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Uma série de documentos confidenciais preparados por técnicos de quatro gerências e submetidos pela diretoria ao conselho da Petrobras mostram que os parâmetros estabelecidos pela própria empresa para pagar dividendos extraordinários em 2022 não foram atingidos em 2023. De acordo com tais parâmetros, nenhum investimento previsto no Plano Estratégico poderia estar em risco por falta de orçamento, a dívida bruta deveria continuar abaixo de R$ 65 bilhões e o grau de confiança no cumprimento da meta deveria ser de 90% de confiança em 24 meses. Resumo desses relatórios a apresentações acessado por Malu Gaspar afirma que essas regras não foram atingidas e que, com o pagamento de R$ 43,9 bilhões em dividendos extraordinários, o grau de confiança do Plano Estratégico cairia para 64%. Os parâmetros são do ano anterior, quando o petróleo estava em alta. Desde então, o preço do barril caiu e a previsão de investimentos subiu, elevando o nível de risco e diminuindo o de confiança. Apesar disso, os técnicos afirmaram que a situação de caixa era confortável. E deixaram claro que, como a regra de 2022 não foi formalizada nos órgãos reguladores ou perante o mercado, o conselho poderia decidir pelo pagamento. (Globo)

No próximo dia 25, São Paulo vai receber mais um ato político do bolsonarismo. Um mês depois da manifestação pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, a classe política se movimenta para dar à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro o título de cidadã paulistana em evento pomposo no Theatro Municipal. A entrega do título sempre ocorre no Palácio Anchieta, sede do Legislativo municipal. A sala de espetáculos, geralmente alugada por R$ 100 mil, foi cedida de graça pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), às vésperas do início da campanha eleitoral. Segundo justificam os autores do projeto, a mudança de endereço é necessária em função da estimativa de público: cerca de 1.200 pessoas. A oposição não gostou. O PSOL promete acionar a Justiça contra o uso gratuito do espaço. (Veja)

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta quinta-feira que autoridades “covardes” ficaram “atrás de seus gabinetes” incentivando e instigando um golpe de Estado. Agora, acrescentou, “tentam se esconder” na imunidade parlamentar, “enquanto aqueles que eles instigaram estão com penas de 12 a 17 anos”. A afirmação foi feita durante julgamento em que a Corte negou recurso de um candidato a deputado federal no Ceará contra sua condenação à inelegibilidade. Deputado estadual e ex-delegado de polícia, Francisco de Assis Cavalcante Nogueira falou em discurso sobre ganhar o pleito “na bala” e não deixar que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) perdesse “a eleição para alguns ladrões”. Para Moraes, o discurso, proferido em um palanque em 7 de setembro de 2022, é “criminoso, antidemocrático e golpista”, e é o que “gerou o dia 8 de janeiro”. “O modus operandi dessa milícia digital golpista, nos últimos cinco anos, sempre foi o mesmo. Uma fala, uma subversão, se grava, eles mesmos se gravam, a única organização criminosa que se grava para facilitar o trabalho da polícia, e depois passam nas redes. Só que isso foi muito mais além das redes”, disse Moraes, citando que o discurso do político foi noticiado nos jornais e na televisão. Nogueira foi condenado à inelegibilidade por oito anos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) por abuso de poder político, de autoridade e de comunicação. (CNN Brasil)

Um dos mais influentes políticos judeus dos Estados Unidos, o senador democrata Chuck Schumer classificou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu como “um obstáculo para a paz” e pediu a realização de eleições para tirá-lo do poder. “Ele [Netanyahu] parece ávido demais em tolerar a mortandade de civis em Gaza, o que está levando o apoio internacional a Israel a níveis historicamente baixos. Israel não sobreviverá como um pária”, afirmou Schumer. A crítica reflete o crescente descontentamento de políticos e eleitores democratas com a conduta israelense na invasão do território palestino. (New York Times)

