Política

Em meio à violência, Equador decreta conflito armado interno e estado de exceção

Após uma série de incidentes violentos em apenas 48 horas em todo o país, incluindo a invasão de um canal de TV por homens armados, o presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta terça-feira “conflito armado interno” em nível nacional. Com isso, os militares e policiais devem neutralizar os criminosos e 22 grupos do crime organizado transnacional passam a ser considerados organizações terroristas e atores beligerantes não estatais. A medida se une ao estado de exceção, decretado na véspera, após a fuga do chefe da maior quadrilha criminosa do país da Prisão Regional de Guayaquil, o sequestro de sete policiais e uma série de ataques com explosivos nas ruas. Nesta terça-feira, outro líder do narcotráfico fugiu e homens encapuzados e armados entraram nos estúdios da TC Televisión, de Guayaquil. Parte das ações dos criminosos foram transmitidas ao vivo. “Querem matar todos nós, ajudem-nos”, alertaram os jornalistas em grupos de WhatsApp. Os homens, que acabaram presos, exibiam armas e granadas e colocaram um explosivo na recepção da emissora. (El Universo)

Lira comandou boicote do Centrão ao ato pelo 8/1

Ao faltar ao evento Democracia Inabalada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), liderou o boicote do Centrão ao ato que marcou o primeiro aniversário dos ataques golpistas de 8 de Janeiro. Tales Faria conta que a ausência coletiva faz parte da velha estratégia do Centrão de criar dificuldade para obter facilidade do Palácio do Planalto. Segundo ele, o primeiro motivo para a não participação de Lira era o temor de que o evento se tornasse um ato pró-PT. Além disso, ele cobra apoio do governo ao candidato que escolherá para sua sucessão na Câmara. No momento, seu predileto é Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Mas o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), faz forte oposição e o líder do PSD, Antonio Brito (BA), tornou-se um candidato forte, com apoio do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. Lira quer repetir na Câmara a estratégia do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP): elegeu seu sucessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e passou a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), atuando como eminência parda. Agora, ele se candidata novamente a presidente da Casa, com o apoio de Pacheco e poder de fogo para exigir adesão do Planalto. O terceiro motivo de tensão é o veto à desoneração da folha de pagamento de 17 setores. (UOL)

Diretor da PF diz que caso Marielle terá resposta até março

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta terça-feira que as investigações sobre a execução da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes serão concluídas até o fim de março. “É importante dizer que estamos há um ano à frente de uma investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda nesse primeiro trimestre a PF dará uma resposta final do caso Marielle”, disse, acrescentando que os investigadores entregarão os nomes dos possíveis mandantes à Justiça Federal. Em dezembro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já tinha dito que a morte da vereadora do Rio de Janeiro seria solucionada “em breve”. Marielle e Anderson foram executados a tiros em março de 2018. (CBN)

Gabriel Attal, o premiê mais novo da história da França e o primeiro abertamente gay

No dia seguinte à renúncia de Élisabeth Borne, após 20 meses no cargo, Gabriel Attal, de 34 anos, foi nomeado primeiro-ministro da França pelo presidente Emmanuel Macron. Attal, que era ministro da Educação, torna-se o premiê mais jovem da história moderna do país. Até então, esse título era do socialista Laurent Fabius, que foi nomeado por François Mitterrand, em 1984, aos 37 anos. Também é o primeiro ocupante assumidamente gay do Hôtel Matignon, a residência oficial do primeiro-ministro francês. Ele tem uma união civil com outro garoto prodígio de Macron, o eurodeputado Stéphane Sejourné. Pesquisas mostram Attal como o membro mais admirado do governo Macron, competindo de igual para igual com a principal rival do presidente, a nacionalista Marine Le Pen e o seu jovem colega Jordan Bardella. Mas, assim como Borne, ele enfrentará a oposição da direita radical, que está crescendo em popularidade e parece destinada a vencer facilmente as eleições europeias de junho. (BBC Brasil)

