Léo Pinheiro pede suspensão de multa de R$ 45 milhões da Lava Jato
Ex-presidente da OAS, o empresário Léo Pinheiro pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli a suspensão das obrigações estabelecidas no acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato. A delação foi homologada em 2019 e determina pena de 30 anos de prisão e multa de R$ 45 milhões. A petição menciona a decisão de Toffoli que, em setembro passado, anulou todas as provas obtidas pelo acordo de leniência da Odebrecht, atual Novonor. A defesa indica que o empresário está “preso há anos sem qualquer perspectiva e numa espiral de imbróglios jurídicos”. E pede a suspensão de todas as obrigações do acordo até analisar o material coletado pela Operação Spoofing, que investigou o vazamento de conversas entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da Lava-Jato combinando procedimentos na investigação de pagamento de propina. Na quinta-feira, Toffoli suspendeu o pagamento de R$ 3,8 bilhões do acordo de leniência que a Odebrecht firmou com a Lava Jato em decisão é similar à que foi concedida à J&F em dezembro de 2023. (Poder360)
Em meio a vaias e aplausos, Lula e Tarcísio trocam afagos
Em evento oficial no porto de Santos (SP), o presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), trocaram afagos, dizendo ter disposição para trabalharem juntos em projetos estratégicos para o estado, como o túnel entre Santos e Guarujá. “O que importa é enxergar o interesse público”, afirmou Tarcísio, que foi aplaudido, mas também ouviu vaias e xingamentos. “Vamos deixar esse legado trabalhando juntos. Muito obrigado pela parceria, presidente Lula.” Dizendo que é preciso restaurar a normalidade para atuar em conjunto em programas para o estado, com “respeito às diferenças” dentro da democracia, Lula defendeu Tarcísio. “O governador merece ser tratado com muito respeito nas atividades públicas que nós fazemos”, afirmou. “Nós estamos juntos. Em quem eu vou votar é problema meu, em quem ele votar é problema dele”, disse. (Folha)
Investigação de corrupção no Piauí atinge família de Wellington Dias
Um dos mais importantes ministros do governo Lula, Wellington Dias (Desenvolvimento Social) viu pessoas próximas no centro de uma investigação sobre corrupção conduzida pela Polícia Federal no Piauí, sua base eleitoral, embora ele próprio não seja investigado. A esposa dele, Rejane Dias, ex-deputada, ex-secretária de Educação e hoje conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi denunciada por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro devido a suspeitas de superfaturamento de contratos de locação de veículos para a secretaria a partir de 2015, quando o marido voltou ao governo do estado. As empresas pertenceriam, mascaradas por laranjas, ao professor Luiz Carlos Magno Silva, superintendente institucional da Secretaria de Educação na primeira gestão do hoje ministro como governador. Além dos contratos superfaturados, os policiais encontraram indícios de que as empresas puseram à disposição de Rejane e de uma de suas filhas carros de luxo, registrados na contabilidade como “cortesia”. Wellington dias não se manifestou sobre as acusações. (Veja)
PF tem indícios de que Bolsonaro recebeu informações da ‘Abin Paralela’
A Polícia Federal apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi abastecido com informações da “Abin Paralela”, um sistema de monitoramento ilegal montado dentro da Agência Brasileira de Inteligência. De acordo com a PF, o material impresso na agência era entregue no Palácio do Planalto. O então chefe da Abin e hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) imprimiu, em fevereiro de 2020, duas listas de inquéritos eleitorais que tramitavam na PF do Rio. Os agentes querem saber quem repassou a Ramagem as informações sobre as investigações, que estavam sob sigilo. (UOL)
Relatório da CPMI do 8 de Janeiro alertou sobre ‘Abin paralela’ sob Bolsonaro
O relatório da CPMI do 8 de Janeiro, finalizado em outubro, já indicava que a Abin passava por um enfraquecimento proposital, associado à tentativa de criar uma órgão paralelo de inteligência, “comprometido unicamente com os interesses do então presidente da República”. No documento, destaca a coluna Painel, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que as investigações revelaram “o desvirtuamento, o enfraquecimento e o desmantelamento de um sistema de inteligência que, se tivesse sido levado a sério, poderia ter evitado os acontecimentos do dia 8 de janeiro”. (Folha)
Políticos publicam apenas 0,01% de fake news, mas engajamento é 6 vezes maior
Um estudo publicado no periódico Journal of Quantitative Description: Digital Media revela que políticos raramente publicam fake news diretamente em suas redes sociais. Ao analisar mais de 4 milhões de postagens feitas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020, os pesquisadores descobriram que apenas 0,01% do conteúdo tinha informações falsas. No entanto, as publicações contendo desinformação engajaram quase seis vezes mais e eram sete vezes mais vistas do que os posts com dados verdadeiros. O artigo sugere que políticos mais extremistas são mais propensos a compartilhar desinformação. Pertencer à coalizão de Bolsonaro, por exemplo, aumentou em 21% as chances de compartilhar fake news, enquanto entre os alinhados ao então candidato presidencial Fernando Haddad, o índice era de 10%. (Twitter)
Combate ao crime vai além de ‘ação policial enérgica’, diz Lewandowski ao tomar posse
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse nesta quinta-feira ao novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) substitui Flávio Dino, que foi nomeado para uma cadeira na Corte. Lewandowski, que prometeu foco na segurança pública, disse em discurso no evento que, para o combate à violência ter sucesso, é preciso ir além da “enérgica ação policial, demandando políticas públicas que permitam superar o apartheid social que continua segregando”. Após a fala do novo ministro, Lula pediu empenho no combate ao crime organizado, que disse funcionar como uma “indústria multinacional”. Lewandowski também afirmou que a criminalidade é resultado de mazelas históricas e que “não há soluções fáceis” para essas questões. A atuação da pasta, disse, tem de ser focada em políticas públicas, inteligência, e na cooperação com estados e municípios para “sufocar as facções criminosas”. (g1)
Biden impõe sanções a colonos israelenses por violência na Cisjordânia
O presidente americano, Joe Biden, assinou uma ordem executiva nesta quinta-feira impondo sanções a quatro colonos da Cisjordânia que cometeram atos de violência contra palestinos. A decisão é a mais significativa dos Estados Unidos contra israelenses em meio a críticas sobre o apoio à guerra de Israel em Gaza. A ordem executiva impõe sanções iguais às impostas a indivíduos considerados terroristas. Os quatro não poderão enviar dinheiro para os Estados Unidos nem permitir que alguém atue em seu nome e americanos não poderão contribuir com dinheiro, bens ou serviços para os sancionados. A sanção segue decisão do início de dezembro de restrição de visto americano para pessoas envolvidas em atos de violência dos colonos, bem como para seus parentes imediatos. Ambas as medidas, no entanto, não são válidas para colonos que tenham cidadania americana. Entre 7 de outubro, dia dos atentados terroristas do Hamas, e 370 de janeiro, 31 palestinos foram mortos na Cisjordânia, a maioria (360) por militares israelenses e ao menos oito por colonos. (Washington Post)
Toffoli suspende pagamento da Odebrecht em acordo de leniência com a Lava Jato
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu os pagamentos de R$ 3,8 bilhões do acordo de leniência que a Odebrecht, hoje Novonor, firmou com a Lava Jato, revela Malu Gaspar. A empreiteira pediu ao ministro o mesmo tratamento dado ao grupo J&S, de Joesley e Wesley Batista, que teve suspensa a multa de R$ 10,3 bilhões no acordo da Operação Greenfield. (Globo)