Política

Guerra em Gaza continuará por meses, diz chefe militar de Israel

A guerra de Israel contra o Hamas em Gaza deve se estender por muitos meses, segundo o chefe militar do país, Herzi Halevi, nesta terça-feira. "A guerra continuará por muitos meses e empregaremos diferentes métodos para manter nossas conquistas por um longo tempo", afirmou, em pronunciamento televisionado na fronteira de Gaza. "Não há soluções mágicas, não há atalhos para desmantelar uma organização terrorista, apenas luta determinada e persistente. Nós também chegaremos à liderança do Hamas, quer leve uma semana ou meses." Também nesta terça-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rechaçou a possibilidade de um cessar-fogo humanitário no enclave enquanto o Hamas não for completamente destruído. (BBC)

Governo monitora eventual chegada de manifestantes em Brasília para 8 de janeiro, diz Capelli

O governo organizou uma operação de segurança com monitoramento diário para investigar a eventual chegada de manifestantes anti-democráticos para o 8 de janeiro, segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli. Apesar do plano, o número dois da pasta afirmou que não há nenhuma informação concreta sobre “atos agressivos” marcados para a data em que deve ocorrer uma cerimônia de solenidade. O objetivo do evento, que marca um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro, é de celebração democrática, segundo Capelli, “para festejar o fortalecimento da democracia brasileira após aqueles atos inaceitáveis”. “Manifestações políticas são bem-vindas e fazem bem à democracia, mas por precaução nós já estamos preparando uma operação de segurança exemplar, porque vamos ter os presidentes dos Três Poderes constituídos e governadores”, disse, em entrevista à GloboNews. (O Globo)

Principal opositor de Putin, Nalvany é reencontrado em prisão no ártico russo

Seria o fim do mistério a respeito do paradeiro de Alexei Navalny? O principal opositor do presidente Vladimir Putin, da Rússia, foi localizado em uma prisão russa na região ártica do país, a cerca de 1.900 km da capital Moscou. Nalvany entrou em contato com seu advogado direto do cárcere, onde, ao que tudo indica, estava desde 6 de dezembro, dia em que sumiu. Ele, que estava preso na Colônia Penal 6, próxima a Moscou, desde 2021, quando atribuiu ao Kremlin a responsabilidade pelo envenamento que sofreu pouco antes. 

Justiça argentina aceita primeira ação contra pacote de Milei

O presidente argentino Javier Milei, ao centro, com seu gabinete no anúncio das medidas econômicas.

A Justiça argentina aceitou neste sábado a primeira ação contra o pacote de medidas econômicas anunciado pelo presidente Javier Milei. No processo, a organização de esquerda Observatório do Direito a Cidade alega que houve abuso de poder e pede a anulação do Decreto de Necessidade de Urgência (DNU), equivalente às medidas provisórias brasileiras, editado pelo governo. Anunciado na segunda-feira, o pacote foi recebido com panelaços e protestos em todo o país. O texto anula quase 400 leis, desregulamentando profundamente a economia argentina, incluindo em temas sensíveis à população mais pobre, como os contratos de aluguel e a legislação trabalhista. É grande a resistência ao pacote no Congresso, mesmo dentro de partidos que apoiaram Milei no segundo turno, por ele ter sido baixado como DNU, sem discussão com o Legislativo. (Estadão)

Lula publica indulto de Natal sem presos pelo 8/1

O presidente Lula assinou na noite de sexta feira o tradicional indulto de Natal, que extingue as penas de pessoas condenadas. Neste ano, ficaram de fora condenados por atos antidemocráticos e presos que fizeram acordos de delação premiada. Além desses, não têm direito ao indulto integrantes de facções criminosas ou condenados por crimes por crimes como tortura, violência contra a mulher, escravidão, racismo e terrorismo. A publicação do decreto não significa libertação imediata. Os advogados de condenados que se encaixam nos critérios pra o benefício precisam pedir à Justiça sua soltura. (UOL)

