oito crianças e cinco mulheres israelenses sequestradas pelo Hamas no dia 7 de outubro. Do lado palestino, os prisioneiros a serem libertados incluem 33 menores de idade e seis mulheres. Um porta-voz da pasta agradeceu os esforços de Egito e Estados Unidos para ajudar a resolver o impasse na trégua. O Hamas alegava que Israel não estava liberando a passagem de caminhões com ajuda humanitária para Gaza. (Times of Israel)

Hamas adia libertação de segundo grupo de reféns

No segundo dia de trégua no conflito entre Israel e Hamas, o braço armado do grupo palestino decidiu adiar a libertação de reféns até que o governo israelense se comprometa com a permissão da entrada de caminhões de ajuda humanitária na região norte de Gaza. Segundo a imprensa internacional, um segundo grupo de 14 reféns sequestrados pelo Hamas já teriam deixado a região do conflito e estariam com a Cruz Vermelha. As autoridades israelenses, contudo, afirmam que os reféns ainda não foram entregues. O porta-voz do governo palestino, Taher al-Nono, afirmou à Al Jazeera que Israel violou os termos do cessar-fogo temporário ao não cumprir as cláusulas relativas à entrada de caminhões de ajuda humanitária em Gaza. Entretanto, o jornal Times of Israel informou que Tel Aviv permitiu a entrada de 200 caminhões, conforme exigido pelo acordo. (Folha)

‘Não dá tempo’, diz vice-presidente do Senado sobre votar indicações de Lula à PGR e ao STF

Depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, em um jantar com ministros do Supremo Tribunal Federal, que indicaria Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República e Flávio Dino, ministro da Justiça, para a vaga de Rosa Weber na Corte, o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), disse que pode ser tarde demais — ao menos para 2023. Em entrevista ao Globo, o senador disse que “não dá tempo. Nós temos a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual). Dezembro começa na próxima semana”.

Mais reféns israelenses devem ser trocados por prisioneiros palestinos hoje

No segundo dia de trégua no conflito entre Israel e Hamas, a expectativa é que um novo grupo de reféns israelenses detidos em Gaza seja libertado hoje. Em troca, o serviço penitenciário de Israel diz estar preparado para libertar 42 palestinos detidos em prisões israelenses. O Mossad e as Forças de Defesa de Israel receberam a segunda lista de reféns ontem, segundo informou o gabinete do primeiro-ministro de Israel. A lista não será divulgada até que os reféns estejam em segurança, mas uma fonte afirma que “várias” crianças estão entre eles.

Lula janta com ministros do STF e sinaliza que vai indicar Gonet à PGR e Dino à Corte

Um dia após a aprovação no Senado de PEC que limita as decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em sinal de paz com a Corte, o presidente Lula ofereceu um jantar na noite de quinta-feira aos ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes. Segundo pessoas que estiveram no encontro no Palácio da Alvorada, Lula deu sinais de que deve optar pelo subprocurador Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e deixou nas entrelinhas que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deve ser o escolhido para a vaga aberta no STF com a aposentadoria de Rosa Weber. Os dois nomes são apoiados por ministros do Supremo. Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) e cotado para a vaga no STF, também participou do encontro, assim como Dino. Ainda na quinta-feira, Lula se reuniu mais cedo com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para uma conversa reservada. Ele não participou do jantar porque viajou para o Rio de Janeiro. (Globo)

STF marca julgamento sobre nomeação de políticos para estatais

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 6 de dezembro o julgamento da ação que questiona a restrição a políticos no comando de empresas estatais, como previsto na Lei das Estatais. É a terceira vez que a ação proposta pelo PCdoB vai a julgamento. Diferentemente das outras vezes, agora, o julgamento será no plenário físico da Corte. Criada em 2016, durante o governo Michel Temer (MDB), a Lei das Estatais veda que titulares de alguns cargos públicos ou que tenham atuado, nos três anos anteriores, na estrutura decisória de partido político ou em campanha eleitoral sejam indicados como conselheiros ou diretores de estatais. Em março, o ministro Ricardo Lewandowski, agora aposentado, suspendeu os efeitos da lei em decisão liminar. É essa liminar que está sob exame dos demais membros do Supremo, que dirão se confirmam ou não o que foi decidido por Lewandowski. O relator do caso é Cristiano Zanin, sucessor do magistrado na Corte. (Globo)