Apoiadores de Boulos e Tabata lançam manifesto; Marçal se reúne com empresários
Manifestos e reuniões. Com a proximidade do primeiro turno das eleições municipais, marcadas para o próximo domingo, apoiadores dos candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) lançaram manifestos em defesa de suas candidaturas. O documento em apoio a Tabata, foi intitulado de “O futuro é agora, com Tabata Amaral”, destaca seu perfil de liderança e atuação no legislativo, com assinaturas de figuras públicas como Armínio Fraga, Luciano Huck e o ator Marcos Palmeira. O texto ressalta que não é o momento de voto útil ou de cálculos políticos. Na contramão, o manifesto em apoio a Boulos, denominado “Manifesto Frente Ampla”, sublinha a importância de impedir um segundo turno entre dois candidatos de perfil bolsonarista, se referindo ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e a Pablo Marçal (PRTB). O texto enfatiza a continuidade das ameaças do bolsonarismo e afirma que Boulos é o melhor posicionado para evitar esse cenário. Apoiadores como o cantor Arnaldo Antunes, o jornalista Zeca Camargo e a atriz Denise Fraga estão entre os signatários do documento.
Lula concentra esforços no apoio a Boulos e deixa ao largo candidatos petistas
Para decepção de candidatos petistas às eleições municipais do próximo domingo, o presidente Lula vai manter na reta final o distanciamento que adotou ao longo da campanha eleitoral. Com apenas uma exceção: no sábado ele participa de uma caminhada com o deputado Guilherme Boulos (PSOL), seu candidato à prefeitura de São Paulo. Pelo menos cinco petistas com chances de chegar ao segundo turno em capitais – Maria do Rosário (Porto Alegre), Adriana Accorsi (Goiânia), Evandro Leitão (Fortaleza) , Natália Bonavides (Natal) e Fábio Novo (Teresina) – esperavam contar com o presidente. (Globo)
Jimmy Carter, ex-presidente e referência ética nos EUA, faz 100 anos
Em meio a uma eleição presidencial acirrada e duas guerras nas quais atua indiretamente, os Estados Unidos param nesta terça-feira para uma celebração inédita: o centésimo aniversário de um ex-presidente. Jimmy Carter, democrata que governou o país entre 1977 e 1981, é um fenômeno não apenas pela longevidade. Foi o primeiro (e único) presidente a superpotência a se colocar contra as ditaduras latino-americanas durante a Guerra Fria. Adotou política de proteção ambiental muito antes de ser um tema popular. Mediou o acordo de Camp David, selando pela primeira vez a paz entre Israel e um país árabe, o Egito, o que lhe valeu um Nobel da Paz. Entretanto, teve a presidência manchada pela crise econômica e pelas humilhações internacionais com a vitória da guerrilha comunista na Nicarágua e a Revolução Islâmica no Irã, onde a embaixada americana foi invadida e seus funcionários feitos reféns. Acabou fragorosamente derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980.
Quaest: Nunes, Boulos e Marçal seguem empatados, com 24%, 23% e 21%
Pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira mostra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) com 24%, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) com 23% e Pablo Marçal (PRTB) com 21%. Assim, os três seguem em empate técnico à frente da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Frente ao levantamento anterior, do último dia 24, Nunes oscilou para baixo, de 25% para 24%, Boulos manteve 23%, e Marçal passou de 20% para 21%. Tabata Amaral (PSB) avançou de 8% para 11%, enquanto José Luiz Datena (PSDB) manteve 6%. No segundo turno, Nunes venceria Boulos (49% a 33%) e Marçal (53% a 26%). Boulos também derrotaria o ex-coach, mas por margem mais estreita, com 41% a 36% dos votos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (g1)
Quaest: Paes recua a 53%, e Ramagen avança a 20%
Pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira mostra que Eduardo Paes (PSD) tem 53% das intenções de voto para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Apesar de ter recuado quatro pontos para baixo frente ao levantamento do último dia 18, ele segue na liderança e seria reeleito em 1º turno. Já Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL) oscilaram dois pontos para cima, chegando a 20% e 6%, respectivamente. A margem de erro é de três pontos percentuais. (g1)
Israel sinaliza que invasão terrestre deve ocorrer em breve
