Lula confirma Lewandowski como ministro da Justiça
Ricardo Lewandowski foi anunciado formalmente como próximo ministro da Justiça e Segurança Pública no fim da manhã desta quinta-feira, após nova reunião dele com o presidente Lula e o atual titular da pasta, Flávio Dino. Ao confirmar a notícia, antecipada pela imprensa, Lula informou que a nomeação será publicada no Diário Oficial no próximo dia 19 e que a posse acontecerá em 1º de fevereiro. “Até lá, o companheiro Flávio Dino, que só vai tomar posse em 22 de fevereiro, ficará cumprindo a função da forma magistral que ele cumpriu até agora”, disse o presidente. Dino deixa o ministério para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), do qual seu sucessor fazia parte até se aposentar, em abril. (g1)
Corte de Haia começa a analisar acusação de genocídio contra Israel
A Corte Internacional de Justiça da ONU ouviu na manhã desta quinta-feira a acusação da África do Sul contra Israel por suposto genocídio de palestinos na Faixa de Gaza, que o governo israelense rechaça. O país africano afirma que as ações do governo de Tel Aviv buscam “destruir uma parte substancial do grupo nacional, racial e étnico palestino”, “inflingindo-lhe condições de vida calculadas para trazer sua destruição”. Israel apresentará sua defesa na sexta-feira. Do lado de fora do tribunal, na cidade holandesa de Haia, centenas de pessoas com bandeiras palestinas pediam um cessar-fogo em Gaza, enquanto um grupo menor de apoiadores de Israel mostrava em um telão imagens dos reféns ainda mantidos em poder do grupo terrorista Hamas. (BBC)
Brasil apoia denúncia da África do Sul contra Israel por genocídio em Gaza
O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira apoio à iniciativa sul-africana de denunciar Israel na Corte Internacional de Justiça, em Haia, por genocídio na Faixa de Gaza. O tribunal iniciará o processo amanhã, com depoimentos dos que acusam Israel e do governo de Benjamin Netanyahu, que rejeita a denúncia. O apoio do Brasil foi manifestado por meio de nota divulgada horas depois de o presidente Lula receber o embaixador palestino em Brasília, Ibrahim Alzeben. “À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio”, diz o texto. Lula já havia usado a palavra genocídio para mencionar a situação em Gaza e seu assessor, Celso Amorim, também indicou que o termo “vem à mente” diante dos atos na região. Diplomatas estrangeiros consideram o gesto como “definidor” do posicionamento brasileiro no Oriente Médio, conta Jamil Chade. (UOL)
Governo pode retirar MP e propor projeto sobre reoneração da folha, diz Jaques Wagner
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta quarta-feira que há a possibilidade de envio um projeto de lei para tratar da reoneração dos 17 setores ou de edição de uma nova medida provisória (MP). Para ele, a atual MP sobre o tema não será devolvida pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Não gosto do termo voltar atrás. Mas pode ser essa forma (retirar a MP e enviar projeto de lei) ou pode ser outra MP. Não teremos decisão até o final de semana”, disse o senador, que se reuniu com Pacheco e o ministro interino da Fazenda, Dario Durigan para tratar do assunto. “Seguimos com a premissa de que é importante o equilíbrio das contas públicas”, disse Durigan após o encontro. Líderes do Senado pediram a Pacheco que o texto seja integralmente devolvido. Eles defendem que a matéria seja apresentada como projeto de lei, o que daria mais tempo para a discussão. (Globo)
Fachin anula condenação de ex-tesoureiro do PT na Lava Jato
O ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou as condenações de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, no âmbito da Operação Lava Jato. Ele havia sido denunciado por suposto recebimento de propina para o partido nas eleições de 2010 em contratos de navios-sondas com a Petrobras. Seguindo decisão de 2019 do STF de que todas as ações de corrupção relacionadas a crimes de campanha devem ser analisas pela Justiça Eleitoral, Facchin considerou que o processo deveria ter tramitado na Justiça Eleitoral do Distrito Federal e não na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Com isso, todas as decisões da ação penal, do recebimento da denúncia à sentença, foram anuladas e o processo deverá ser retomado do início. (UOL)
