Política

Venezuela classifica exercícios militares dos EUA na Guiana como ‘provocação’

O governo da Venezuela classificou como “provocação” os exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Guiana na região de Essequibo, que é reivindicada por Caracas. “Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo", afirmou Vladimir Padrino López, ministro do Poder Popular para a Defesa. Este é o primeiro movimento militar dos EUA na região desde o referendo venezuelano do último domingo sobre a anexação de Essequibo. Ainda nesta nesta quinta-feira, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, ligou para o presidente guianês, Irfaan Ali, para expressar apoio dos EUA à Guiana e debater a “cooperação robusta” na área de segurança. (g1)

Mercosul e União Europeia se dizem ‘engajados’ em concluir acordo comercial

Em nota conjunta divulgada nesta quinta-feira, o Mercosul e a União Europeia afirmaram estar engajados na conclusão do acordo comercial entre os dois blocos. “A UE e o Mercosul estão engajados em discussões construtivas com vistas a finalizar as questões pendentes no âmbito do Acordo de Associação”, diz o texto. “Nos últimos meses, registaram-se avanços consideráveis. As negociações prosseguem com a ambição de concluir o processo e alcançar um acordo que seja mutuamente benéfico para ambas as regiões e que atenda às demandas e aspirações das respectivas sociedades”, completou a nota. O acordo vem sendo costurado desde 1999. Em 2019, as partes chegaram a um texto, que passou a ser discutido em detalhes para seguir para a aprovação final. O processo, no entanto, tem passado por avanços e reveses. No fim de semana, durante a conferência do clima COP 28, em Dubai, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que seu país é contra o acordo. (g1)

‘Não queremos guerra na América Latina’, afirma Lula na cúpula do Mercosul

Durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a aprovação de uma minuta de declaração sobre a disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo, rica em petróleo. O encontro coincide com uma escalada da tensão entre Venezuela e Guiana, que levou o Exército brasileiro a reforçar sua presença militar na fronteira com os dois países vizinhos. “Uma coisa que não queremos na América do Sul é guerra”, afirmou Lula. “Estamos acompanhando com crescente preocupação o desdobramento relacionado à questão do Essequibo. O Mercosul não pode ficar alheio à situação. Por isso, queria submeter à consideração de vocês a minuta de declaração dos Estados Parte do Mercosul sobre essa controvérsia acordada pelos nossos chanceleres.” Lula destacou que a declaração adotada no último dia 22, na reunião entre os ministros da Defesa e das Relações Exteriores da América do Sul em Brasília, “reafirma a região como uma zona de paz e cooperação". “O que nós precisamos construir é a paz. Só com a paz podemos desenvolver os nossos países. Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e à estabilidade.” (Globo)

Helicóptero militar que havia sumido na Guiana é encontrado

Após um dia de buscas, o helicóptero da Força de Defesa da Guiana que havia desaparecido com 7 pessoas foi encontrado nesta quinta-feira. Segundo nota da Defesa, a aeronave está no solo, mas o resgate ainda não conseguiu chegar até o local por causa das condições climáticas. A nota indica ainda que há possibilidade de sobreviventes. A aeronave sumiu por volta das 11h20 de quarta-feira a 48km de Arau, perto da fronteira com a Venezuela. O helicóptero voava com três tripulantes e quatro passageiros. Guiana e Venezuela vivem uma situação de tensão pela disputa de Essequibo, que os venezuelanos querem anexar. (Correio Braziliense)

PCC pesquisou endereços de Lira e Pacheco para ‘missão’, segundo investigação

Membros da facção criminosa PCC pesquisaram os endereços em Brasília dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a realização de uma missão, segundo relatórios de inteligência do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal. Não há detalhes sobre qual seria essa missão. A descoberta foi feita pela PF durante a investigação sobre o plano da maior facção criminosa do Brasil para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O PCC também enviou alguns de seus integrantes a Brasília para executar a missão. No celular de um dos alvos da investigação, os policiais encontraram fotos aéreas das residências oficiais de Lira e Pacheco e comentários sobre os imóveis. No celular, também há registros de pesquisa para compra de imóvel na Península dos Ministros, no Lago Sul, onde ficam as residências dos chefes do Legislativo. O relatório do MP-SP afirma que em 9 de maio deste ano, dois meses após a operação que mirou Moro, Janeferson Gomes, o Nefo, apontado até então como chefe da célula Restrita do PCC, acionou outros integrantes para a ação. As ações desenvolvidas por essa célula costumam ser “extremamente graves e de grande repercussão nacional, normalmente ligadas à atentados contra autoridades e servidores graduados, não só das forças de segurança, mas também do Ministério Público e dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do país”. (Folha)

