Premiê da Autoridade Palestina renuncia
O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh, e seu gabinete renunciaram nesta segunda-feira, formalizando uma decisão comunicada na semana passada ao presidente Mahmoud Abbas. A renúncia se segue a fortes pressões dos EUA para que a Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada por Israel, passe por uma reforma para combater a corrupção e a ineficiência. A instituição deveria ser um governo provisório entre a assinatura dos tratados de Oslo, em 1993, e a criação de um Estado palestino, o que nunca se consumou. Ela também administrava a Faixa de Gaza, até a Fatah, seu partido dominante, ser derrotado pelo Hamas nas eleições de 2006 e expulso no ano seguinte. (CNN)
Militar dos EUA se incendeia na frente da embaixada de Israel
Um militar da Força Aérea dos EUA morreu nesta segunda-feira após atear fogo ao próprio corpo em frente à embaixada israelense em Washington. Aaron Bushnell, de 25 anos, transmitiu ao vivo o vídeo do protesto, cobrindo-se de líquido inflamável enquanto dizia que “não seria mais cúmplice de um genocídio”. Ele ainda gritou “Palestina livre” algumas vezes com o corpo já em chamas. O vídeo foi removido das plataformas de streaming. Bushnell foi socorrido após cerca de um minuto e levado para um hospital, mas não resistiu às queimaduras. É a segunda vez, desde a invasão da Faixa de Gaza, em outubro, que manifestantes se imolam nos EUA diante de representações diplomáticas israelenses. (Guardian)
PF diz que fala de Bolsonaro reforça investigações
Ao discursar para milhares de apoiadores na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tivesse planejado um golpe de Estado, argumentando que a minuta encontrada pela Polícia Federal previa decretação de estado de defesa, previsto na Constituição. Para a PF, porém, a fala reforça as investigações, pois indica que Bolsonaro tinha conhecimento do documento, que previa atos ilegais como a anulação das eleições presidenciais e a prisão de Alexandre de Moraes, presidente do TSE e ministro do STF. Segundo delações, o ex-presidente chegou a pedir mudanças em uma minuta, reduzindo a lista de autoridades a serem presas pelos golpistas. (Folha)
Na Paulista, Bolsonaro nega golpe e pede anistia para o 8/1
Milhares de apoiadores responderam ao chamado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e se reuniram na tarde de domingo na Avenida Paulista usando a camisa da CBF e com bandeiras do Brasil (e de Israel). A manifestação foi convocada após a Polícia Federal fazer uma operação contra o ex-presidente e seus principais auxiliares, suspeitos de tramar um golpe de Estado para mantê-lo no poder. Do alto de um trio elétrico, Bolsonaro fez o discurso de encerramento do ato e negou que pretendesse dar o golpe, embora admitisse a existência da minuta golpista encontrada pela PF. “Golpe é tanque na rua. É arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado. Empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. Fora isso, por que continuam me acusando de golpe? Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição?”, indagou. Ele ainda defendeu a anistia para os presos na invasão das sedes dos Três poderes em 8 de janeiro de 2023. “O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É por parte do Parlamento brasileiro (...) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília”, disse. (g1)
PF prende suspeito de tentar invadir o Palácio da Alvorada
A Polícia Federal prendeu um homem suspeito de tentar invadir com um carro o Palácio da Alvorada na madrugada do último sábado. De acordo com os investigadores, o motorista mora na região, teria errado o caminho e furado um bloqueio da PF em torno do palácio. Os pneus do carro foram rasgados por dispositivos de segurança no asfalto, e os policiais chegaram a atirar, mas o homem conseguiu fugir com o veículo, um Ford Eco Sport apreendido neste domingo. O presidente Lula e a primeira-dama Janja estavam no palácio, mas em segurança. (UOL)
Malafaia descumpre promessa de moderação e ataca Moraes
A proposta de não se atacarem as instituições no ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durou até o discurso do pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do evento. “Alexandre de Moraes disse que a extrema direita tem que ser combatida na América Latina. Como ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem extrema-direita nem extrema-esquerda. Ele é guardião da Constituição”, disse o pastor, afirmando que Bolsonaro é “o maior perseguido político da nossa história”. A abertura da manifestação deveria ter sido uma oração da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas teve ares de discurso político, com direito a choro e lamentação das “injustiças” contra o marido. “Não tem sido fácil, mas estamos de pé (...) Eu vivo um dia de cada vez”, afirmou, conclamando os seguidores a “não desistirem do país”. “Eu sei que nosso Deus do alto do céus irá nos conceder o socorro”, disse. (Folha)
Trump vence com folga no estado natal de Haley
Só os tribunais são capazes de impedir que Donald Trump seja o candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais de novembro. Embora Nikki Haley, sua única adversária na legenda, tenha prometido continuar e campanha por pelo menos mais um mês, a vitória de Trump sábado nas primárias da Carolina do Sul, estado que ela governou por dois mandatos, sepultou suas pretensões. O resultado oficial ainda não foi divulgado, mas pesquisas indicam que ele venceu com 60% dos votos. “Nunca vi o Partido Republicano tão unido quanto agora”, comemorou Trump, cercado das principais autoridades do estado, considerado um dos mais conservadores dos EUA. O ex-presidente venceu todas as primárias e assembleias até agora, mas Haley diz que vai se manter na disputa para evitar uma convenção de candidato único “no estilo soviético”. (CNN)
Multidão já ocupa a Paulista para ato pró-Bolsonaro
Com camisas da CBF e bandeiras do Brasil, mas sem cartazes, uma multidão ocupa desde o fim da manhã as pistas da Avenida Paulista para o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ser alvo de uma operação da Polícia Federal. O início da manifestação está marcado para as 15h, com uma oração conduzida pela ex-pimeira-dama Michelle Bolsonaro, seguida de discursos de políticos. O próprio ex-presidente deve encerrar o evento, às 17h. (Metrópoles)
Sistema de espionagem da Abin fez 10 mil consultas informais durante o governo Bolsonaro
O sistema de espionagem FirstMile foi utilizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fazer 10 mil consultas informais durante o governo Bolsonaro. A ferramenta israelense identifica a localização de pessoas por meio de aparelhos conectados às redes 2G, 3G e 4G. Políticos, assessores parlamentares, ambientalistas e acadêmicos estão na lista de vigiados pelos agentes. Entre fevereiro de 2019 e abril de 2021, foram feitas cerca de 60 mil consultas ao programa, 35 mil delas em setembro e outubro de 2020, às vésperas das eleições municipais. O FirstMile era utilizado a partir de sete computadores com acesso restrito, mas ao longo do tempo foi sendo compartilhado com “turma de buscas”, “coordenação de fontes humanas” e “fração que cuida da proteção presidencial”, segundo registros da própria Abin. Há indícios de que as senhas dos agentes eram compartilhadas, contrariando as próprias regras de segurança do órgão. As consultas ao serviço deveriam estar relacionadas a alguma operação registrada na agência, o que nem sempre ocorria. Alguns pedidos eram feitos via WhatsApp e por integrantes que não deveriam ter acesso à ferramenta. (Globo)