A pedido de Lula, Marta aceita ser vice de Boulos

Atualmente sem partido, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy aceitou o pedido do presidente Lula para ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura paulistana, conta Daniela Lima. Embora a saída dela do PT em 2015, após 33 anos de filiação, tenha sido pouco amistosa, o deputado Rui Falcão (PT-SP) já disse que o “caminho está posto” para o retorno de Marta à legenda. Hoje, ela é secretária de Relações Internacionais do prefeito Ricardo Nunes (MDB), justamente o principal adversário de Boulos em outubro. (g1)

Trump volta aos tribunais em busca de imunidade criminal

Líder na corrida pela candidatura republicana à Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump volta aos tribunais nesta terça-feira em um processo que pode definir seu futuro, não apenas político. Um tribunal federal de Washington começa a julgar sua apelação para que lhe seja reconhecida a imunidade em relação a supostos crimes cometidos durante seu mandato, o principal deles conspirar para reverter ilegalmente a derrota nas eleições presidenciais de 2020. O caso está parado aguardando a apelação, e a equipe do promotor especial Jack Smith gostaria de vê-lo concluído até novembro, mês das eleições. Mas é certo que, perdendo na apelação, a defesa de Trump recorra à Suprema Corte, controlada por ultraconservadores. (AP)

Drone do Hezbollah atinge centro de comando israelense

O grupo libanês Hezbollah lançou nesta terça-feira drones explosivos contra um centro de comando das Forças Armadas de Israel na cidade israelense de Safed, no norte do país. De acordo com Tel Aviv, não houve vítimas. O ataque seria uma resposta às mortes, atribuídas a Israel, de Wissam al-Tawil, figura importante do Hezbollah, e de Saleh al-Arouri, vice-líder do braço político do Hamas. No sábado, drones do grupo extremista provocaram sérios estragos em uma base aérea israelense em Monte Meron. A troca de ataques entre Israel e o Hezbollah, que é politicamente forte no Líbano e tem apoio do Irã faz crescer o receio de que a guerra no Oriente Médio se espalhe por outras frentes além da Faixa de Gaza. (Guardian)

Destino de Capelli emperra confirmação de Lewandowski na Justiça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu nomear Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça. O anúncio só não foi feito ainda, conta a coluna de Malu Gaspar, devido a uma dúvida: o que fazer com o secretário-executivo Ricardo Capelli e outros integrantes da cúpula da pasta. O ex-ministro do STF apresentou a Lula duas condições para aceitar o cargo: que a Segurança Pública siga atrelada à Justiça e que ele tenha carta branca para montar a própria equipe. Capelli se tornou uma figura de destaque no governo ao atuar como interventor na segurança do DF após a tentativa de golpe de janeiro de 2023 e comandar a reação federal aos ataques de milicianos no Rio em outubro. O atual ministro, Flávio Dino, e o próprio Lula tentam convencer Lewandowski a manter o secretário-executivo e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. (Globo)

Lira recebeu Bolsonaro antes de faltar a evento de Lula pela Democracia

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) alegou problemas de saúde na família para não comparecer ao evento convocado pelo presidente Lula para marcar um ano dos atentados de 8 de janeiro. Pegou mal mesmo assim. Agora, Natália Portinari afirma, no UOL, que Lira esteve em reunião com Jair Bolsonaro antes da decisão de faltar à solenidade – que se tornou uma espécie de celebração da Democracia brasileira. 

Moraes defende regulação de redes sociais para barrar ‘novo populismo digital extremista’

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes defendeu, nesta segunda-feira, durante ato pelo primeiro ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro, a regulamentação das redes sociais para evitar manipulações políticas. “Hoje também é o momento de olharmos para o futuro e reafirmamos a urgente necessidade de neutralização de um dos grandes perigos modernos da democracia: a instrumentalização das redes sociais pelo novo populismo digital extremista”, afirmou. “Essa nova realidade exige a imediata regulamentação e controle da desinformação, não só em defesa da democracia, mas também em proteção à dignidade da pessoa humana”, disse Moraes. Ainda em relação aos atos golpistas, afirmou que “ignorar tão grave atentado à democracia seria equivalente a incentivar extremistas”. (Estadão)