Política

Lewandowski diz que investigações do caso Meirelle estão encerradas ‘por ora’

Em entrevista coletiva no início da tarde, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que as investigações da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, estão encerradas “por ora”, embora fatos novos possam ser apresentados futuramente. “A polícia em suas investigações identificou os mandantes e demais envolvidos nesta questão, é claro que podem surgir novos elementos, mas neste momento os trabalhos foram dados como encerrados”, declarou. O ministro exaltou ainda o trabalho da PF e do STF no caso. “É uma vitória do Estado brasileiro e das forças de segurança do país e aqui é preciso exaltar o grande relevante papel da PF. […] É importante também ressaltar o excelente trabalho e rapidez do ministro Alexandre de Moraes”, disse. (Poder360)

‘Estamos mais perto da justiça’, diz Anielle Franco

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), usou as redes sociais para comentar a prisão dos suspeitos de mandar matar sua irmã Marielle. “Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! (...) Estamos mais perto da Justiça!”, escreveu no X. Já a mãe delas, Marinete Franco, reagiu com surpresa ao envolvimento de Rivaldo Barbosa no caso. “A minha filha confiava nele e no trabalho dele. E ele falou que era questão de honra elucidar [o crime]”, disse. Monica Benicio, viúva de Marielle e também vereadora pelo PSOL carioca, lembrou que o ex-chefe da Polícia Civil foi a primeira autoridade a receber a família após o assassinato. “Hoje saber que o homem que nos abraçou e prestou solidariedade tem envolvimento nesse mando é para nós entender que a Polícia Civil não foi só negligente, mas foi também cúmplice desse processo”, afirmou. (CNN Brasil e g1)

União Brasil vai expulsar Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle

O comando do União Brasil já decidiu expulsar o deputado Chiquinho Brazão (RJ), preso neste domingo com o irmão Domingos sob a acusação de terem mandado matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Segundo o ex-prefeito de Salvador ACM Netto, vice-presidente da legenda, a medida será sacramentada nesta terça-feira, durante reunião da Executiva Nacional, conta Tales Faria. Em nota, o presidente o partido, Antonio Rueda confirmou a reunião e disse que Brazão, embora ainda fizesse parte do União Brasil, “já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar”. (UOL)

PF prende suspeitos de mandar matar Marielle

Mais de seis anos depois do crime, a Polícia Federal prendeu na manhã deste domingo dois acusados de encomendarem o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), em 14 de março de 2018 – o motorista dela, Anderson Gomes, também morreu no atentado. Os presos são os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil, denunciados pelo ex-PM Ronnie Lessa, autor confesso dos crimes. Além deles, a PF prendeu o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, que tomou posse no cargo na véspera do crime e, segundo a PF, teria prometido impunidade aos irmãos e dificultado as investigações. As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para onde o caso subiu por Chiquinho Brazão ter foro especial. Os agentes federais assumiram o inquérito em fevereiro do ano passado. (g1)

Bolsonaro e Michelle processam Lula sobre móveis do Alvorada

Jair e Michelle Bolsonaro entraram com uma ação judicial na sexta-feira contra o presidente Lula pedindo uma indenização de R$ 20 mil devido às declarações deste no ano passado sobre o suposto desaparecimento de mobília do Palácio da Alvorada ao fim do governo Bolsonaro. Segundo Lula, não havia “nenhum tipo de controle” na gestão do antecessor. Na semana passada, porém, a Comissão de Inventário Anual da Presidência da República localizou todos os 261 itens dados como desaparecidos. (CNN Brasil)

PF avalia que eventual anulação da delação de Cid não afeta investigações

Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) anule o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, as investigações dos crimes a ele associados não será prejudicada, avalia a Polícia Federal. Como conta Aguirre Talento, os agentes afirmam que as informações passadas pelo antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro já foram corroboradas por diálogos encontrados em telefones celulares apreendidos e por depoimentos de outras testemunhas, como os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica. Os policiais dizem ainda que mesmo os depoimentos de Cid seguem válidos, já que ele teria provocado a eventual anulação do acordo. Na sexta-feira, o tenente-coronel foi preso por obstrução de Justiça por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes após prestar depoimento. Em gravações obtidas pela Veja, Cid disse ter sido coagido pela PF e fez críticas a Moraes. Já no depoimento, ele negou a coação de disse não se lembrar da pessoa para quem encaminhou o áudio vazado. (UOL)

