Trump diz que imigrantes ‘não são pessoas’ e prevê ‘banho de sangue’ se perder
Em um evento no sábado supostamente destinado a impulsionar seu candidato preferido nas primárias republicanas para o Senado de Ohio, Donald Trump fez um discurso com linguagem dura sobre imigrantes, repleto de insultos e vulgaridades. Como em sua bem-sucedida campanha de 2016, ele usou uma linguagem incendiária e desumanizadora para apresentar os imigrantes como ameaças aos americanos. Afirmou, sem provas, que outros países estavam esvaziando suas prisões de “jovens” e enviando-os através da fronteira. “Não sei se você os chama de ‘pessoas’, em alguns casos”, disse ele. “Eles não são pessoas, na minha opinião.” Mais tarde, ele se referiu aos imigrantes como “animais”. Também disse que os EUA não terão outras eleições se ele não ganhar o pleito em novembro. Ao abordar a economia dos EUA e a indústria automobilística, Trump prometeu impor tarifas sobre carros fabricados no exterior. E acrescentou: “Agora, se eu não for eleito, será um banho de sangue para todos – isso será o mínimo. Será um banho de sangue para o país.” (New York Times)
Janja assumirá frente de campanhas femininas do PT
Assim como fez Michelle Bolsonaro, a primeira-dama Janja da Silva vai assumir a linha de frente das campanhas femininas do PT nas eleições municipais. Ela, que é filiada ao PT desde a juventude, deve viajar pelo país durante a pré-campanha, ajudando em capitais e cidades-chave que tenham uma mulher como cabeça de chapa. Ela deve estar em comícios e vídeos, sozinha ou ao lado do presidente Lula. Essa participação deve ser oficializada no encontro virtual Mulheres do PT nesta terça-feira. Janja tem sido treinada para subir em palanques e falar em público. Durante a campanha de 2022, sua participação era frequente. Mais do que mulher do presidente, ela será apresentada como socióloga e ativista social. Também é esperado que seu rosto aproxime ainda mais as campanhas dos votos femininos, dos jovens e de pessoas ligadas a causas sociais. (UOL)
Chanceler brasileiro chama ação de Israel de ‘imoral’ e envio de dinheiro para ONU em Gaza
Durante visita à Cisjordânia neste domingo, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, qualificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como ilegais e imorais. “É ilegal e imoral privar as pessoas de alimentos e água. É ilegal e imoral atacar comboios humanitários e pessoas que procuram ajuda. É ilegal e imoral impedir que os doentes e feridos tenham acesso a material médico essencial. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais religiosos e sagrados, cemitérios e abrigos”, disse durante cerimônia de concessão ao presidente Lula do título de membro honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat. Vieira também considerou a ação de Israel em Gaza como uma “resposta desproporcional” aos ataques do Hamas em 7 de outubro passado. O chanceler questionou o fato de a Palestina não integrar a ONU, lembrando que a decisão sobre a existência de um Estado palestino independente foi tomada há 75 anos. Vieira iniciou em Ramala um giro por países da região, que não inclui Israel. Ele também vai passar por Arábia Saudita, Líbano e Jordânia. (CBN)
Atos e manifestações públicas reforçam suspeita de trama golpista de Bolsonaro
Ranier Bragon: “Como em praticamente toda a sua carreira iniciada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no final dos anos 80, Jair Bolsonaro (PL) acumulou em seus quatro anos na Presidência uma série de atos e manifestações públicas que colocaram no horizonte a possibilidade ou o desejo de uma ruptura institucional. É verdade que, desde a campanha de 2018, Bolsonaro já dava declarações de teor antidemocrático, como o questionamento das urnas eletrônicas sem nenhum lastro de suspeita. Essa postura de enfrentamento, amparada sempre no possível apoio militar que afirmava ter, manteve-se em todo o período, culminando nas grandiosas manifestações golpistas no 7 de Setembro de 2021. Com a aproximação das eleições de 2022, uma série de novos atos e manifestações públicas se acumularam, em alinhamento ao que, nos atuais depoimentos, Cid, Freire Gomes e Baptista Jr. apontam: a tentativa de angariar apoio popular e nas Forças Armadas para aplicar um golpe de Estado. Na primeira conversa com apoiadores após a derrota, em dezembro de 2022, chegou a afirmar que quem decidiria o futuro dele e para onde iriam as Forças Armadas eram eles”. (Folha)
Nicolás Maduro concorrerá a uma segunda reeleição na Venezuela
Nicolás Maduro concorrerá a uma segunda reeleição a presidente da Venezuela, que lhe daria outro mandato de seis anos, anunciou neste sábado o Partido Socialista. Ex-líder sindical, de 61 anos, ele foi proclamado candidato pelo vice-presidente Diosdado Cabello e subiu ao palco de uma grande arena esportiva para falar aos apoiadores. “Há apenas um resultado, a vitória do povo em 28 de julho”, disse Maduro. “Eles não foram capazes de nos impedir, nem serão capazes disso.” Pesquisas mostram que apenas 13,9% dos venezuelanos planejam votar em Maduro, enquanto Maria Corina Machado, nomeada candidata pela oposição, aparece com 54,5% das intenções de voto. Em outubro passado, no entanto, a Suprema Corte confirmou uma proibição que a impede de ocupar cargos públicos. Os candidatos têm até o próximo dia 25 para se inscreverem no pleito e não está claro se haverá um substituto para Machado. (CNN Brasil)
