Netanyahu descarta retirada de Gaza e troca ampla de prisioneiros
Respondendo a rumores de um acordo de paz em vias de ser fechado com o Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descartou nesta terça-feira a retirada de suas tropas da faixa de Gaza e a ampla troca de prisioneiros palestinos por reféns tomados nos atentados de 7 de outubro. “Não vou encerrar esta guerra sem cumprir nossos objetivos: eliminar o Hamas, resgatar os reféns e garantir que Gaza não seja mais uma ameaça a Israel”, disse ele, em entrevista à TV. O ultradireitista ministro da Defesa, Itamar Bem-Gvir, ameaçou deixar a coalizão governista se um “acordo irresponsável” for assinado com o Hamas. (Guardian)
Lula nega ter convidado Tabata para ministério
O presidente Lula negou nesta terça-feira que tenha convidado a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para um cargo no ministério em troca da desistência dela se ser candidata à prefeitura de São Paulo. “Tenho uma relação de muito respeito com a Tabata, uma jovem que tem um futuro político nesse país. Eu jamais iria tentar corrompê-la com um cargo para ela não ser candidata a prefeita”, afirmou, dizendo que a prioridade é derrotar o bolsonarismo na capital paulista. Lula impôs ao PT o apoio à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL), mas o PSB fez uma cerimônia de lançamento da pré-candidatura de Tabata, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin. (g1)
Agentes israelenses matam militantes dentro de hospital na Cisjordânia
Disfarçados como médicos, enfermeiras e civis, agentes israelenses invadiram um hospital em Jenin, na Cisjordânia ocupada, e mataram três palestinos, apontados como terroristas. De acordo com as Forças Armadas israelenses, o trio havia se abrigado no hospital e planejava ataques na região. Imagens das câmeras de segurança mostrar os agentes correndo no hospital armados com fuzis. O Hamas, responsável pelos atentados terroristas de 7 de outubro, confirmou que um dos mortos era seu integrante; os outros dois pertenceriam à Jihad Islâmica. A Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia, classificou o incidente como “massacre de Israel em um hospital”. (BBC)
Lula indica que número 2 Abin pode ser demitido
Caso se comprove a relação do diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, com o ex-diretor da agência e hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ele deverá ser demito. Essa foi a avaliação do presidente Lula em entrevista à CBN Recife na manhã desta terça-feira, ressaltando, porém, ter confiança no diretor da Abin, Luiz Fernando Correa. “Dentro da equipe dele (Correa), tem este cidadão que manteve relação com o Ramagem. Se isso for verdade, não há clima para este cidadão ser mantido na Abin. Mas antes disse é necessário apurar, garantir o direito à defesa", afirmou Lula. Ramagem foi alvo de uma operação da Polícia Federal para apurar o monitoramento ilegal de cidadãos, incluindo autoridades, durante o governo de Jair Bolsonaro, e a PF suspeita de conluio de atuais integrantes da Abin no crime. (CBN)
Brasil cai dez posições no ranking de percepção de corrupção
A sensação de que há corrupção no Brasil aumentou, na visão de especialistas e empresários, segundo o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado nesta terça-feira pela ONG Transparência Internacional. O país caiu dez posições e hoje ocupa, com 36 pontos, o 104º lugar entre 180 nações – quanto maior a pontuação de zero a 100, menor a percepção de corrupção. Na apresentação do relatório, a Transparência Internacional afirma que “um retrocesso no combate a corrupção” no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro e que o governo Lula “falhou na reconstrução do pilar político de controle da corrupção”. O país visto como menos corrupto, segundo o IPC, é a Dinamarca, com 90 pontos. No fim da lista, com apenas 11 pontos, está a Somália. (g1)
Bolsonaro diz que Carlos prestará depoimento à PF nesta terça-feira
