Política

Operação ‘Tempus Veritatis’ afeta imagem das Forças Armadas

Franciso Leali: “A operação da Polícia Federal da semana passada pode ser, para boa parte dos que viam Bolsonaro como Messias, perseguição política engendrada pelo STF. Mas há quem considere lamentável para a imagem das Forças Armadas o fato de que ex-comandantes e oficiais generais tenham recebido visita da PF por terem, de fato, flertado com um golpe sob inspiração daquele que um dia foi chamado de indigno pelo Exército”. (Estadão)

IK-3, a temida prisão na Sibéria onde morreu opositor russo Alexei Navalny

A rede prisional russa é conhecida por suas condições extremas. O opositor russo Alexei Navalny, que morreu nesta sexta-feira, estava desde dezembro na IK-3, que fica a 1,9 mil quilômetros de Moscou, em uma área quase inacessível da Sibéria, com intervalo de meses entre um voo e outro. As temperaturas no local chegam a -40°C no inverno. Já na primavera, os presos enfrentam enxames de mosquitos e outros insetos. Defensores dos direitos humanos afirmam que as autoridades russas utilizam as condições meteorológicas como método de punição. Com regime de visitação restrito, assim como acesso a cartas ou e-mails, Navalny vivia em uma cela de onde não era possível ver o céu. (BBC Brasil)

Trump terá de pagar US$ 354 milhões por fraude financeira

O juiz Arthur Engoron, da Suprema Corte de Nova York, ordenou nesta sexta-feira que Donald Trump pague cerca de US$ 354 milhões como resultado de um julgamento civil por fraude financeira em que o ex-presidente foi acusado de inflar os números do balanço de sua empresa. O magistrado também proibiu Trump de atuar como diretor de empresa em Nova York durante três anos. Dois de seus filhos adultos, Donald Trump Jr. e Eric Trump, que também eram réus no caso, foram multados em US$ 4 milhões cada. O processo contra o republicano e sua empresa, a Trump Organization, foi iniciado em setembro de 2022 pela procuradora-geral do estado, Letitia James, que os acusou de mentirem durante uma década sobre valores de ativos e seu patrimônio líquido para obter melhores condições em empréstimos bancários e seguros. Christopher Kise, consultor jurídico de Trump, disse que recorrerá da decisão, classificando-a de “pena de morte corporativa” contra o ex-presidente, sua família e empresa. A decisão ocorre no momento em que Trump enfrenta uma série de riscos jurídicos e financeiros. Ele foi recentemente condenado a pagar mais de US$ 83 milhões à jornalista e escritora E. Jean Carroll por difamá-la. Essa derrota judicial se somou aos R$ 5 milhões de uma outra ação, que no ano passado considerou que ele abusou dela sexualmente e a difamou. Além disso, Trump enfrenta quatro processos criminais. Um deles, em que o pré-candidato republicano à Casa Branca é acusado de maquiar sua contabilidade para esconder pagamentos à ex-atriz pornô Stormy Daniels em troca de silêncio sobre um relacionamento extraconjugal, será julgado em 25 de março. (Washington Post)

Biden culpa ‘Putin e seus capangas’ pela morte de Navalny

O presidente americano, Joe Biden, culpou o presidente russo, Vladimir Putin, pela morte do dissidente Alexei Navalny e citou o caso para pressionar os republicanos da Câmara dos Representantes a aprovarem a ajuda militar de cerca de US$ 60 bilhões à Ucrânia. “Não se enganem: Putin é responsável pela morte de Navalny”, disse Biden em pronunciamento televisionado. Questionado se Navalny foi assassinado, Biden disse que os Estados Unidos não conhecem todas as circunstâncias da morte do prisioneiro. “A resposta é que não sabemos exatamente o que aconteceu, mas não há dúvida de que a morte de Navalny foi consequência de algo que Putin e seus capangas fizeram”, afirmou. O democrata também disse que a morte do opositor russo deveria lembrar os americanos da importância de enfrentar Putin. Além disso, aproveitou para avançar contra o pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump, que, no fim de semana, disse que “encorajaria” a Rússia a atacar os aliados da Otan que não gastaram o suficiente com suas próprias forças armadas, classificando a declaração de perigosa e prometendo apoiar a Europa contra a agressão russa. (New York Times)