Depoimentos são recebidos com alívio e constrangimento pelas Forças Armadas
Os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica Marco Antônio Freire Gomes e Carlos Baptista Júnior confirmando o envolvimento de militares em na trama golpista no fim do governo de Jair Bolsonaro, foram recebidos com alívio e constrangimento pela atual cúpula das Forças Armadas. Para o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, as investigações avançam para deixar claro que as ações foram individuais e institucionais. “Cada vez mais fica comprovada minha tese de que as Forças não tinham nada a ver com isso. Eram algumas pessoas das Forças Armadas que tinham interesse nisso”, afirmou. Membros do governo e da atual cúpula militar consideram que os detalhes dos depoimentos podem representar o “começo de um fim da agonia”, afastando o clima de suspeição sobre as instituições. O atual comandante da Marinha, almirante Marco Sampaio Olsen, evita comentar a participação do antecessor Almir Garnier Santos no caso, mas admite que as Forças Armadas foram impactadas pelas investigações. “As três Forças foram impactadas com todo desdobramento desses acontecimentos, mas, no meu entendimento, as três Forças souberam se empenhar e conduzir suas atividades, de preparo e emprego da força, sem procurar se envolver nessas questões. Não cabe à Força se manifestar.” (Globo)
Premiê belga adverte Israel sobre uso da fome como ‘arma de guerra’ em Gaza
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, alertou Israel neste sábado sobre o uso da fome como “arma de guerra” na Faixa de Gaza, instando o governo de Benjamin Netanyahu a abrir mais pontos de acesso para ajuda humanitária. “Vejo hoje que há uma população muito grande em risco de fome”, disse o líder belga em Amã, na Jordânia, durante uma rápida visita ao Médio Oriente. “Cabe a Israel provar que a fome não será usada como arma de guerra.” O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e grupos de ajuda humanitária também alertaram para o risco de fome em Gaza depois de cinco meses de guerra. Já De Croo aproveitou para também instar o premiê israelense a abandonar os planos de ofensiva contra Rafah, na cidade de no sul de Gaza, onde mais de um milhão de palestinos se refugiaram. (Politico)
‘Não tenho medo, desde que juízes sejam isentos’, afirma Bolsonaro
Em seu primeiro evento público desde a divulgação, na sexta-feira, da íntegra dos depoimentos da investigação sobre uma tentativa de golpe em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não teme ser julgado. “Não tenho medo de nenhum julgamento, desde que os juízes sejam isentos”, afirmou sem fazer qualquer referência direta ao inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal. Durante o lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura do Rio de Janeiro, ele politizou as investigações contra o do deputado federal, que é alvo da Polícia Federal no caso da “Abin paralela”. “Curiosamente, quando ele (Ramagem) se lança candidato, o mundo cai na cabeça dele, assim como o mundo ainda cai na minha cabeça porque eu sou um paralelepípedo no sapato da esquerda.” (UOL)
Militares que ficaram em silêncio querem ‘confronto de versões’ com ex-comandantes
Os militares investigados pela trama golpista que mantiveram silêncio até agora pretendem fazer um “confronto de versões” em relação aos depoimentos dos ex-comandantes do Exército Freire Gomes e da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior, conta Bela Megale. Almir Garnier Santos, ex-chefe da Marinha, é um dos que deve seguir por esse caminho. Ele foi o único comandante, segundo os relatos de Freire Gomes e Baptista Junior, que concordou com o golpe proposto por Jair Bolsonaro e disse que “colocaria suas tropas à disposição”. Ele deve pedir para sua defesa marcar um novo interrogatório, a fim de apresentar sua versão. O ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira também sinalizou a aliados que deve pedir um novo interrogatório à PF para confrontar as versões apresentadas até o momento. Se os pedidos de novos depoimentos forem feitos pelos alvos, serão analisados. Mas, de acordo com investigadores, hoje não há interesse em suas declarações, pois eles já tiveram a oportunidade de falar. (Globo)
Com a presença de Bolsonaro, PL lança pré-candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio
O ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro participaram neste sábado do lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo Partido Liberal (PL). “Hoje, eu tenho uma nova missão do nosso capitão: cuidar da cidade do Rio de Janeiro. Estamos lançando a pré-candidatura à prefeitura. Vamos encerrar esse desgoverno de esquerda do Rio de Janeiro. Vamos tirar esses soldados do Lula da cúpula do Rio. Em outubro de 2024, teremos eleições para prefeito e vereadores. É extremamente importante para a vida de todos nós”, afirmou Ramagem, que, em janeiro deste ano, foi alvo de uma operação da PF que investiga a chamada Abin paralela para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas e cidadãos comuns. “Se o cidadão de bem não se interessar pela política, estamos fadados a ser governados pelo mal.” (g1)