Após homologação de delação premiada, defesa de Ronnie Lessa abandona o caso
A defesa de Ronnie Lessa anunciou nesta quarta-feira que está deixando o caso. A decisão ocorre no dia seguinte à homologação da delação premiada do ex-policial militar pelo Supremo Tribunal Federal nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Os advogados Fernando Santana e Bruno Castro representavam Lessa em 12 processos. “Por ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores”, afirmam em nota. “Desde o primeiro contato, deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado.” Acusado de ser um dos executores do crime, Lessa está preso desde 2019. (g1)
Coletiva de Lewandowski incomoda viúva de Mairelle
Ao saber que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, convocara uma coletiva para falar do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, Monica Benício acreditou que o mandante da morte de sua esposa seria finalmente revelado. Mas se irritou ao ver que o ministro apenas anunciou a homologação pelo STF da delação do autor do crime, o ex-PM Ronnie Lessa. “Esse pronunciamento do ministro em nada colabora com a esperança, apenas aumenta as especulações e uma disputa de protagonismo público que não honram as duas pessoas assassinadas”, escreveu Monica em redes sociais. Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, defendeu o colega. “O anúncio do ministro Lewandowski a partir do diálogo com o ministro Alexandre de Moraes é uma demonstração ao Brasil de que as instituições de Justiça seguem comprometidas com a resolução do caso”, disse. (Folha)
Mercado financeiro vê Lula de forma negativa, mas aprova Haddad
A avaliação negativa do governo Lula entre o mercado financeiro disparou entre novembro do ano passado e março, conforme indica pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. A parcela de agentes desse setor – economistas, gestores, traders etc. – que vê o governo de forma saltou de 52% para 64%, enquanto a avaliação positiva recuou de 9% para 6%. A opinião “regular” também caiu, de 39% para 30%. Já a avaliação positiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, subiu de 43% para 50%, com a negativa despencando de 24% para 12%. Apesar disso, 71% dos agentes do mercado ouvidos avaliam que a economia está “na direção errada”, 99% duvidam que a meta de déficit zero em 2024 será cumprida. (UOL)
Suíça determina devolução ao Brasil de US$ 16,3 milhões de Maluf
A Justiça suíça determinou a repatriação para o Brasil US$ 16,3 milhões (cerca de R$ 80 milhões) que estavam em contas ligadas ao ex-deputado federal Paulo Maluf. De acordo com a Advocacia-Geral da União, a decisão, tomada pela Suprema Corte da Suíça, é definitiva e deve ser executada em breve. A repatriação diz respeito ao caso em que Maluf foi condenado a sete anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, em 2017, por lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Maluf atuou na lavagem de dinheiro que foi desviado de obras públicas e fez remessas ilegais ao exterior. (Globo)
PF aguarda informações dos EUA para saber se Bolsonaro usou falso certificado
A Polícia Federal aguarda informações do governo americano para determinar se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados utilizaram certificados falsos de vacinação contra covid-19 para entrar no país. Em caso de resposta afirmativa, podem ser identificadas “novas condutas ilícitas”. O Brasil firmou um acordo de auxílio jurídico com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para esclarecer os fatos, já que Bolsonaro e outros investigados viajaram ao país em 30 de dezembro de 2022, penúltimo dia de seu governo. Na época, os EUA exigiam a comprovação de vacinação para ingresso no país. (Globo)
Caso Marielle: Lewandowski anuncia homologação de delação de Ronnie Lessa
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira a homologação pelo Supremo Tribunal Federal da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes há seis anos. Ao homologar, a Justiça reconhece que o depoimento atende os critérios para redução da pena. Preso, Lessa é acusado de ser um dos executores do crime. “Nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que em breve teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, afirmou o ministro. Na semana passada, as investigações do caso passaram para o STF devido ao foro privilegiado de um dos investigados, cujo nome não foi revelado. (g1)
Mesmo afastado e preso, Mauro Cid recebeu nota máxima de chefe no Exército
Apesar de ter ficado afastado do Exército e preso por quatro meses, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), recebeu de seu chefe nota máxima por seu desempenho profissional em 2023, que é um dos critérios para promoções ao longo da carreira. De fevereiro a maio do ano passado, ele esteve no Comando de Operações Terrestres do Exército, após o comandante do Exército, general Tomás Paiva, atender a pedidos do presidente Lula e anular a nomeação do tenente-coronel para o comando de um batalhão de elite em Goiânia (GO). À época, o Comando de Operações Terrestres era liderado pelo general Estevam Theophilo, um dos alvos da Polícia Federal na investigação sobre a suposta trama golpista. Já o chefe direto de Cid era o general Alexandre Oliveira Cantanhede Lago. Fontes disseram que a nota se refere apenas ao desempenho do militar no período em que ele atuou de fato, não contando o tempo em que esteve preso ou afastado do cargo. A nota máxima recebida, 6, permite que ele concorra ao posto de coronel em abril. O Exército, no entanto, já decidiu que não vai promove-lo. (Folha)
Frente à queda de popularidade, Lula é aconselhado a ‘aliviar’ a polarização
Enfrentando uma crise de popularidade, o presidente Lula foi aconselhado por interlocutores a voltar as atenções para a gestão e “aliviar” a polarização com Jair Bolsonaro (PL), conta Clarissa Oliveira. A comunicação do governo foi um dos principais pontos da primeira reunião ministerial do ano, realizada na segunda-feira. Nos bastidores, a avaliação é que o encontro serviu como um “freio de arrumação”. Embora as atenções tenham se voltado para a atuação dos ministros, aliados de Lula veem no chefe parte da responsabilidade por esse cenário, devido a críticas constantes a Bolsonaro, contribuindo para o clima de acirramento político. Isso tem dificultado o governo a levar ao conhecimento da população suas principais realizações. (CNN Brasil)
Moraes dá 15 dias à PGR para decidir se denuncia ou não Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes estipulou prazo de 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o relatório em que a Polícia Federal indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas investigados por fraude na carteira de vacinação do ex-chefe do Executivo. O prazo consta do despacho desta terça-feira em que Moraes levantou o sigilo do documento de 231 páginas sobre as conclusões da Operação Verine, detalhando o suposto esquema que beneficiou o ex-presidente, sua filha Laura e aliados. Com o relatório final do inquérito, o caso segue para o Ministério Público Federal, a quem cabe analisar se oferece denúncia formal à Justiça para abertura de ação penal. O parecer deve ser dado pelo procurador-geral da República Paulo Gonet. (Estadão)