Meio

Em um vídeo que vem sendo distribuído por correligionários e aliados nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma manifestação de apoiadores “em defesa do Estado Democrático de Direito” para dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista. Ele pede que o público vá de verde e amarelo e não leve faixas ou cartazes “contra quem quer que seja”. “Nesse evento eu quero me defender de todas as acusações que vêm sendo imputadas à minha pessoa nos últimos meses”, diz Bolsonaro. O ex-presidente diz que, mais do que um discurso, está interessado na “fotografia” de quem comparecer, para mostrar ao mundo o grau de apoio que tem — numa manobra arriscada, que lembra o movimento feito por Fernando Collor de Mello em seu momento mais vulnerável. (Meio)

O comando do Exército decidiu esperar o término das investigações da Polícia Federal contra militares suspeitos de envolvimento na trama golpista no fim do governo Jair Bolsonaro (PL) para abrir processos administrativos sobre possíveis transgressões às regras das Forças Armadas. Uma nota divulgada nesta segunda-feira diz que “o Exército, enquanto instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República, vem colaborando com as autoridades policiais nas investigações conduzidas. As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto”. O Código Penal Militar prevê, no artigo 99, que o militar condenado a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos deverá perder o posto e a patente. A depender do crime, ele ainda pode ser considerado indigno para o oficialato. Se for muito longa, a espera pelos julgamentos no Supremo Tribunal Federal pode criar distorções na carreira dos investigados e possibilitar promoções de suspeitos para altas patentes. (Folha)

Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o julgamento que pode levar o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor à prisão por crimes envolvendo a BR Distribuidora. Toffoli pediu vista e agora tem até 90 dias para devolver o caso. O julgamento foi liberado para votação na sexta-feira, dia 9, no plenário virtual da Corte. Na modalidade, os ministros depositam seus votos e não há discussão. O ministro Alexandre de Moraes foi o único a votar antes de Toffoli pedir vista e foi a favor de manter a condenação de Collor a 8 anos e 10 meses de prisão. A defesa de Collor pede que a pena seja reduzida para 4 anos em razão de problemas na contagem e na prescrição dos crimes. (Poder360)

O Partido Liberal (PL) deve reunir, na semana que vem, integrantes da cúpula e das bancadas no Congresso na próxima semana para avaliar os estragos depois da operação Tempus Veritatis e a situação dos palanques municipais. A legenda tenta se reorganizar depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de proibir que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Walter Braga Netto conversem entre si. Um dos deputados ouvidos pela colunista Basília Rodrigues disse que uma das principais dúvidas é saber como Valdemar fará para não conversar com Bolsonaro na sede do PL. (CNN Brasil)

O Exército de Israel libertou dois reféns em uma operação de resgate: Fernando Simón Marman, de 60 anos, e Norberto Luis Har, de 70, ambos civis e com dupla nacionalidade argentina-israelense. Foi a primeira vez em quatro meses de guerra que um resgate de reféns foi bem sucedido. A ofensiva contou com bombardeios aéreos e de artilharia como manobra de distração — e deixou ao menos 100 pessoas mortas, segundo autoridades sanitárias palestinas. O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, justificou o uso de uma “intensa potência de fogo” para realizar “uma complexa operação de resgate no coração da cidade de Rafah”. A cidade faz fronteira com o Egito e tem sido apontada como próximo alvo de Israel. Mas a ONU e até os Estados Unidos vêm alertando Israel que os civis que estão lá não têm para onde ir. O Egito, por enquanto, vem se recusando a recolher refugiados palestinos. (Globo)

O presidente argentino Javier Milei esteve com o Papa Francisco na manhã deste domingo, no primeiro encontro público dos dois, durante a cerimônia de canonização da primeira santa argentina, Mama Antula. Apesar de Milei já ter se referido ao compatriota Pontífice como “o maligno na Terra”, o encontro foi amigável, com Francisco brincando com o corte de cabelo do presidente. Os dois devem ter uma reunião privada nesta segunda-feira. (g1)

ONGs e partidos de oposição na Venezuela denunciaram neste domingo a prisão da ativista e especialista em questões militares Rocío San Miguel. A advogada de 57 anos teria sido detida em um aeroporto de Maiquetiá quando ela se preparava para viajar para o exterior com a filha. O governo de Nicolás Maduro a acusa de estar envolvia de uma das cinco supostas conspirações para matar o presidente relatadas pelo procurador-geral do país, Tarek William Saab. Já os opositores afirmar que San Miguel foi presa por denunciar irregularidades no setor militar venezuelano. A Anistia Internacional exigiu a imediata libertação da ativista e de outros presos pelo regime de Caracas. (Globo)

Em uma de suas mais polêmicas declarações sobre política externa, o ex-presidente e agora candidato Donald Trump disse, na noite de sábado, que encorajaria a Rússia a atacar países da Otan que estivessem inadimplentes com as obrigações financeiras da aliança. A declaração, classificada pela Casa Branca como “terrível” e “desequilibrada”, foi dada durante um comício na Carolina do Sul, que realizará eleições primárias no dia 24. Segundo Trump, um chefe estado durante uma reunião da Otan – ele não especificou quem nem quando – indagou se ele defenderia os aliados contra a Rússia mesmo que não estivessem em dia com a aliança militar. “Eu disse: Se você não paga, é um delinquente. Não, não vou protegê-los. Aliás, vou encorajar os russos a fazerem o que bem quiserem. Vocês têm que pagar suas contas”, disse. (Guardian)

O vídeo da reunião ministerial de julho de 2022 obtido pela Polícia Federal mostra que Jair Bolsonaro (PL) e seus principais auxiliares não trataram apenas de uma eventual “virada de mesa” nas eleições. O então presidente fez uma preleção de cunho religioso e exibiu um vídeo em que a deputada estadual cearense Dra. Silvana, do PL, associa o hoje presidente Lula à defesa do aborto, da descriminalização da drogas e do casamento entre pessoas do mesmo gênero. Bolsonaro então cobrou que os ministros usassem esse discurso contra o adversário. A mensagem principal era: cristão não pode ser de esquerda, tem que ser conservador. (Estadão)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu na noite deste sábado liberdade provisória ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que deve ser solto ainda esta noite. O político foi preso em flagrante na quinta-feira pela Polícia Federal durante as buscas da Operação Tempus Veritatis quando os agente encontraram em seu poder uma arma registrada em nome de terceiro e uma pepita de ouro proveniente de garimpo. Na sexta, Moraes convertera a prisão em flagrante para prisão preventiva, sem prazo, mas decidiu soltá-lo atendendo a um parecer da Procuradoria-Geral da República e diante de fatores como a idade de Valdemar – 74 anos – e o fato de os crimes não terem sido violentos. (g1)