Embaixada brasileira confirma sequestro de brasileiro no Equador
O encarregado de negócios da Embaixada do Brasil no Equador, Afonso Neri, confirmou nesta quarta-feira o sequestro de Thiago Allan Freitas na véspera em Guayaquil. Segundo o diplomata, o brasileiro tinha ido a uma concessionária de carros quando foi levado por bandidos. Os filhos do brasileiro receberam uma chamada de vídeo do telefone do pai em seguida, com ele de olhos vendados e os criminosos pedindo US$ 8.000 (cerca de R$ 40 mil). Depois, reduziram o valor para US$ 4 mil (R$ 20 mil), mas a família pagou US$ 1.200 (R$ 5.900). Neri acredita que os sequestradores não pertençam às facções de narcotraficantes que estão aterrorizando o país e que se aproveitaram da situação para deter o brasileiro. A polícia equatoriana está trabalhando para resgatar o Thiago. O Itamaraty acompanha o caso. (Folha)
Presidente do Equador fecha cerco a juízes e promotores que ajudam terroristas
O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta quarta-feira que o país está em estado de guerra e que juízes e promotores que ajudarem os criminosos serão considerados parte da rede terrorista. “Não podemos combater isso de um lado, e não é só uma bala, é também no Judiciário. Consideraremos os juízes e promotores que apoiam os líderes identificados destes grupos terroristas como também parte do grupo terrorista”, disse à rádio Canela TV. “Vivemos em um estado de conflito. Em um estado de guerra se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, explicou. Segundo Noboa, ao denominar os criminosos como terroristas, eles passam a ser considerados alvos militares. Ele afirmou ainda que o país vai começar a deportar estrangeiros presos para reduzir o tamanho da população carcerária. Hoje, há 1.500 colombianos detidos no país, além de outros cidadãos de países como Peru e Venezuela. A crise de segurança começou com motins em prisões, fuga de criminosos, ataques a delegacias e sequestro de policiais. Nesta quarta-feira, o dia foi atípico novamente: aulas suspensas, pouco trânsito, ruas vazias e comércio fechado. (El Universo)
Polícia do Equador prende 70 em operações antiterrorismo
A polícia equatoriana anunciou na manhã desta quarta-feira ter prendido 70 pessoas em operações antiterrorismo em todo o país. As ações foram desencadeadas após uma onda de violência que deixou ao menos oito mortos em Guayaquil, a maior cidade do país. Três policiais que haviam sido sequestrados na segunda-feira em Puerto Bolívar, bairro da cidade de Machala, foram resgatados em uma das batidas. O presidente Daniel Noboa decretou estado de emergência, com carta branca para ação de militares, e estabeleceu um toque de recolher após a fuga da prisão, no domingo, de Adolfo Macías, o Fito, considerado um dos mais poderosos traficantes de drogas do país. As autoridades não descartaram pedir ajuda à Interpol para recapturá-lo, embora acreditem que ele ainda esteja no país e tenham oferecido uma recompensa por informações que levem a seu paradeiro. (El Universo)
Governo estuda ir ao Supremo contra desoneração
O Executivo quer negociar até o último instante possível a medida provisória que extingue gradualmente a desoneração da folha de pagamento de 17 setores, mas já tem uma estratégia caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decida devolvê-la. Segundo Malu Gaspar, o passo seguinte será recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a devolução ou contra a lei, aprovada em outubro, que prorrogou a desoneração até 2027. O presidente Lula vetou a medida, mas teve o veto derrubado pelo Congresso, que agora vê a MP como uma tentativa de atropelar as duas decisões do Legislativo. (Globo)