Política

Metade da população de Gaza está passando fome, alerta a ONU

Por conta dos combates entre Israel e o grupo terrorista Hamas e da quantidade insuficiente de ajuda humanitária, metade da população da Faixa de Gaza está passando fome. O alerta foi feito pelo vice-diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, Carl Skau, acrescentando que nove em cada dez habitantes do território palestino não tem garantido o acesso diário a alimentação. Já Israel diz que o esforço para eliminar o Hamas e resgatar todos os reféns tomados nos ataques de 7 de outubro vai continuar. “Toda morte e sofrimento de civis são dolorosos, mas não temos alternativa”, disse o tenente-coronel Richard Hecht, porta-voz das Forças Armadas israelenses. (BBC)

Encontro de Milei com Bolsonaro incomoda governo brasileiro

Causou mal-estar no governo brasileiro o esfuziante encontro na sexta-feira entre o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conta Malu Gaspar. Na avaliação da chancelaria brasileira, foi um sinal de que Milei não está interessado em construir uma parceria com o governo Lula. Além de Bolsonaro, o argentino, que toma posse no governo neste domingo, se encontrou também com integrantes do círculo privado do ex-presidente, como os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Lula decidiu não comparecer à posse de Milei, mandando o chanceler Mauro Vieira representá-lo. (Globo)

Segundo grupo de brasileiros deixa a Faixa de Gaza

O segundo contingente de brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a guerra em Gaza aguarda no Egito um avião da Força Aérea Brasileira que decolou da Base Aérea do Galeão. Cerca de 50 pessoas passaram pela imigração do lado egípcio, conforme informou o Itamaraty. Este é o 11º voo da Operação Voltando em Paz, que transporta a bordo 11 toneladas de alimentos não perecíveis para assistência humanitária. O voo direto, com 15 horas de duração, está programado para pousar no Egito às 3 horas (horário local) de domingo (10). Atualmente, há 102 pedidos de repatriação de brasileiros e familiares da Faixa de Gaza, segundo o Ministério das Relações Exteriores. A autorização para iniciar o processo de repatriação é aguardada de Israel, Egito e do grupo Hamas. (g1 e Agência Brasil)

Senado instala CPI da Braskem na próxima semana

O Senado vai instalar nesta terça-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. A sessão inaugural, que definirá a presidência dos trabalhos, e nomeará relator e vice-presidente, será dirigida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), autor do pedido de abertura. A CPI vai investigar os impactos da extração de sal-gema pela companhia em Maceió (AL), que causou o afundamento do solo na região da mina 18, deixando milhares de pessoas fora de suas residências. O acordo firmado entre a petroquímica e a prefeitura da capital alagoana também será alvo de apuração dos parlamentares. Por enquanto, nove dos 11 integrantes já foram indicados para participarem dos trabalhos. (Terra)

Estados Unidos vetam cessar-fogo imediato entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza

Os Estados Unidos vetaram uma resolução que pedia o cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira. O país é um dos cinco membros permanentes do conselho com poder de veto. O texto apresentado pelos Emirados Árabes Unidos teve apoio de 13 dos 15 países membros, incluindo Brasil, Rússia e China, e uma abstenção do Reino Unido. A reunião extraordinária foi convocada após o secretário-geral da ONU, António Guterres, invocar pela primeira vez o artigo 99 da Carta da ONU na última quarta-feira. O dispositivo diplomático permite que o secretário-geral leve ao grupo “qualquer assunto que, na sua opinião, possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais”, mas não era utilizado havia décadas. (g1)

Documento do PT critica influência do Centrão e austeridade fiscal

O PT vai aprovar nesta sexta-feira, em reunião do Diretório Nacional, um documento que centra fogo na política de coalizão do governo Lula, em particular na “influência desmedida” do Centrão. O texto, que ainda está sofrendo emendas, foi elaborado pela corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), à qual pertencem Lula e a presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Mas o Centrão não é o único alvo. O documento também critica o que chama de “austericídio fiscal”, a ênfase em equilíbrio financeiro, mesmo que à custa de gastos com programas sociais, e diz que a rediscussão do papel das Forças Armadas não pode ser um tabu. Neste sábado acontecerá, em Brasília, a Conferência Eleitoral do PT. (Estadão)

Levantamento indica que Dino depende do Centrão

Neste momento, o ministro da Justiça, Flávio Dino, tem garantida somente a metade dos 41 votos necessários para ter confirmada pelo Senado sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Somente 21 parlamentares, a maioria de partidos de esquerda, já confirmaram abertamente o apoio à confirmação, o que deixa Dino dependente dos votos do Centrão para obter os 20 votos que lhe faltam. A maior parte dos indecisos é filiada ao União Brasil, PP, PSD e MDB, todos partidos com assento no ministério do presidente Lula. Entre os 23 senadores da oposição, 16 já cravaram voto contra. A sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde Dino precisa de 14 dos 27 votos, está marcada para o dia 13. Em caso de aprovação, seu nome deve ser submetido ao plenário na mesma data. (UOL)

O petróleo é deles

Moro evita responder perguntas de acusadores em depoimento no TRE

O senador Sergio Moro (União-PR) foi ouvido nesta quinta-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) na ação que pode levar à cassação do seu mandato. Segundo o Blog do Fausto Macedo, Moro se recusou a responder às perguntas e deu explicações apenas aos questionamentos do juiz. O Ministério Público Eleitoral não fez perguntas. Moro não era obrigado a comparecer ao depoimento nem a responder às indagações. Ao deixar o prédio da Justiça Eleitoral, disse que todos os seus gastos de campanha foram declarados e respeitaram a legislação. “O que você tem é um monte de nada, um grande castelo de cartas que nós começamos a desmontar hoje”, afirmou. Moro enfrenta duas ações na Justiça Eleitoral, que o acusam de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação na campanha ao Senado. Um dos processos é movido pelo diretório estadual do PL. A segunda ação é movida pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV). Os partidos questionam gastos na pré-campanha, quando Moro ainda estava filiado ao Podemos, e na campanha, quando o senador migrou para o União Brasil. (Estadão)

Datafolha e Ipec indicam que Lula é aprovado por 38% e reprovado por 30%

O primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula vai chegando ao fim com avaliação estável: 38% aprovam, enquanto 30% consideram seu trabalho regular, e o mesmo número, ruim ou péssimo. Os dados são da quarta pesquisa do Datafolha sobre a popularidade do presidente, realizada na última terça-feira com 2.004 eleitores de 135 cidades, e divulgada nesta quinta-feira. Nas quatro sondagens, os números praticamente não mudaram. A única variação expressiva foi registrada entre junho e setembro, quando a reprovação avançou de 27% para 31%. Lula fez menos do que o esperado neste primeiro ano. Em março, era isso que pensavam 51% dos entrevistados. Agora, são 57% que avaliam as entregas dessa forma. Já os que acham que o presidente superou as expectativas passaram de 18% para 16%, e os que dizem que ele fez o esperado baixaram de 25% para 24%. O desempenho de Lula no primeiro ano é bem pior do que no seu mandato de estreia: no fim de 2003, ele tinha 42% de ótimo/bom, 41% de regular e 15%, de ruim/péssimo. Frente a Jair Bolsonaro, Lula termina o ano melhor: o ex-presidente tinha 30% de aprovação, 32% de avaliação regular e 36% de ruim/péssimo. A margem de erro é dois pontos para mais ou para menos. (Folha)