Ucrânia reage à tentativa russa de associá-la atentado em Moscou

O governo da Ucrânia classificou como “absurda” a tentativa da Rússia de associar o país ao atentado que deixou 133 mortos em uma casa de espetáculos nos arredores de Moscou na sexta-feira. Primeiro, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que quatro suspeitos do ataque foram presos quando tentavam “fugir para a Ucrânia”. Mais tarde, um dos mais importante canais de TV da Rússia, a NTV, veiculou um vídeo falso, alterado com uso de inteligência artificial, no qual Oleksiy Danilov, um alto oficial da área de segurança ucraniana “dizia”: “Ontem foi um dia divertido em Moscou. Quero acreditar que vamos proporcionais mais diversão como essa.” O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, condenado pelos dos EUA e pela União Europeia. Segundo testemunhas, homens vestindo roupas camufladas entraram no Crocus City Hall, onde acontecia um show do grupo Picnic, atiraram contra a multidão e lançaram granadas, provocando um incêndio que só foi controlado neste sábado. O governo americano disse ter alertado a Rússia no início do mês para o risco de ataques de fundamentalistas islâmicos. (CNN)

‘No mundo polarizado, só economia não ganha eleição’, diz Simone Tebet

Os bons indicadores econômicos do governo contam com a participação de Simone Tebet, que está à frente do Ministério do Planejamento. Mas, em um momento em que as pesquisas de opinião mostram queda na popularidade presidencial e de muita polarização, ela destaca, em entrevista à Veja, que os bons números da economia não são suficientes para definir quem governará o país a partir de janeiro de 2027. A pauta de costumes também será em conta na escolha dos eleitores. “A economia não ganha eleição nessa polarização. Sem economia não há reeleição, mas só ela não é suficiente. Há um elemento novo, a pauta de costumes. Isso deve ser levado em conta”, afirma. (Veja)

Estado Islâmico assume autoria do atentado em Moscou

O primeiro ataque terrorista em Moscou desde que Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, foi reivindicado pelo Estado Islâmico em um canal do Telegram. O atentado a tiros, envolvendo pelo menos três homens, é o maior do tipo na capital da Rússia em 11 anos, matando 40 pessoas e ferindo outras 146. O total de vítimas ainda pode mudar. Segundo os canais de emergência da prefeitura, houve tiros e ao menos duas explosões em torno da sala de espetáculos Crocus City Hall, que fica ao lado de um shopping. A banda de rock da era soviética Piknik tocava no local, que tem 6.200 lugares e vendeu todos os ingressos. Em Kiev, o assessor presidencial Mikhailo Podoliak negou qualquer envolvimento da Ucrânia no ataque. Algumas horas antes da ação terrorista, o Serviço Federal de Segurança, o sucessor da KGB soviética, afirmou que havia um alerta de atentado após o que chamou de um ataque desbaratado contra uma sinagoga moscovita pelo mesmo grupo. Há duas semanas, os Estados Unidos alertaram que um ataque terrorista em Moscou era “iminente”. Nesta sexta-feira, a chancelaria russa cobrou informações sobre a hipótese. (Folha)

Ataque terrorista mata ao menos 40 e fere 100 nos arredores de Moscou

Ao menos três homens armados abriram fogo nesta sexta-feira na sala de espetáculos Crocus City Hall, na região de Moscou, segundo as agências estatais russas TASS e RIA Novosti. Ao menos 40 pessoas morreram e 100 ficaram feridas no ataque terrorista. “Pessoas camufladas, pelo menos três, invadiram o andar térreo do Crocus City Hall e abriram fogo com armas automáticas”, informou a RIA Novosti, citando seu correspondente no local. Segundo a agência, os três homens “jogaram uma granada ou uma bomba incendiária” na sala de espetáculos. Cerca de 100 pessoas foram evacuadas do prédio pelos bombeiros, informou a TASS. Uma parte do teto do local desabou. Mais de 50 equipes de ambulâncias foram enviadas para fornecer cuidados médicos às vítimas. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, classificou o incidente como uma “terrível tragédia”. Ele cancelou todos os eventos públicos que ocorreriam neste fim de semana na capital russa. (CNN)