EUA anunciam exercício militar na Guiana em área reivindicada por Venezuela

Militares dos Estados Unidos e da Guiana realizam nesta quinta-feira exercícios aéreos conjuntos na região de Essequibo, anunciou a embaixada americana em Georgetown. Segundo comunicado, as operações são de rotina e têm o objetivo de aprimorar a parceria militar entre os dois países e “fortalecer a cooperação regional”. As manobras ocorrem em um momento de tensão na região, reivindicada pela Venezuela e pela Guiana, devido ao plebiscito venezuelano que considerou que Essequibo é parte de seu território. A região é rica em petróleo e corresponde a 70% da área da Guiana. “Os EUA seguem comprometidos em ser um parceiro de segurança confiável para a Guiana”, informa o comunicado. Os exercícios estão em linha com as declarações do presidente guianense, Mohamed Arfaan Ali, de busca por aliados para assegurar a defesa da região no “pior cenário possível”, referindo-se a um conflito armado com a Venezuela. Autoridades de Defesa americanas e guianenses se reuniram dias antes do plebiscito venezuelano para discutir o futuro da aliança. Desde 2022, os dois países têm um acordo de cooperação militar. O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta sexta-feira, a portas fechadas, para abordar o conflito territorial. A reunião foi pedida pela Guiana na quarta-feira. (Estadão)

Ala derrotada do PSDB paulistano esvazia sede do partido

A briga pelo controle do PSDB da capital paulista ganhou contornos quase cômicos. Deposto pela executiva estadual, o ex-presidente do diretório municipal Fernando Alfredo levou embora todos os móveis e utensílios da sede. Seu sucessor, Orlando Faria, encontrou o imóvel vazio. “Nós dissemos assim: Podem vir para a sede do partido, mas com aquilo que o partido tem, nada”, admite Alfredo. Por traz da picuinha estão divergências sobre o rumo que os tucanos devem tomar nas eleições municipais do ano que vem. A ala de Alfredo quer apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), enquanto o grupo de Orlando defende publicamente uma candidatura própria, mas conversa em paralelo com a deputada Tabata Amaral (PSB), também potencial candidata. (Estadão)

Militares estão desconfortáveis com silêncio de Lula sobre Venezuela e Guiana

Cresce entre as Foças Armadas brasileiras o desconforto com o silêncio do presidente Lula sobre a tentativa da Venezuela de anexar a região de Essequibo, que pertence à Guiana, mas é reivindicada por Caracas desde o século 19. Lula se limitou a pedir “bom senso” a ambos os lados, numa postura bem diferente da veemência com que comenta os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. A preocupação dos militares é grande porque o território brasileiro é o caminho natural para uma eventual tentativa de invasão por parte da Venezuela, e a ambiguidade do governo dificulta a definição de uma estratégia de ação. Essequibo tem 160 mil km² e é administrado pela Guiana. A área representa 74% do território do país e é rica em petróleo e minerais. (Poder360)

Helicóptero militar da Guiana desaparece em área de fronteira com a Venezuela

Um helicóptero militar da Guiana, levando oficiais de alta patente, desapareceu na quarta-feira a 45 quilômetros da fronteira com a Venezuela, embora não haja até o momento indício de envolvimento venezuelano no incidente. Os militares estavam caminho da fronteira para inspecionar tropas na área diante do aumento das tensões com o país vizinho. O governo da Venezuela decretou soberania sobre Essequibo, uma região da Guiana rica em petróleo e reivindicada por Caracas desde o século 19. “Não temos nenhuma informação que sugira que tenha havido algum voo de aeronave venezuelana naquela área. Especulação não é o que eu quero abordar”, disse o brigadeiro guianês Omar Khan, ao anunciar do desaparecimento. A área onde o helicóptero sumiu é de mata fechada, e o tempo estava instável naquele momento. (Globo)

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