Política

Putin pode atacar a Otan em até 8 anos, alerta ministro da Defesa alemão

Cada vez mais beligerante, o presidente russo, Vladimir Putin, pode atacar a Otan em até oito anos. O alerta foi dado pelo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, em entrevista ao veículo de seu país Der Tagesspiegel. “Ouvimos ameaças do Kremlin quase todos os dias. Por isso, temos de ter em conta que Vladimir Putin poderá até atacar um país da Otan um dia”, disse. “Nossos especialistas esperam que isso possa acontecer em um período de cinco a oito anos”. Após a invasão da Ucrânia, a Rússia intensificou a retórica agressiva contra alguns de seus vizinhos, como os países bálticos e a Polônia, que são membros da Otan, e a Moldávia, elevando os temores de um grande conflito. No início deste mês, o comandante-em-chefe sueco, general Micael Bydén, apelou aos suecos para “se prepararem mentalmente” para a guerra, enquanto o ministro da Defesa Civil do país, Carl-Oskar Bohlin, alertou que “a guerra pode chegar à Suécia”. Na quarta-feira, o presidente do comitê militar de chefes nacionais da Otan, almirante Rob Bauer, disse que a aliança militar ocidental enfrenta “o mundo mais perigoso em décadas” e apelou a uma “transformação da Otan em combate”. Na quinta-feira, a aliança anunciou a realização dos maiores exercícios militares conjuntos desde a Guerra Fria. (Politico)

Mesmo após fala de Pacheco, Haddad não descarta reoneração gradual

Ao contrário do que afirmou mais cedo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (19/1) que o governo federal deve insistir na reoneração gradual da folha de pagamentos, mas admitiu que a forma de discussão pode ser mudada. “No que diz respeito à reoneração, nós insistimos que o melhor princípio é o da reoneração gradual, como foi feito com todos os outros benefícios relativos a impostos sobre o consumo. E, se valeu para todo mundo, para todos os regimes especiais do país – incluindo os estaduais, do ICMS, incluindo os municipais, do ISS –, não seria um bom princípio para um imposto como o imposto previdenciário, que sustenta a Previdência?”, indagou. O governo estuda enviar ao Congresso um projeto de lei (PL) que trate da reoneração gradual da folha. Haddad disse que a reforma tributária sobre o consumo – que já virou emenda constitucional – adotou um procedimento-padrão a benefícios tributários hoje vigentes, diluindo seu fim ao longo do tempo, facilitando a adaptação. Em tom crítico, frisou que os R$ 150 bilhões investidos em desoneração da folha “não renderam um emprego e não renderam aumento de salário para ninguém”. (Metrópoles)

Durante visita de chanceler chinês, Brasil reitera oposição à independência de Taiwan

O chanceler Mauro Vieira reiterou nesta sexta-feira que o Brasil compartilha do princípio de “uma só China”, que exige que países com relações diplomáticas com o gigante asiático não reconheçam Taiwan como um Estado independente. A afirmação faz parte de declaração conjunta com seu colega chinês, Wang Yi, após reunião dos dois no Itamaraty, em Brasília. A ilha, considerada uma província rebelde por Pequim, elegeu um presidente ainda mais antirregime na semana passada, aumentando as tensões no estreito que separa o território do continente. Os diplomatas também discutiram a guerra na Ucrânia e entre Israel e Hamas, além de anunciarem um acordo para estender de cinco para dez anos o prazo de validade dos vistos para turismo, negócios e visitação nos dois países. “Decorrido meio século, as nossas relações estão mais maduras e resilientes, o que demonstra vigor. Precisamos dar continuidade ao êxito do passado e abrir perspectivas para o futuro”, disse o chinês, que deve se reunir com o presidente Lula nesta sexta-feira. (Folha)

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Condução da invasão de Gaza provoca racha no gabinete de guerra israelense

