Cúpula militar tenta blindar Paulo Sérgio Nogueira
A atual cúpula das Forças Armadas atua para blindar o ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira na investigação sobre a trama golpista, conta Bela Megale. Já as críticas a ex-ministros da ala militar de Jair Bolsonaro, como os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, têm aumentado. Para proteger Nogueira, os militares destacam que a pasta da Defesa era de “natureza política” e que, por ser um quadro do governo, ele estaria “mais suscetível” às pressões e ordens do então presidente, tanto na eleição, quanto após a sua derrota. Para o Alto Comando, a decisão de Nogueira de deixar o Exército para assumir a Defesa foi uma “troca ruim”. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, implicou diretamente Bolsonaro e Nogueira na trama golpista. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também têm uma imagem negativa do general. (Globo)
Investigações azedam relação entre militares e PF
As investigações sobre o planejamento de um golpe para manter Jair Bolsonaro no poder azedaram as relações entre o Exército e a Polícia Federal. Monica Gugliano conta que os militares reclamam, por exemplo, de ficarem sabendo pela imprensa de detalhes do depoimento do ex-comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes. “Esses inquéritos estão sob sigilo apenas para nós”, disse um oficial. A tensão aumenta à medida que novos depoimentos comprometem mais profundamente Bolsonaro e ameaçam envolver outros militares. (Estadão)
Jair Renan vai se filiar ao PL de SC para concorrer a vereador
Após uma breve carreira como empresário, Jair Renan Bolsonaro decidiu seguir o exemplo do pai e dos irmãos e entrar para a política. Como conta Lauro Jardim, o filho Zero Quatro vai se filiar ao PL de Santa Catarina para tentar uma vaga como vereador em Balneário Camboriú nas eleições de outubro. A escolha do estado não é aleatória. Em 2022, Santa Catarina deu a Jair Bolsonaro o segundo maior percentual de votos no país, 69,27%, atrás apenas dos 70,30% do Acre. (Globo)
Braga Netto nega ter feito pressão por golpe
Um dos principais focos na investigação da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto tem negado a interlocutores que tivesse pressionado militares da ativa a aderirem ao plano, conta Jussara Soares. A PF obteve mensagens de celular nas quais Braga Netto se refere aos então comandantes do Exército, Freire Gomes, e da FAB, Baptista Júnior, como “cagão” e “traidor da pátria”, respectivamente. Os dois, segundo a PF, foram contra um golpe para anular as eleições. Braga Netto, que foi candidato a vice de Jair Bolsonaro (PL), alega que não tinha cargo no governo e que só cobrava dos colegas de farda uma resposta para concluir a transição de governo. (CNN Brasil)
Negociações para cessar-fogo em Gaza terminam sem acordo
Boicotadas pelo governo israelenses, as negociações por um cessar-fogo em Gaza, realizadas no Cairo, terminaram nesta terça-feira sem que se chegasse a um acordo. O grupo terrorista Hamas, que governa o território palestino, apresentou aos mediadores sua proposta, incluindo, além do cessar-fogo, o envio de ajuda humanitária em larga escala para Gaza e a autorização para que os moradores do norte do território, deslocados pela invasão israelense, voltem para casa. Israel boicotou o encontro no Egito por não ter resposta à exigência de que o Hamas apresentasse uma lista com os reféns tomados nos atentados de 7 de outubro, especialmente idoso, mulheres e enfermos, que seriam os primeiros a serem libertados em um eventual cessar-fogo. (Guardian)
União Brasil e PP ensaiam formar uma federação
A presença do presidente do PP, Ciro Nogueira, na convenção do União Brasil no último fim de semana foi mais um sinal da aproximação das duas legendas e dos planos para a formação de uma federação partidária. Caso se confirme, o grupamento terá a maior bancada da Câmara, com 109 deputados e a segunda maior do Senado, com 13 integrantes. Como a lei que criou as federações exige que as legendas atuem como um único partido, o acordo só seria formalizado após as eleições municipais de outubro, já que PP e União Brasil devem se enfrentar em pelo menos duas capitais: Campo Grande (MS) e Rio Branco (AC). A federação, porém, não é bem-vista por parte da cúpula do PP, que teme enfraquecimento à sombra do maior e mais rico União Brasil. (Poder360)