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), alvo de operação da Polícia Federal por suposto envolvimento na chamada “Abin paralela”, prestará depoimento aos policiais federais nesta terça-feira. A afirmação foi feita por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que disse que o depoimento já estava marcado há alguns dias em um processo que corre em segredo de Justiça e que ele vai com o advogado para evitar qualquer excesso. Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro disse que é normal pedir informações, o que não pode é haver interferência e que jamais pediria algo que não fosse legal. Ao ser perguntado se recebeu alguma informação da Abin após deixar a presidência, afirmou que não e que tinha pouco contato com a agência. Também disse desconhecer qualquer pedido sobre assunto confidencial dos filhos ao ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e que, se tivessem feito, teria sido rechaçado. (CNN Brasil)
PF indica que assessora pedia dados sobre ações contra família Bolsonaro
Uma conversa entre assessoras de Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, identificada pela Polícia Federal, é citada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes para justificar a ação desta segunda-feira, demonstrando que o vereador integraria o chamado “núcleo político” da chamada “Abin paralela”. Pelo WhatsApp, Luciana Almeida, assessora de Carlos, pede “ajuda” de Priscilla Ferreira e Silva, a serviço do então diretor-geral da Abin. Ela então envia o nome da delegada Isabela Muniz Ferreira, do núcleo de inquéritos especiais da PF, responsável por investigações sensíveis, e cita dois inquéritos, afirmando que envolvem “PR e 3 filhos”, em possível menção a Bolsonaro e seus filhos. “Como ressaltado pela autoridade policial, as ‘demandas’ eram tratadas por meio de assessoras, e não diretamente entre os investigados, ‘corroborando ainda mais o zelo em relação aos vestígios das condutas delituosas’”, afirma Moraes ao autorizar a operação da PF. Além de endereços ligados a Carlos, a PF pediu buscas nas casas de Luciana Almeida, Priscilla e de Giancarlo Gomes Rodrigues, militar cedido para a Abin na gestão Ramagem. (UOL)
Zero Dois recebia da Abin informações sobre inquéritos, diz PF
A operação da Polícia Federal contra o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos) foi desencadeada após os agentes acharem indícios de que ele recebia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informações sobre inquéritos, inclusive alguns conduzidos pela PF. O conteúdo das investigações seria repassado a Carlos pelo próprio Alexandre Ramagem, diretor da Abin durante o governo Bolsonaro. Há também a suspeita de que a agência teria produzido dossiês para atender aos interesses do vereador. (UOL)
Irã nega envolvimento em ataque a americanos na Jordânia
O governo do Irã negou nesta segunda-feira participação no ataque com drones que deixou três militares americanos mortos e pelo menos 34 feridos em uma base na Jordânia, perto da fronteira com a Síria. O atentado foi reivindicado pelo grupo iraquiano Resistência Islâmica, que abrange diversas milícias xiitas apoiadas por Teerã. Apesar disso, o governo iraniano alegou não ter ingerência nas decisões desses grupos, afirmando que cada um escolhe “como defender os palestinos” em seus próprios países. O presidente americano Joe Biden classificou o ataque como “desprezível e totalmente injustificado” e disse que seu país vai punir todos os responsáveis “na hora e na maneira que achar melhor”. Biden, dizem analistas está num dilema. Ele precisa dar uma resposta dura à morte de seus cidadãos, mas um ataque direto ao Irã pode deixar fora de controle a já explosiva situação no Oriente Médio. (BBC)
PL quer limitar operações da PF no Congresso
Após as operações da Polícia Federal contra os deputados Carlos Jordy e Alexandre Ramagem, ambos do PL fluminense, parlamentares do partido querem regulamentar as ações dos agentes federais no Congresso, conta Ricardo Noblat. A ideia é que as mesas diretoras da Câmara e do Senado tenham de dar aval para que a PF cumpra mandados judiciais no Legislativo. Hoje, a praxe é que os presidentes das Casas sejam avisados, o que não aconteceu no caso de Jordy, líder da oposição. Ele é investigado por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado. Já Ramagem foi alvo da operação sobre o uso ilegal de um software espião pela Abin no período em que ele dirigiu a agência, durante o governo Bolsonaro. (Metrópoles)