Política

Fraude de cartão de vacina pode estar ligada à tentativa de golpe, diz PF

O relatório da Polícia Federal sobre a fraude de cartões de vacina, que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas, indica que as adulterações dos documentos nos sistemas do Ministério da Saúde podem ter sido realizadas durante o planejamento da suposta tentativa de golpe de Estado. “O presente eixo (falsificação dos cartões de vacina) pode ter sido utilizado pelo grupo para permitir que seus integrantes, após a tentativa inicial de golpe de Estado, pudessem ter à disposição os documentos necessários para cumprir eventuais requisitos legais para entrada e permanência no exterior, aguardando a conclusão dos atos relacionados à nova tentativa de golpe de Estado que eclodiu no dia 8 de janeiro de 2023”, diz o relatório. A PF acredita ter provas suficientes para indiciar o grupo no inquérito que investiga as fraudes nos sistemas do Ministério da Saúde. O processo será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), responsável por decidir se apresenta a denúncia à Justiça ou se arquiva o caso. (Metrópoles)

Bolsonaro questiona no STF ‘vazamento’ do indiciamento e pede acesso aos autos

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer o "vazamento" do indiciamento dele e de outras 16 pessoas por fraude em cartões de vacinação. Os advogados alegam que tomaram conhecimento do indiciamento pela imprensa, às 8h desta terça-feira, e que, ao se dirigirem ao Setor de Processos Originários Criminais, às 13h30, foram informados que o cartório ainda não havia tomado ciência do despacho, não podendo conceder as cópias solicitadas. Para Fabio Wajngarten, um dos advogados, o indiciamento é uma perseguição política porque todos sabem “a opinião pessoal do presidente Jair Bolsonaro quanto ao tema da vacinação” e “enquanto exercia o cargo de presidente, ele estava completamente dispensado de apresentar qualquer tipo de certificado nas suas viagens”. Segundo a Polícia Federal, os cartões falsos foram emitidos no fim do governo, antes de ele embarcar para os Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022. (CNN Brasil)

Exército veta promoção de Mauro Cid a coronel

O comandante do Exército, general Tomas Paiva, vetou a promoção do tenente-coronel Mauro Cid ao posto de coronel por tempo de serviço, prevista para acontecer este ano. Além de estar sem função, embora continue nos quadros do Exército, Cid responde a oito inquéritos do STF e foi indiciado pela PF no caso da falsificação dos dados de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem era ajudante de ordens. Pelas regras das Forças Armadas, ele só ficaria impedido de receber a promoção caso se tornasse réu em processo, o que ainda não aconteceu. Porém, a avaliação na caserna é que a passagem dele a coronel em meio às investigações seria prejudicial à imagem do Exército. (Globo)

Planejador do 7 de outubro foi morto, dizem EUA

Os Estados Unidos informaram nesta terça-feira que Marwan Issa, vice-comandante militar do Hamas em Gaza e um dos principais planejadores dos atentados de 7 de outubro, foi morto por forças israelenses na semana passada. Embora nem o Hamas nem Israel tenham confirmado a informação, fontes indicam que Tel Aviv já suspeitava que Issa estivesse entre os militantes mortos no bombardeio a um túnel usado pelo grupo extremista islâmico. Segundo analistas, a ação mostra que a inteligência israelense tem fontes nos altos escalões do Hamas. “Israel precisaria saber onde Issa estava se escondendo e quanto tempo ele ficaria ali, para que o gabinete de guerra aprovasse a operação e os militares a executassem, além de se certificar que reféns não estivessem sendo usados como escudos humanos”, disse o analista Avi Melamed, ex-agente de inteligência israelense. (Guardian)

Braga Netto pediu a Cid dinheiro para ‘kids pretos’

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa da Jair Bolsonaro (PL) em 2023, pediu ao tenente-coronel Mauro Cid que levantasse com o PL dinheiro para bancar a ida a Brasília dos chamados “kids pretos”, apelido de uma tropa de elite do Exército, a fim de participarem de manifestações bolsonaristas. Como conta Malu Gaspar, a informação foi dada pelo próprio Cid após a Polícia Federal encontrar em seu celular uma mensagem em que ele oferece ao major Rafael Martins de Oliveira auxílio de R$ 100 mil para a viagem. Para a PF, essa uma importante prova da ligação entre o movimento golpista de Bolsonaro e seu entorno e a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. (Globo)

