Meio

O presidente Lula submeteu-se a exames de rotina em São Paulo neste sábado (13), e os resultados indicam que sua saúde está em perfeito estado, conforme informou o Hospital Sírio Libanês em seu boletim médico. Acompanhado por Roberto Kalil Filho, médico pessoal do petista, e Ana Helena Germoglio, Lula optou por realizar os exames após cancelar uma viagem que faria ao Rio de Janeiro na tarde de sexta-feira (12). O líder político viajou de Brasília para São Paulo, sem compromissos oficiais agendados, onde passará o final de semana. (Folha)

Após Marta Suplicy (sem partido) aceitar o convite de Lula para ser pré-candidata a vice de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a ex-prefeita e ex-ministra recebe o deputado federal para um almoço em sua residência no bairro Jardim Paulista, em São Paulo. O encontro também conta com as presenças do deputado federal Rui Falcão (PT-SP) e sua esposa, de Natalia Szermeta, esposa de Boulos, além do empresário Márcio Toledo, marido de Marta. O evento é considerado o último passo antes da confirmação da aliança para a pré-campanha de Boulos, segundo o acordo estabelecido entre PSOL e PT em 2022, quando o deputado se retirou da disputa pelo governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad. Rui Falcão, a serviço de Lula, busca aproximar ainda mais Marta e Boulos, destacando que ela se filiará novamente ao PT. Sua volta ao partido gerou reações negativas de petistas que criticam seu voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff e suas mudanças partidárias desde 2018. Segundo o sociólogo Celso Rocha de Barros, em artigo publicado na Folha, "Marta deveria ter rompido com o PT de maneira menos ruidosa: não precisava ter votado a favor do impeachment. Sobretudo, não precisava ter entregado flores a Janaína Paschoal no dia da votação do impeachment na Câmara".

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) instaurou uma investigação para apurar as alegações de um suposto esquema de "rachadinha" envolvendo o deputado federal André Janones (Avante-MG). A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo Tribunal Federal (STF) está conduzindo a análise do caso desde dezembro de 2023. No âmbito do MPF, foi iniciado um inquérito civil com o intuito de examinar possíveis atos de improbidade administrativa por parte do referido deputado. Segundo a denúncia, assessores e ex-assessores do político afirmam que tiveram de repassar a ele parte de seus salários a partir de 2019, quando o parlamentar assumiu o primeiro mandato. No entanto, nas suas redes sociais, Janones alegou que, conforme indicado por seu advogado, os funcionários relacionados às denúncias já prestaram seus depoimentos. "Todos eles, absolutamente todos, afirmaram nunca terem praticado ou presenciado a prática da rachadinha em meu gabinete", afirmou Janones.

O Partido Democrático Progressista (PDP) de Taiwan, que se opõe à unificação da ilha com a China, conquistou a vitória nas eleições presidenciais realizadas no sábado. Lai Ching-te, o atual vice-presidente, venceu a disputa caracterizada pela China como uma decisão entre a guerra e a paz. Em seu primeiro pronunciamento após o triunfo, Lai expressou sua determinação em "proteger Taiwan das ameaças e intimidações provenientes da China" e declarou que "o povo de Taiwan conseguiu resistir com sucesso aos esforços de influência por parte de forças externas que buscavam afetar o resultado das eleições". Além disso, Lai enfatizou sua abordagem voltada para o diálogo em vez do confronto, afirmando sua disposição para conversar com a China "com base na dignidade e na paridade". (Folha e Semafor)

A Justiça de São Paulo arquivou uma das ações judiciais que cobrava do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) multa por desrespeitar normas sobre o uso de máscara durante a pandemia de Covid-19. Com a anulação, a execução fiscal de cerca de R$ 370 mil fica extinta. A decisão se baseou em uma lei estadual que anistia multas aplicadas durante a pandemia, proposta pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e sancionada por ele em novembro. Pedido para anular outra multa de Bolsonaro pelo mesmo motivo, no valor de R$ 376 mil, aguarda decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo. Ao perdoar as multas, o governo de São Paulo deixará de arrecadar R$ 72,1 milhões. Só Bolsonaro era responsável por mais de R$ 1 milhão. Para pagar cinco multas, ele recebeu R$ 17,1 milhões em vaquinha de apoiadores no primeiro semestre de 2023. (Estadão)