Após a morte de Navalny, Ocidente deve ser mais duro com Putin, diz ex-prisioneiro

Mikhail Khodorkovsky: “Putin perpetrou este assassinato repugnante um mês antes da farsa oficialmente conhecida como ‘eleição presidencial russa’. As eleições na Rússia não são livres nem justas. Qualquer opositor genuíno de Putin está proibido de concorrer, se não tiver sido preso, forçado ao exílio ou, como o destino de Navalny deixa tão tragicamente claro, morto. O Ocidente deve parar de ceder a esta farsa e declarar ilegítimas estas eleições e o seu resultado. A última vez que ocorreram ‘eleições presidenciais russas’, a resposta do Ocidente foi de fraqueza e apaziguamento”. (Politico)

Moraes afirma que PF apresentou ‘provas robustas’ de tentativa de golpe

A Polícia Federal (PF) apresentou “provas robustas” de um “processo de planejamento e execução de um golpe de Estado”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) ao responder a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em relação à sua decisão de autorizar a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Para ele, há elementos que mostram que um “grupo criminoso” atuou de forma “coordenada e estruturada” para efetuar uma ruptura institucional. Moraes também esclareceu que não impediu a comunicação entre advogados, mas que eles intermedeiem contatos entre os investigados. “A Polícia Federal aponta provas robustas de que os investigados concorreram para o processo de planejamento e execução de um golpe de Estado”, escreveu o ministro. (Globo)

Ex-comandante do Exército diz que não denunciou golpe para evitar ruptura

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid revela que, em 2022, o então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, recusou-se a apoiar uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder. Já a Polícia Federal quer investigá-lo sob a suspeita de omissão ao não denunciar a trama. Como conta Tales Faria, o general diz nega ter se omitido que conta que articulou com colegas do Comando do Exército para barrar a possibilidade de uma “virada de mesa”. Na avaliação dele, essa articulação foi mais eficiente que uma eventual denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), que poderia levar a uma crise que propiciar exatamente a ruptura que Bolsonaro buscava. (UOL)

Ativista russo opositor de Putin morre na prisão

Alexei Navalny, um dos mais constantes e aguerridos opositores de Vladimir Putin, morreu na prisão, confirmaram fontes russas, sem divulgarem a causa. O ativista de 47 anos cumpria uma pena de 19 anos em “regime especial” numa penitenciária a apenas 40 quilômetros do Círculo Polar Ártico – suas diversas sentenças ultrapassavam 30 anos. Navalny se tornou conhecido ao liderar protestos em 2011 e 2012 contra o regime de Putin, denunciando fraudes eleitorais e o enriquecimento acentuado de altas figuras do governo. Em 2013, lançou-se candidato de oposição à prefeitura de Moscou e, mesmo com as pesadas suspeitas de fraude em favor do favorito do Kremlin, obteve 27% dos votos. Em 2020, quando estava em liberdade condicional, entrou em coma, supostamente envenenado por agentes do governo, e foi levado para tratamento na Alemanha. Ao voltar à Rússia, foi preso por violação da condicional e mandado para a penitenciária onde morreu. (Guardian)

Armação nas Forças

Filho de Moraes sofreu injúria em Roma, mas PF não indicia ninguém

A Polícia Federal concluiu o inquérito que apurava a agressão ao filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em julho passado, no aeroporto de Roma. Segundo as investigações, o rapaz levou um tapa no rosto, mas o delito foi considerado de menor potencial ofensivo e ninguém será indiciado. No relatório, a PF aponta que Roberto Mantovani Filho cometeu crime de injúria real contra o filho do ministro. As imagens, porém, não mostram uma reunião de Mantovani, a esposa dele, Andréia Munarão, e o genro do casal, Alex Zanatta para atacar o magistrado. Além disso, as câmeras do terminal não captaram o áudio, não sendo possível verificar as alegações de ataques verbais e ofensas feitas por ambas as partes. Com a conclusão do relatório, o caso deve ser arquivado. (Correio Braziliense)