Ocidente está perdendo na Ucrânia
Nicholas Vinocur: “Pode ser muito cedo para dizer que o Ocidente perderá a guerra na Ucrânia — mas está cada vez mais claro que isso pode acontecer. Enquanto Kiev e seus aliados contemplam um menu macabro de possibilidades para o ano — incluindo uma pressão em todas as frentes dos aliados da Rússia, o Irã e a China, para desencadear uma Terceira Guerra Mundial — vale a pena fazer uma pausa por um momento e perguntar: como chegamos aqui? Como o Ocidente, com seus porta-aviões e uma pegada econômica conjunta que se aproxima dos 60 trilhões de euros (superando China, Irão e Rússia juntos), cedeu a um país pós-soviético em recessão, com o PIB da Espanha, e acabou numa posição defensiva, vacilando diante da próxima afronta de Putin? Se repelir a invasão da Ucrânia por Putin não é o verdadeiro objetivo do Ocidente, qual é?”. (Politico)
Julgamento de Moro no TRE-PR começa em 1º de abril
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, marcou para 1º de abril o início do julgamento de duas ações que podem levar à cassação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), conta a coluna de Malu Gaspar. Haverá outras duas sessões em 3 e 8 de abril. O julgamento foi marcado no mesmo dia em que o presidente Lula oficializou a escolha do advogado José Rodrigo Sade para o cargo de juiz titular do TER-PR, dando ao tribunal o quórum exigido para a análise do caso. Os juízes analisarão duas ações, do PT e do PL, sobre abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2022. Ninguém terá acesso prévio ao voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha, e cada um dos sete integrantes do TRE vai destrinchar o voto com o objetivo de prestar contas à sociedade. (Globo)
Flávio Dino toma posse como ministro do STF
Em uma cerimônia que reuniu cerca de 800 convidados, incluindo os presidentes Lula (PT), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Flávio Dino tomou posse nesta quinta-feira como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), assumindo a cadeira deixada por Rosa Weber. O ex-senador e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública é o quarto indicado por Lula, assim como Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Ele poderá ficar no cargo até 2043, quando completará 75 anos. Integrantes do Supremo acreditam que o novato tende a se inclinar a votos mais conservadores em temas de costumes. Por outro lado, deve se alinhar ao governo no campo econômico. Também é esperado que mantenha boas relações com Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, com quem manteve proximidade quando estev à frente da pasta da Justiça. “Agora é sem volta”, disse o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, ao empossá-lo. Católico, Dino decidiu não quis festa e optou por uma missa na Catedral Metropolitana de Brasília. (UOL)
Após ser xingado, Putin chama Biden de ‘cowboy de Hollywood’
O governo russo afirmou que o presidente americano, Joe Biden, tentou parecer um “cowboy de Hollywood” ao chamar Vladimir Putin, de “louco filho da puta”. O comentário do democrata foi feito ao alertar sobre a ameaça de um conflito nuclear, durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha à reeleição, na quarta-feira, em São Francisco, na Califórnia. “Temos um louco filho da puta como aquele cara, Putin, e outros, e temos sempre que nos preocupar com o conflito nuclear, mas a ameaça existencial à humanidade é o clima”, afirmou. Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou a declaração como uma tentativa medíocre de parecer um “cowboy de Hollywood”, acrescentando que o uso de tais palavras “degrada os Estados Unidos”. (BBC Brasil)
Bolsonaro vai à PF, mas fica em silêncio sobre suposta tentativa de golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve nesta quinta-feira na sede da Polícia Federal em Brasília nesta quinta-feira. No entanto, confirmando o que disse que faria, permaneceu calado durante pouco menos de meia hora diante dos agentes que investigam uma suposta tentativa de golpe de Estado. A informação é do advogado Fabio Wajngarten, que afirmou que o ex-presidente “nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista”. “Esse silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do exercício constitucional do silêncio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos”, afirmou o advogado, referindo-se à falta de acesso à delação do ex-ajudante de ordens e Mauro Cid e dos conteúdos obtidos em celulares apreendidos pela PF. A defesa de Bolsonaro disse que ele prestará depoimento assim que “garantido o acesso” solicitado. (g1)
Governo convida PSDB e Cidadania para reunião com Lula e Lira
Embora não integrem o governo, PSDB e Cidadania foram convidados pelo Planalto para a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os líderes de partidos com ministérios. O encontro acontecerá na noite desta quinta-feira, mas até o momento as duas legendas não informaram se enviarão representantes. A justificativa para o convite é que os dois partidos, que formam uma federação, votam com o governo em determinados temas. O PSDB ficou neutro no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, mas diversos tucanos históricos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, declararam apoio a Lula. (Globo)
Na reunião do G20, chanceler brasileiro critica paralisia da ONU e mundo ‘fraturado’
A abertura da reunião de chanceleres do G20, no Rio de Janeiro, foi marcada pela crítica brasileira ao uso da força e à paralisia da ONU frente às guerras na Faixa de Gaza e na Ucrânia. “O Brasil não aceita um mundo em que as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar. Uma parcela muito significativa do mundo fez uma opção pela paz e não aceita ser envolvida em conflitos impulsionados por nações estrangeiras”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “O Brasil rejeita a busca de hegemonias, antigas ou novas. Não é do nosso interesse viver em um mundo fraturado”, acrescentou, em referência às tensões entre Estados Unidos e potências como Rússia e China. O chefe do Itamaraty propôs que o encontro seja concentrado no debate sobre as guerras e a reforma da governança global, especialmente das instituições geopolíticas e financeiras, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e Fundo Monetário Internacional. Segundo ele, o G20 passou a abordar questões de paz e segurança, fora do escopo inicial, por causa da paralisia da ONU e pode contribuir para reduzir tensões. “Não podemos ignorar o fato de que a governança global precisa de profunda reformulação. Nossas diferenças devem ser resolvidas ao amparo do multilateralismo e das Nações Unidas, utilizando como métodos o diálogo e a cooperação, e nunca por meio de conflitos armados.” (Estadão)
Renan fica fora relatoria da CPI da Braskem, que é assumida por petista
Autor do pedido de criação da CPI da Braskem e favorito para assumir a relatoria, Renan Calheiros (MDB-AL) acabou sendo preterido. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) foi o escolhido para dar andamento à comissão, instalada em dezembro passado, que investiga os danos ambientais causados pela petroquímica em Maceió (AL). O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), justificou a escolha, dizendo preferir alguém mais neutro, de fora da capital alagoana. Ele pediu a compreensão de Renan. O senador, no entanto, disse não concordar com a decisão e afirmo que vai deixar a CPI. “Mãos ocultas, mas visíveis me vetaram na relatoria”, disse Renan, que é rival do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O governo tem relação com ambos e não quer que a CPI gere divergências. (Poder360)