O gabinete de Israel se reuniu na noite desta segunda-feira para discutir se e quando lançará uma grande operação terrestre no Sul do Líbano, a primeira em quase duas décadas. Israel ocupou a região entre 1982 e 2000 e invadiu novamente o país em 2006, durante um confronto de um mês contra o Hezbollah. Yoav Gallant, ministro da defesa de Israel, deu sinais de que envio das tropas terrestres é iminente ao dizer aos prefeitos das cidades da fronteira com o Líbano que “a próxima etapa da guerra contra o Hezbollah começará em breve”. Em comunicado, ele afirmou que essa próxima fase “constituirá um fator significativo de mudança na situação de segurança”, permitindo que dezenas de milhares de israelenses que fugiram dos disparos de foguetes do grupo xiita no ano passado regressem a suas casas. Autoridades israelenses disseram aos EUA que estão conduzindo “operações limitadas focadas na infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira”, disse Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado. “Israel tem o direito de se defender contra o Hezbollah”, disse Miller, acrescentando que os EUA buscam “uma resolução diplomática para o conflito, que permita aos cidadãos de ambos os lados da fronteira regressar às suas casas”. Já o Hezbollah disse que suas forças enfrentarão as tropas israelenses se houver uma invasão total. (New York Times)
CGU aprova limitação do sigilo de até 100 anos na Lei de Acesso à Informação
A Controladoria-Geral da União (CGU) aprovou regras limitando as situações em que documentos que contêm dados pessoais podem ficar sob sigilo por até cem anos. As novas regras integram dois enunciados sobre a aplicação da Lei de Acesso à Informação (LAI). Segundo a nova diretriz, o sigilo será de no máximo 15 anos quando o ministério ou outro órgão não definir qual deve ser o prazo de restrição de acesso. Ao fim desse período, o caso será reavaliado. O sigilo até cem anos foi mantido, como prevê o artigo 31 da LAI, podendo ser aplicado aos documentos que contenham informações pessoais, “relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem”. Mas a CGU definiu que os órgãos públicos devem enviar relatórios apontando os casos em que aplicam o artigo para monitorar se o dispositivo tem sido corretamente utilizado. Além disso, o governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei para mudar o artigo 31. Pelo projeto, o gestor público que lida com a LAI teria de motivar a decisão e avaliar se há interesse público nas informações. O governo considera que esse trecho da lei é aplicado de forma exagerada. Com o novo enunciado, a ideia é que os gestores públicos que lidam com a LAI justifiquem o sigilo e apontem prazos menores — a lei prevê três graus de classificação de sigilo: ultrassecreto (25 anos), secreto (15 anos) e reservado (5 anos). Especialistas em transparência avaliam que a imposição de até cem anos de sigilo veio da interpretação distorcida de um trecho do artigo 31. (Folha)
AtlasIntel: Boulos lidera em São Paulo, seguido por Marçal e Nunes em empate técnico
O deputado Guilherme Boulos (PSOL) lidera isolado a corrida no primeiro turno da eleição municipal de São Paulo, segundo pesquisa AtlasIntel (íntegra) divulgada no início da tarde desta segunda-feira. Ele aparece com 29,4%, quatro pontos à frente de Pablo Marçal (PRTB), que tem 25,4%, no limite da margem de erro de dois pontos. Em terceiro aparece o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 22,9%, dentro da margem de erro com Marçal. Mais distante vem Tabata Amaral (PSB), com 11,9%, também separada de Marina Helena (Novo), que tem 4,2%, e de José Luiz Datena (PSDB), com 3,2%.
Debate para prefeitura de São Paulo repete polêmicas em formato novo
Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), líderes nas pesquisas para a Prefeitura de São Paulo, foram alvos com mais frequência de seus adversários Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) durante o debate promovido pela Folha e UOL nesta segunda-feira. Nunes foi criticado por Marçal por esgotar rapidamente seu tempo de fala, com o influenciador questionando sua capacidade de gestão. Boulos, por sua vez, enfrentou acusações pessoais, incluindo insinuações de Marçal sobre o uso de drogas, que o candidato do PSOL negou, revelando ter superado a depressão aos 19 anos. Tabata criticou os demais candidatos por subestimarem sua capacidade, ao que Marçal fez mais uma declaração controversa ao dizer que “Mulher não vota em mulher. Mulher é inteligente”. A fala ocorre em um momento em que o candidato tenta suavizar sua imagem para reduzir a rejeição entre as mulheres, que, segundo o Datafolha, é de 53%, bem acima dos 42% entre os homens.
Ministro da educação anuncia ‘Pé-de-meia universitário’ para 2025
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que o governo pretende lançar, em 2025, o programa Pé-de-Meia para universitários, voltado para apoiar financeiramente estudantes de baixa renda no ensino superior. A proposta segue o modelo já implantado no ensino médio. Santana afirmou que o presidente Lula está animado com o projeto, cujo objetivo é garantir condições para que esses jovens possam concluir seus estudos universitários. Além disso, o ministro destacou que a assistência estudantil para indígenas e quilombolas nas universidades federais está sendo ampliada, com um aumento de 60% nos recursos destinados. No PAC, estão sendo garantidos restaurantes em institutos federais. (Globo)