Se não for mantido no cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli deve deixar a pasta. Se isso acontecer, já tem para onde ir. Ele recebeu um convite do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), para ocupar um cargo no primeiro escalão da gestão municipal. O posto exato, no entanto, ainda não foi definido. Nos últimos dias, os dois trocaram mensagens nas redes socais. Na terça-feira, o prefeito marcou o perfil pessoal do secretário-executivo no X ao denunciar que criminosos exigiram recursos de uma empreiteira para a realização de obras. Em resposta, Cappelli respondeu que o caso é “inaceitável” e disse ter acionado equipes da Polícia Federal na capital. Formalmente, Cappelli diz que está de férias do ministério, mas sua saída do governo federal é considerada iminente. (Globo)

O PT decidiu nesta sexta-feira que o ato de refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy à legenda será em 3 de fevereiro, na capital paulista, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O local e o horário ainda estão sendo discutidos. Nesta semana, Marta, atualmente sem partido, pediu demissão do cargo de secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Ricardo Nunes (MDB). Após uma reunião com o presidente Lula (PT) na segunda-feira, o blog da jornalista Daniela Lima informou que ela aceitou ser candidata a vice-prefeita na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Marta se desfiliou do PT em 2015, no auge da Lava Jato, afirmando que a sigla tinha protagonizado “um dos maiores escândalos de corrupção da nação brasileira”. Na época, ela estava rompida com Dilma Rousseff (PT) e, em 2016, votou a favor do impeachment da então presidente no Senado. (g1)

Cerca de 20 milhões de eleitores vão às urnas neste sábado em Taiwan para eleger um novo presidente e um novo Parlamento em meio às crescentes tensões entre a ilha autônoma e a China, que intensificou sua presença militar no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da China nos últimos anos. O eleito vai suceder Tsai Ing-wen, a primeira mulher presidente de Taiwan, que chega ao fim do segundo mandato, depois de vencer os pleitos de 2016 e 2020. Tsai é membro do Partido Democrático Progressista (PDP), odiado pelos chineses por considerar Taiwan como uma nação soberana em vez de parte da China, como reivindicado por Pequim. A oposição é formada pelo Kuomintang (KMT), partido nacionalista chinês que fugiu para Taiwan em 1949, depois de perder a guerra civil, governando a ilha com mão de ferro por quase 40 anos; e o Partido Popular de Taiwan (PPT), legenda centrista alternativa, fundada em 2019. Os candidatos são o atual vice-presidente Lai Ching-Te (PDP), que é pró-independência; Hou Yu-Ih (KMT), que defende a aproximação com Pequim; e Ko Wen-Je (PPT), que promete seguir a política externa de Tsai, mas dialogando com a China. (CNN)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta sexta-feira que o grupo iemenita Huti, apoiado pelo Irã, deve parar imediatamente todos os ataques à navegação internacional no Mar Vermelho, iniciados após os atendados do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a posterior invasão israelense à Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista. Ele considerou os ataques inaceitáveis, colocando em perigo as redes de suprimento globais e causando “impacto negativo na situação econômica e humanitária em todo o mundo”. Guterres também disse em comunicado que os países que defendem seus navios dos ataques Huti devem fazê-lo de acordo com o direito internacional e não agravar a situação. Militares dos Estados Unidos e do Reino Unido, apoiados por vários outros países, lançaram ataques contra alvos Huti no Iêmen na quinta-feira. Em resposta à ofensiva, o Conselho Político Supremo Huti afirmou que interesses dos Estados Unidos e do Reino Unido são “alvos legítimos” do grupo. (CNN)

David French: “Temo a divisão e o conflito de um segundo mandato de Trump e não minimizo a possibilidade de ele causar danos políticos permanentes à República. Mas o problema que mais me preocupa não é a briga política, é a transformação cultural em curso nos Estados Unidos dos republicanos, uma transformação que um segundo mandato poderia tornar imparável. O legado mais duradouro de um segundo mandato de Trump poderia muito bem ser a convicção por parte de milhões de americanos de que o trumpismo não é apenas uma conveniência política temporária, mas o modelo para o sucesso político republicano e — pior ainda — a forma como Deus quer que os cristãos pratiquem a política”. (New York Times)