Milei fecha agência de notícias estatal
A agência estatal de notícias da Argentina Télam amanheceu fechada nesta segunda-feira, surpreendendo seus 700 funcionários, que, por e-mail, foram dispensados de trabalhar pelos próximos 7 dias. A agência foi cercada por grades e policiais e o site foi tirado do ar. O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, disse em coletiva de imprensa que a medida foi tomada enquanto o governo avalia os próximos passos para o fechamento definitivo da agência, prometido por Javier Milei na campanha eleitoral e anunciado na última sexta-feira, no discurso de abertura do ano legislativo. Diante de parlamentares, ele alegou que a agência era usada como “propaganda kirchnerista”. (CNN Brasil)
Hamas diz não saber quantos reféns retidos em Gaza seguem vivos
O Hamas afirmou, nesta segunda-feira, que não sabe quantos reféns capturados no ataque terrorista de 7 de outubro seguem vivos. “Não sabemos exatamente quem está vivo e quem morreu devido aos bombardeios ou pela fome”, afirmou Basem Naim, alto integrante do Hamas. “Os prisioneiros são mantidos por vários grupos, em diferentes lugares”, acrescentou no Cairo, enquanto Estados Unidos, Egito e Catar tentam mediar uma trégua na guerra. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza durante o ataque. Cerca de 130 não foram libertados e as autoridades de Israel calculam que 30 podem estar mortos. (UOL)
Barroso: Forças Armadas fizeram ‘papelão’ no TSE e foram ‘arremessados na política’
Durante aula inaugural na PUC-SP, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, classificou como “papelão” o desempenho dos militares no trabalho em conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas últimas eleições. “Foram manipulados e arremessados na política por más lideranças. Fizeram um papelão no TSE, convidados para ajudar na segurança, para dar transparência, foram induzidos por uma má liderança a ficarem levantando suspeitas falsas”, disse o ministro, sem citar nomes. Também afirmou que a e “politização das Forças Armadas” é uma das questões mais “dramáticas para a democracia”. Ao final do evento, ao ser questionado por jornalistas, disse que o cenário está “voltando ao normal, como deve ser”. (CNN Brasil)
ONU encontra evidências de que Hamas estuprou israelenses em 7 de outubro
Um relatório da ONU divulgado nesta segunda-feira afirma que há motivos para crer que houve violência sexual contra mulheres durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro a Israel, assim como há evidências de que reféns mantidas na Faixa de Gaza também foram agredidas. Uma equipe de especialistas, liderada por Pramila Patten, representante especial do secretário-geral para a violência sexual em conflitos, esteve em Israel e na Cisjordânia entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. No relatório, os especialistas afirmam ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que a violência sexual ocorreu durante a incursão do Hamas, incluindo estupro e estupro coletivo em ao menos três locais: o festival de música, a estrada 232 e o Kibutz Re’im. “Na maioria destes incidentes, as vítimas primeiro foram estupradas e depois mortas, e pelo menos dois incidentes estão relacionados com a violação de cadáveres de mulheres”, diz o texto. Há “um padrão de vítimas, a maioria mulheres, encontradas total ou parcialmente nuas, amarradas e baleadas em vários locais” e, embora as provas fossem circunstanciais, o padrão pode indicar alguma forma de violência sexual e tortura. Também há “evidências claras e convincentes” de que as reféns detidas em Gaza foram agredidas. Os especialistas não conseguiram verificar os relatos de violência sexual no Kibutz Kfar Azza e afirmaram que duas alegações do mesmo tipo no Kibutz Be’eri, amplamente divulgadas pela mídia, são “infundadas”. O relatório da ONU também registra relatos de violência sexual contra palestinas envolvendo as forças de segurança e os colonos israelenses, como tratamento cruel, desumano e degradante de presas, em buscas em domicílios e em postos de controle, com revistas corporais invasivas, ameaças de estupro e nudez forçada. (New York Times)