Milei reinstitui nepotismo e nomeia irmã para o governo
Nem dolarização, nem fim do Banco Central. Uma das primeiras medidas de Javier Milei como presidente da Argentina foi revogar um decreto baixado por Maurício Macri em 2018 proibindo a contratação de parentes no serviço público. Em seguida, nomeou a própria irmã, Karina Milei, como secretária-geral do governo e primeira-dama. Os demais decretos assinados pelo presidente trataram da restruturação do governo com a extinção de metade dos 18 ministérios e a transformação da Casa Civil, comandada por Nicolás Posse, numa supergerência, responsável pela gestão dos demais ministérios e das empresas estatais. (g1)
TSE avalia como barrar fraudes com IA nas eleições
Se nas eleições de 2022 a grande preocupação eram as fake news nas redes sociais, o que vem preocupando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação ao pleito municipal do ano que vem é o risco de fraude com uso de inteligência artificial. O assunto tem sido discutido internamente e pode provocar resoluções estabelecendo penalidades para quem usar essas ferramentas indevidamente. Pelos prazos da Justiça Eleitoral, resoluções valendo para as eleições de 2024 têm de ser publicadas até março do ano que vem, mas a ministra Cármen Lúcia, que assume a presidência antes do pleito, está se antecipando e pretende apresentar propostas aos colegas. A inteligência artificial e as chamadas “deep fake” foram usadas em larga escala nas recentes eleições argentinas. (Valor)
Segundo grupo de repatriados de Gaza chega a Brasília
Desembarcou em Brasília na madrugada desta segunda-feira um grupo 48 de pessoas resgatadas da Faixa de Gaza. Em sua maioria são parentes palestinos de brasileiros repatriados na primeira leva. O grupo é composto por 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres e quatro homens – 37 palestinos e 11 com dupla nacionalidade brasileira e palestina. O Brasil solicitou o repatriamento de 102 pessoas, mas Israel e Egito, responsáveis pela liberação, vetaram 24 nomes, sete deles brasileiros, sem oferecerem até o momento alguma explicação. (g1)
Israel não consegue eliminar comandantes do Hamas como previa
Uma das dificuldades que as Forças Armadas de Israel estão enfrentando em sua campanha contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza é a capacidade deste em repor comandantes mortos e continuar combatendo. Segundo estimativas dos militares israelenses, cerca de 50% dos comandantes de batalhões do Hamas no momento dos atentados de 7 de outubro já foram mortos, mas o grupo islâmico conseguiu substitui-los mais rapidamente do que se previa. O plano de Israel para o momento seguinte ao desmantelamento do Hamas, segundo fontes militares, é manter forças ligeiras capazes de entrar no território em missões para impedir que o grupo se reorganize. (Haaretz)
Milei toma posse na Argentina dizendo que não há dinheiro
Javier Milei já é presidente da Argentina, e começou seu governo com quebra de protocolo e mantendo o tom de campanha. Após assinar o termo de posse e receber a faixa presidencial de Alberto Fernández na manhã deste domingo, Milei não discursou no Congresso, como é de praxe. Em vez disso, deixou para falar do lado de fora da sede do Legislativo, onde milhares de apoiadores o aguardavam. Ali, não poupou críticas ao antecessor, dizendo que “nenhum governo recebeu uma gerência tão ruim” quanto a que Fernández lhe estava entregando. “O kirchnerismo, que em seu começo se gabava dos superávits, hoje nos deixa um déficit de 17% do PIB”, afirmou. Entretando, Milei procurou dar tom otimista a sua fala. “Hoje começa uma nova era para a Argentina, hoje termina uma longa era de decadência e começamos a reconstrução do país”, diss. Confira os principais pontos do discurso. (Clarín)
Lula participará de encontro com presidentes da Venezuela e da Guiana
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, vão se encontrar na próxima quinta-feira, com a participação do presidente Lula, para discutir a crise sobre a região de Essequibo, que corresponde a 70% do território guianês e é reivindicada por Caracas. O encontro acontecerá na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, cujo primeiro-ministro, Ralph Gonsalves, também tem atuado como mediador da crise entre os dois países. Na manhã deste sábado, Maduro conversou por telefone com Lula, que se disse preocupado com a situação e defendeu o diálogo. Horas depois, o venezuelano usou sua conta no X para suavizar o discurso e dizer que a Guiana deveria “sentar e conversar” sobre Essequibo. (g1)
Conferência eleitoral do PT expõe racha entre Haddad e Gleisi
O PT realizou neste sábado em Brasília sua conferência eleitoral e deixou explícitas as divergências entre a presidente da legenda, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois participaram de um debate no qual ela defendeu o aumento de gastos públicos para aquecer a economia, mesmo com um déficit de até 2% do PIB. Haddad, que defende um déficit zero no ano que vem, respondeu que um rombo nas contas públicas não significa necessariamente uma economia aquecida. Mas Gleisi não está sozinha. O partido aprovou no evento uma resolução condenando “a ditadura do Banco Central independente” e o que chamou de “austericídio fiscal”. Mais cedo, a deputada já havia defendido o aumento de gastos como forma de manter a popularidade do presidente Lula. “Se a gente baixar a popularidade do presidente, esse Congresso engole a gente. Foi o que aconteceu com a Dilma”, afirmou. (Poder360)
Maduro telefona para Lula e diz que Guiana terá de ‘sentar e conversar’
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, suavizou seu discurso e disse neste sábado que a Guiana terá de “sentar e conversar” sobre Essequibo, uma região guianesa rica em petróleo que Caracas quer anexar. “A Guiana e a ExxonMobil terão que sentar e conversar conosco, o Governo da República Bolivariana da Venezuela. De coração e alma, queremos Paz e compreensão (...)”, escreveu Maduro no X, fazendo referência à empresa americana que explora petróleo na Guiana. Mai cedo, o venezuelano conversou por telefone com o presidente Lula, que se disse preocupado com a crise entre os dois países e defendeu o diálogo. (g1)
Gleisi diz que manter popularidade de Lula é prioridade
Manter alta a popularidade do presidente Lula é a prioridade absoluta do PT, afirmou neste sábado a presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR). “Se a gente baixar a popularidade do presidente, esse Congresso engole a gente. Foi o que aconteceu com a Dilma”, afirmou ela durante a conferência eleitoral da legenda em Brasília. Para atingir esse objetivo, Gleisi defendeu o crescimento econômico baseado em políticas fiscais e mais gastos públicos e criticou duramente o presidente do Banco-Central, Roberto Campos Neto. “Não tem razão de ficar baixando os juros a conta-gotas. Para subir foi rápido, mas para baixar não”, disse. (Poder360)