Valdemar resiste a investida bolsonarista e mantém o controle do PL
A ala bolsonarista raiz do PL tentou retirar Valdemar Costa Neto da presidência do partido, conta Ricardo Noblat, mas não obteve apoio do restante da legenda. O grupo alegava que Costa Neto, preso por posse ilegal de arma durante a Operação Tempus Veritatis, não tinha condições de comandar o PL por estar impedido de se comunicar com Jair Bolsonaro, considerado o mais importante cabo-eleitoral do partido. A defesa do ex-presidente pediu ao STF que suspensa a proibição de contato Costa Neto, mas, enquanto não obtém resposta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) está encarregado de ser a ponte entre os dois. (Metrópoles)
Bolsonaro mandou R$ 800 mil aos EUA para ‘aguardar golpe’, diz PF
Enquanto aguardava o andamento do golpe, Jair Bolsonaro (PL) mandou R$ 800 mil para os Estados Unidos numa operação de câmbio, segundo a Polícia Federal. A quebra de sigilo bancário do ex-presidente, obtida nas investigações sobre as joias vendidas ilegalmente pela Presidência, revelou que ele “transferiu para os Estados Unidos todos os seus bens e recursos financeiros, ilícitos e lícitos, com a finalidade de assegurar sua permanência no exterior, possivelmente, aguardando o desfecho da tentativa de golpe de Estado que estava em andamento”, diz a PF. A informação é do jornalista Robson Bonin. (Veja)
Sarkozy é condenado a prisão por financiamento ilegal de campanha
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado à prisão pela Justiça no caso que ficou conhecido como “Bygmalion”, em que ele foi acusado de usar financiamento ilegal para sua campanha nas eleições presidenciais de 2012, em que perdeu quando tentava se reeleger. Sarkozy, de 69 anos, foi condenado a um ano de reclusão, mas o tribunal determinou a suspensão de seis meses e que o restante da pena pode ser cumprida por meios alternativos, como o uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente sempre negou a acusação de que seu partido, Les Republicains, então conhecido como UMP, tivesse trabalhado com uma empresa de relações públicas chamada Bygmalion para esconder o verdadeiro custo da sua campanha. A defesa de Sarkozy informou que vai recorrer. (CNN Brasil)
Republicanos derrubam secretário de Biden; e democratas elegem mais um deputado
Em sua segunda tentativa, os republicanos da Câmara dos Estados Unidos conseguiram aprovar o impeachment do secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, responsável pelas fronteiras e pela política de imigração do presidente Joe Biden. Mas foi por pouco: um único voto acabou decidindo derrota de Mayorkas, por 214 a 213. O impeachment pode não ir muito longe no Senado, já que alguns republicanos da Casa não acreditam que as ações de Mayorkas configurem os “crimes graves e contravenções” necessários para a condenação. Mas Mayorkas é o primeiro secretário da Casa Branca a sofrer um impeachment e há o temor que o instrumento venha sendo usado demasiadamente na disputa partidária: em cinco anos, foi usado contra dois presidentes e um secretário. A apertada vitória americana poderia nem ter acontecido caso a votação ocorresse na semana que vem. Isso porque os democratas elegeram Tom Suozzi para o lugar do republicano George Santos, cassado em dezembro. Com isso, a estreita maioria republicana na Câmara fica ainda menor: 219-213. (Washington Post)
Cronologia de reuniões golpistas foi confirmada com dados do Alvorada e de celulares
Dados de registros de celulares e de entrada e saída do Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente da República, foram usados pela Polícia Federal para corroborar o relato do tenente-coronel Mauro Cid sobre as reuniões para elaboração da minuta do “decreto do golpe”. O texto, de acordo com as investigações, previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e a convocação de novas eleições após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Documentos obtidos pela jornalista Andreia Sadi mostram como a PF montou a cronologia da confecção da minuta e confirmou a presença dos investigados no Alvorada nos momentos apontados por Cid. Além das anotações da portaria do palácio, informações de Estações Rádio Base (ERB) permitiram que a PF obtivesse mais detalhes sobre participantes das discussões sobre a minuta do decreto e as formas como eles se comunicaram.
Defesa de Bolsonaro pede devolução de passaporte
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu a devolução de seu passaporte. Na petição enviada ao ministro Alexandre de Moraes, os advogados solicitam ainda que a medida que proíbe a saída de Bolsonaro do Brasil seja convertida para restrições mais brandas, como o envio do requerimento de autorização sete dias antes da viagem. A defesa argumenta que não há “risco de fuga”. “Ao longo das investigações iniciadas no início de 2023, não foi apresentado nenhum indício que justificasse a alegação de risco de fuga”, diz o texto. O passaporte foi entregue à Polícia Federal no dia 8, como parte das medidas autorizadas por Moraes na operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro na Presidência. (Poder360)
Ativista venezuelana será julgada por ‘traição’ e ‘terrorismo’ pelo regime de Maduro
Presa poucos instantes antes de deixar a Venezuela, a ativista Rocío San Miguel será julgada por “traição à pátria”, terrorismo e conspiração, de acordo com o procurador-geral do país, Tarek Willian Saab. No pronunciamento, porém, Saab não informou o paradeiro da especialista em questões militares. San Miguel foi presa junto a cinco de seus familiares, incluindo sua filha e seu atual marido. O ex-companheiro da ativista, Alejandro Plaza, também terá a prisão pedida pelo Ministério Público do país. Ela é acusada de um plano de ataque a uma base militar, que supostamente culminaria no assassinato de Nicolás Maduro, presidente venezuelano. (O Globo)
Lula embarca para o Egito, onde tratará de guerra no Oriente Médio e acordo por bioenergia
O presidente Lula (PT) embarcou nesta terça para o Cairo, Egito, onde deve chegar na madrugada de quarta. Esta é a primeira viagem internacional do petista em 2024, ano em que pretende se deslocar mais pelo Brasil – e apoiar aliados nas eleições municipais. A visita ao Egito é a primeira escala do presidente no continente africano, onde também deve visitar a Etiópia. Ambos os países tiveram a entrada aprovada nos Brics e, por meio das redes, Lula indicou que reforçar os laços com a comunidade africana é também honrar “as relações históricas e culturais”.
Hoje no governo paulista, CGU de Bolsonaro sugeriu ‘força-tarefa’ contra as urnas
A reunião de cunho golpista entre Jair Bolsonaro (PL) contou também com a presença do então chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que classificou como “uma merda” o relatório técnico que afastava a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas. Rosário, hoje, é controlador-geral do estado de São Paulo, membro da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro e afilhado político de Bolsonaro. O relatório foi feito por ordem do próprio governo Bolsonaro, mas arquivado pela CGU, conduta considerada atípica dentro do órgão.
Investigações quebram argumento de ‘espontaneidade’ do 8 de janeiro
As argumentações de defesa dos investigados pelas cenas de vandalismo e tentativa de abolição do Estado democrático de 8 de janeiro sempre gira em torno da espontaneidade do movimento golpista. Após as operações autorizadas pelo STF, porém, as provas colhidas pela Polícia Federal apontam para um incitamento da turba – inclusive de pessoas no entorno mais íntimo do ex-presidente Jair Bolsonaro. É o caso, por exemplo, das conversas travadas entre o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens da Presidência. Oliveira chega a pedir R$ 100 mil a Cid para a organização dos acampamentos e para deslocamento dos manifestantes até Brasília.