Como a guerra contra o terrorismo moldou uma geração

Suzy Hansen: “Levará muito tempo até que qualquer um de nós entenda o que aconteceu depois de 7 de outubro, mas parece importante primeiro reconhecer como as notícias sobre tudo chegam até nós hoje. Ninguém pode dizer com segurança quem sabia o que e quando. Em outubro, os americanos e israelenses disseram que o dia 7 de outubro foi o 11 de Setembro de Israel. Os americanos sabem que no dia 11 de Setembro, a Al Qaeda matou quase 3.000 pessoas e, nos 20 anos que se seguiram, a guerra contra o terrorismo dos EUA matou quase 1 milhão. Muitos americanos, abandonados na condição de pensar no futuro, temem o que poderá acontecer no Médio Oriente. Eles temem que um dia Israel, com a ajuda dos Estados Unidos, destrua completamente Gaza. Eles temem que a devastação desencadeie outra terrível cascata de crises, uma perda insondável de vidas. E eles sabem que algum dia os americanos questionarão que loucura os dominou em 2023, por que permitiram mais uma vez a morte de tantas pessoas e o que lhes aconteceu há muito tempo que os tornou assim”. (New York Times)

Conselho de Segurança aprova resolução para corredor humanitário em Gaza

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na sexta-feira uma resolução a favor de pausas humanitárias nos combates entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. A resolução determina o estabelecimento de “pausas humanitárias urgentes e prolongadas e corredores em toda a Faixa de Gaza durante um número suficiente de dias para permitir o acesso humanitário completo, rápido, seguro e sem entraves”. Estados Unidos e Rússia se abstiveram, abrindo mão de vetar o texto, cuja versão inicial foi elaborada pelos Emirados Árabes Unidos. A aprovação ocorre no momento em que a administração americana expressa cada vez mais preocupações com a brutalidade da guerra em Gaza. (CNN)

Congresso aprova Orçamento de 2024

O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira o projeto do Orçamento de 2024, com a estimativa de arrecadação para o próximo ano e os limites para os gastos públicos. O texto aprovado destina o valor recorde de R$ 53 bilhões para emendas parlamentares, bem acima dos R$ 37,3 bilhões de 2023. O documento final também inflou os valores previstos para o fundo eleitoral, que será de R$ 4,96 bilhões, apesar do pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o montante ficasse em R$ 940 milhões, com proposto pelo governo, com negociação de cerca de R$ 2,7 bilhões ao longo do ano. Já o valor destinado ao novo Programa de Aceleração do Crescimento será de R$ 55 bilhões, inferior aos R$ 61,3 bilhões requisitados pelo governo. (g1)

Israel usou bombas altamente destrutivas em áreas com civis, indica jornal

Nas primeiras seis semanas de guerra, Israel usou rotineiramente uma de suas maiores e mais destrutivas bombas em uma área no sul da Faixa de Gaza para onde ordenou que os civis palestinos se deslocassem por motivos de segurança. Essa conclusão se baseia na análise de imagens do impacto de bombas de quase uma tonelada feita pelo New York Times com ajuda de inteligência artificial. Embora bombas desse porte sejam usadas por vários exércitos ocidentais, especialistas dizem que quase não são utilizadas pelas forças americanas em áreas densamente povoadas. A investigação jornalística identificou 208 crateras com pelos menos 12 metros de diâmetro em imagens de satélite e drones e considerou que isso representou uma ameaça generalizada para os civis que procuravam segurança no sul de Gaza. Os repórteres, que também verificaram os registros visuais, acreditam que haja mais crateras não capturadas em imagens. Consultado sobre o resultado da pesquisa, um porta-voz militar israelense disse que a prioridade é destruir o Hamas e que “questões desse tipo serão analisadas numa fase posterior”. Também afirmou que o Exército de Israel “toma precauções viáveis para mitigar os danos civis”. (New York Times)

Pacheco critica fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões

“Um erro grave” do Congresso. Foi assim que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou a aprovação no Orçamento de 2024 de um fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para o pleito municipal do ano que vem. A proposta original enviada pelo governo estabelecia um fundo de R$ 900 milhões, a o valor foi inflado no relatório do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), usando como parâmetro as eleições gerais de 2022. “Acho que ele [o valor] não tem critério. Ele [o relator] pegou parâmetros de uma eleição geral em 2022. As pessoas não compreenderão. Porque em 2020, numa mesma eleição municipal, foi R$ 2 bi?”, disse Pacheco, em café-da-manhã com jornalistas. O texto final do Orçamento deve ser votado na tarde desta sexta-feira em sessão conjunta do Congresso. (g1)