Bolsonaro é indiciado por fraude em carteira de vacinação

A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira o ex-presidente Jair Bolsonaro por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público, revela Daniela Lima. O caso se refere à falsificação de certificados de vacinação contra a covid-19 para ele, a filha Laura e outras pessoas, a fim de que pudessem entrar nos Estados Unidos. Foram indiciadas outras 16 pessoas, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, que admitiu ter organizado a fraude e, em depoimento, afirmou que a ordem partiu do próprio Bolsonaro. De acordo com a PF, o então ajudante de ordens encaminhou os dados falsos ao ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros que os repassou a João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), e responsável por inserir as informações no sistema do SUS. Os certificados, relatou Cid, foram impressos no Palácio da Alvorada e entregues em mãos ao ex-presidente. Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, classificou o indiciamento como “lamentável” e “absurdo” e disse não ter tido acesso ao inquérito, que vê como “perseguição política e tentativa de esvaziar o enorme capital político que só vem crescendo”. O inquérito da PF vai ser agora analisado pelo Ministério Público, a quem cabe transformar ou não o indiciamento em denúncia. (g1)

Análise sobre total de mortos divulgado pelo Hamas questiona veracidade dos números

Para ler com calma. Uma análise dos números divulgados pelo Hamas indica que o total de mais de 30 mil mortos em Gaza divulgado pelo grupo terrorista palestino pode ser falso. Entre as “anomalias” apontadas está a linearidade das informações divulgadas. “Seria de se esperar um pouco de variação dia a dia. Na verdade, a contagem diária de vítimas relatada durante este período é em média de 270, com variação de 15% para mais ou para menos. Esta é uma variação surpreendentemente pequena. Deve haver dias com o dobro ou mais da média e outros com metade ou menos.” (Tablet)

Lula diz a ministros que é hora de colher em vez de criar novos programas

Na primeira reunião de 2024, o presidente Lula deu um recado direto a seus ministros: é hora de colher e não de criar novos programas. “O presidente pediu que cada ministro procure revisitar tudo o que lançou. Ele não quer ver anunciando novos programas, novas ações, mas concretizar o que foi lançado. Já tem um portfólio robusto. Os resultados do governo e da economia têm que ser agregados em indicadores que sejam compreendidos pela população”, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, após o encontro, que durou pouco mais de quatro horas. Sob pressão pela queda de popularidade registrada em diferentes pesquisas, o presidente cobrou dos ministros que viajem mais e divulguem as realizações do governo. O ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, minimizou eventuais problemas na área e afirmou que o governo vai investir mais na segmentação por meio das redes sociais. Lula também pediu que as eleições municipais sejam deixadas em segundo plano e se queixou dos números da dengue. Também disse que é preciso fazer os recursos renderem, possibilitando que as ações que estão no Orçamento sejam entregues. (Globo)

Trump diz não ter como pagar fiança de mais de US$ 450 milhões

O ex-presidente americano Donald Trump afirmou a um tribunal de apelações de Nova York que não terá como arrecadar US$ 454 milhões para pagar de fiança por ter fraudado a contabilidade de suas empresas. Os advogados de Trump disseram que ele abordou sem sucesso 30 empresas para levantar o valor, que tem de ser quitado até o fim deste mês. “O valor da sentença, com juros, excede US$ 464 milhões, e muito poucas empresas de garantias considerarão um título de qualquer valor que se aproxime dessa magnitude”, escreveram os advogados de Trump. O republicano foi condenado a pagar US$ 454 milhões, o restante se refere a seus filhos Don Jr. e Eric. Os advogados pediram à Justiça que adie o pagamento da fiança até que a apelação termine, argumentando que o valor das propriedades de Trump excede em muito o valor da sentença. (CNN)

Flávio Dino vai relatar recurso de Bolsonaro contra multa imposta pelo TSE

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator do recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela coligação Pelo Bem do Brasil contra uma condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impôs multa de R$ 70 mil a ambos por impulsionamento de publicações na internet com críticas ao então candidato Lula durante a campanha de 2022. Dino integrou o governo Lula no primeiro ano de gestão, quando chefiou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele deixou o posto em janeiro, assumindo no mês seguinte a vaga no STF. Pela norma do TSE, o impulsionamento só é permitido para promoção própria, sendo proibido para atacar adversários. A multa corresponde ao dobro do valor gasto para o impulsionamento do conteúdo, que foi de R$ 35 mil. A defesa de Bolsonaro e da coligação considera o valor desproporcional ao dano causado e, por isso, defende sua revisão. (g1)