Em carta ao embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, seis entidades judaicas protestaram contra o que classificam de “ofensiva cruel” das Forças Armadas israelenses na Faixa de Gaza e o esperado ataque à cidade de Rafah, onde estão mais de um milhão de refugiados, conta Mônica Bergamo. Os coletivos Judias e Judeus pela Democracia, Casa do Povo, Amigos Brasileiros do Paz Agora e Coletivo de Mulheres Me Dê a Mão deixam claro o repúdio aos atentados de 7 de outubro cometidos pelo Hamas em Israel, mas declaram “indignação a ofensiva cruel e violenta perpetrada pelo exército israelense em Gaza”, apontando ainda “a aparente falta de prioridade demonstrada por certos membros do gabinete Netanyahu em relação ao retorno seguro dos reféns” em poder do grupo terrorista islâmico. (Folha)

Embora sua legenda, o Partido da Liberdade, tenha sido a mais votada nas últimas eleições da Holanda, o líder populista Geert Wilders anunciou nesta quinta-feira ter desistido de ser primeiro-ministro do país, dizendo não contar com o apoio de todos os partidos da coalizão. Como o PL precisa de apoio além das outras três legendas de centro-direita e direita, as posições radicais de Wilders contra imigrantes, particularmente muçulmanos, têm dificultado as negociações. “Gostaria de ter um gabinete de direita. Menos imigração, menos asilo, povo holandês em primeiro lugar. Mas o amor por meu país e pelos eleitores é mais importante que minha própria posição”, escreveu no X. Uma das possível soluções é a formação de um gabinete minoritário. (BBC)

Deputados, senadores, ministros e governadores do União Brasil se reuniram na sede nacional do partido nesta quarta-feira e aprovaram, por 17 votos a favor, nenhum contra e 15 abstenções, a abertura de um processo que pode afastar o deputado federal Luciano Bivar da presidência da legenda. Bivar terá 72 horas para se manifestar. Os membros do partido, que tem a terceira maior bancada da Câmara, deliberaram sobre uma representação que pede o afastamento cautelar de Bivar, com “expulsão e cancelamento de filiação”. O documento inclui ameaças de morte feitas por Bivar ao presidente eleito do União Brasil, Antonio Rueda, e “indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas” dele e sua irmã, a tesoureira do partido Maria Emília Rueda, na noite de segunda-feira. Desde o início do ano, Rueda e Bivar brigam pela chefia do partido. (Metrópoles)

Para se aproximar do agronegócio, o presidente Lula fará encontros a cada 15 dias com representantes do setor na Granja do Torto, residência de veraneio da Presidência. O primeiro deve ocorrer na semana que vem, com o setor de fruticultura e produção de sucos. Além de uma reunião formal no fim da tarde, haverá churrasco à noite. O Palácio do Planalto aposta que os bons resultados do agronegócio, as ações do governo e a abertura de novos mercados no exterior vão atrair o apoio de uma parte do setor. E, em meio à queda da aprovação do governo nas pesquisas de opinião, Lula determinou a ministros e auxiliares que busquem a redução do preço do arroz, feijão, milho e trigo. (g1)

Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) retomar a discussão sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe o porte e a posse de todos os entorpecentes, incluindo maconha. A votação foi simbólica, quando não há registro nominal de votos, exceto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e dos senadores Fabiano Contarato (PT-ES), Humberto Costa (PT-CE) e Marcelo Castro (MDB-PI), que mostraram sua contrariedade. A PEC, proposta pelo presidente da Casa Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segue para o plenário, mas sem data de votação. No debate, o relator Efraim Filho (União Brasil-PB) acatou uma emenda de redação do líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), para aprimorar a diferença de usuário para traficante. O texto adicionado diz que a distinção será feita “por todas as circunstâncias fáticas do caso concreto”. (Poder360)

Às vésperas de uma eleição que vai certamente lhe conceder um novo mandato, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltou na dizer, em entrevista à TV estatal, que está pronto a usar armas nucleares em caso de “ameaça à soberania e à independência” do país. Ao mesmo tempo disse não ver necessidade do uso desse tipo de armamento na Ucrânia, invadida por tropas russas há dois anos, e chamou o colega americano Joe Biden de “um político veterano que entende perfeitamente os riscos de uma escalada armamentista”. (AP)