A situação dos mais de cem reféns israelenses ainda em poder do grupo terrorista Hamas e a pressão internacional diante da crise humanitária na Faixa de Gaza estão provocando um racha dentro do gabinete de guerra israelense. Em sua primeira declaração pública desde o início do conflito, o ex-comandante do Exército Gadi Eisenkot, um dos quatro integrantes do gabinete, disse que somente um cessar-fogo pode garantir a libertação dos reféns e acusou quem afirma ser possível reavê-los por outros meios de “espalhar ilusões”. Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vem rejeitando sistematicamente os apelos, principalmente dos EUA, para diminuir a intensidade das operações em Gaza. Israel invadiu o território palestino, controlado pelo Hamas, após os atentados cometidos pelo grupo islâmico em 7 de outubro, que deixaram 1.200 mortos e levaram à captura de cerca de 250 reféns. Em quase quatro meses de bombardeios e combates, o Ministério da Saúde de Gaza diz contabilizar 25 mil mortos, em sua maioria mulheres e menores. (AP)

Após pressão da bancada evangélica, governo cria grupo de trabalho para analisar isenção

Após reunião com parlamentares da bancada evangélica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar a isenção tributária sobre salários de líderes religiosos. Anulada nesta semana pela Receita Federal, seguindo orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), a isenção foi concedida no governo Bolsonaro, pouco antes da eleição de 2022, pelo então secretário da Receita, Júlio César Vieira Gomes, hoje investigado por participação na tentativa de trazer ilegalmente joias sauditas para o país. Estima-se que a isenção dada aos líderes religiosos tenha custado R$ 300 milhões aos cofres públicos. (g1)

Governo vai revogar MP da reoneração, diz Pacheco

O Executivo se comprometeu a revogar a medida provisória que elimina gradualmente a desoneração da folha de pagamento em 17 setores, revelou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante evento com empresários em Zurique, na Suíça. A reoneração da folha vem sendo um ponto de atrito entre o Planalto e Congresso. No ano passado, os parlamentares aprovaram uma lei estendendo a desoneração até 2027, vetada pelo presidente Lula. O veto foi derrubado, e em seguida foi editada a MP, considerada uma afronta pelo Legislativo. Pacheco explicou as empresários que só não devolveu a MP ao Executivo porque ela trata de outros temas, mas que o governo se comprometeu a revogá-la e reeditá-la sem mencionar a desoneração. (Folha)

Pátria lesa

Meta é asfixiar facções criminosas, diz Sarrubbo

Escolhido pelo novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para comandar a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o ainda procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, afirmou nesta quinta-feira que uma de suas principais metas é asfixiar as facções criminosas, especialmente o PCC. “A gente vai trabalhar para melhorar a situação de segurança e produzir resultados mais expressivos. Essa é uma preocupação do ministro. É necessário que se faça isso com diálogo, com inteligência e seguindo parâmetros de um Estado Democrático de Direito. É um meio termo que a gente tem que buscar: a força do Estado no combate ao crime com respeito absoluto aos direitos humanos, à integridade e dignidade da pessoa”, afirmou. Segundo ele, as palavras de ordem dessa gestão serão integração, inteligência, estratégia. (Estadão)

Otan convoca 90 mil soldados para maior exercício militar desde a Guerra Fria

A Otan anunciou nesta quinta-feira que fará seu maior exercício militar desde a Guerra Fria, ensaiando como as tropas americanas podem apoiar os aliados europeus em países que fazem fronteira com a Rússia e no flanco oriental da aliança, caso tenha de enfrentar um adversário “quase igual”. Cerca de 90 mil soldados devem se juntar aos exercícios, que ocorrerão até maio, afirmou o comandante da Otan, Chris Cavoli. Mais de 50 navios participarão, assim como 80 caças, helicópteros e drones e ao menos 1.100 veículos de combate. A Otan não fez uma menção direta à Rússia, mas seu principal documento estratégico identifica o país como a ameaça mais significativa e direta à segurança dos membros da aliança militar ocidental. Os últimos exercícios com dimensão semelhante ocorreram em 1988, ainda na Guerra Fria, reunindo 125 mil participantes, e, em 2018, houve um treinamento com 50 mil militares. (Reuters)