Datafolha: reprovação do trabalho do STF cai de 38% para 28%
A reprovação do trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) caiu dez pontos percentuais de dezembro para março, passando de 38% para 28%, o segundo menor nível desde que o Datafolha passou a aferir a avaliação dos 11 ministros. Já a aprovação segue estável, passando de 27% para 29%. Por outro lado, o total dos que consideram a atuação da corte regular saltou de 31% para 40%. Entre os que se dizem simpatizantes do PT, 49% consideram o trabalho do Supremo ótimo ou bom. Por outro lado, entre os apoiadores de Bolsonaro, 65% reprovam as ações da Corte. (Folha)
Governo Lula rompe silêncio e afirma preocupação com eleição na Venezuela
O governo brasileiro mudou de tom em relação à Venezuela e afirmou que acompanha com “expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral”, acrescentando que a candidata da oposição pela Plataforma Unitária, Corina Yoris, “foi impedida de registrar-se” para o pleito, previsto para 28 de julho. Em nota, o Itamaraty disse que o impedimento “não é compatível com os acordos de Barbados” e “não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”. A impossibilidade de registro de Yoris ocorreu após seu nome ter sido indicado por María Corina Machado, que era a favorita da oposição, mas não pôde concorrer por ter sido declarada inelegível por 15 anos. Apesar de Yoris não ter conseguido se inscrever, Miguel Rosales, governador de Zulia e integrante da Plataforma Unitária, conseguiu no último minuto e disputará a eleição contra Nicolás Maduro. O comunicado indica que o nível de preocupação do governo com a Venezuela aumentou. Até o fim da semana passada, a diplomacia brasileira demonstrava otimismo e foi criticada por não ter condenado as prisões de funcionários de María Corina, como outros países da região fizeram, na semana passada. (Globo)
Relator apresenta parecer favorável à prisão do deputado Chiquinho Brazão
O deputado Darci de Matos (PSD-SC) concluiu nesta terça-feira relatório em que defende a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). O documento foi protocolado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que vai analisar o parecer ainda nesta terça-feira. Para ser aprovado na CCJ, o relatório precisa dos votos favoráveis da maioria dos presentes na sessão. Na sequência, o caso será analisado pelo plenário da Câmara dos Deputados. (g1)
Justiça britânica suspende a extradição de Assange
Julian Assange, criador do Wikileaks, conseguiu afastar, pelo menos temporariamente, o risco de ser extraditado do Reino Unido para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem por divulgar segredos militares do país. A Alta Corde de Londres suspendeu a extradição, determinada em abril de 2022, e deu três semanas para que o governo americano apresente garantias de respeitará os direitos de Assange à proteção da Primeira Emenda e de que ele não é passível de receber a pena de morte. Se a resposta não for considerada satisfatória, ele terá direito, em maior, a uma nova apelação da extradição. A defesa de Assange, que é cidadão australiano, afirma que ele sofre perseguição política, que não terá um julgamento justo nos EUA e que seu processo fere a liberdade de expressão. (CNN)
Israel retira representantes de negociação de paz no Catar
Um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU aprovar uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, o governo de Israel retirou seus representantes das negociações de paz que acontecem no Catar. Tel Aviv alega que o Hamas, que governa o território e realizou os atentados terroristas de 7 de outubro, “não está interessado em negociar”, após o grupo islâmico rejeitar sua mais recente proposta e exigir a saída das tropas israelenses de Gaza durante o cessar-fogo. Segundo o ministro do Exterior israelense, Israel Katz, a votação na ONU foi um recado para que o Hamas “não se apresse” e aguarde a pressão internacional sobre Israel. (Guardian)
Relatório da PF sobre morte de Marielle tem lacunas
Embora tenha servido de base para prender os suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), o relatório da Polícia Federal sobre o caso tem lacunas sérias, e os agentes admitem no próprio texto a dificuldade em encontrar uma “prova cabal”. Por exemplo, em sua delação premiada, o ex-PM Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle e do motorista Anderson Gomes, descreve três encontros com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, supostos mandantes do crime. Mas a PF não conseguiu produzir provas que corroborem a informação. Também não há um elo claro entre os irmãos e o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, que teria planejado o atentado e dificultado as investigações. Presos, Domingos, Chiquinho e Barbosa negam envolvimento com o crime. (Folha)
PF vê Braga Netto como ‘influenciador’ de golpe e responsável por ‘kids pretos’
A Polícia Federal investiga a participação do general Walter Braga Netto na preparação para enviar a Brasília militares com treinamento de forças especiais após a eleição de 2022, mostram documentos acessados pela Reuters. A investigação, também confirmada por duas fontes que acompanham o inquérito, aponta que o ex-ministro da Casa Civil e companheiro de chapa de Jair Bolsonaro na eleição de 2022, teria participado ativa e decisivamente da preparação para uma tentativa de golpe. “Braga Netto atuava como um incentivador e influenciador dentre os demais comandantes do Exército. E há suspeitas de que ele buscava meios para financiar os acampamentos”, disse a fonte, fazendo referência aos acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis do Exército. A Reuters tentou contato com o advogado de Braga Netto, mas não obteve resposta. Teria ocorrido na casa do general, em 12 de novembro de 2022, a primeira conversa sobre como levantar fundos para levar Brasília 1os chamados “kids pretos”. (Reuters e UOL)
Itamaraty convoca embaixador da Hungria para explicar hospedagem de Bolsonaro
O embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, foi convocado pelo Itamaraty para explicar a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na missão diplomática do país dias após a Polícia Federal ter apreendido o passaporte do ex-presidente. Chamar o chefe de uma missão a prestar esclarecimentos na sede da chancelaria é uma demonstração de contrariedade do país anfitrião. A reprimenda foi transmitida pela secretária de Europa e América do Norte do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Luisa Escorel de Moraes. Durante cerca de 20 minutos, Halmai permaneceu no Itamaraty, ouviu as queixas da diplomata, mas não se manifestou. Interlocutores do presidente Lula disseram que o governo recebeu com estarrecimento a notícia sobre os dois dias em que Bolsonaro ficou na embaixada revelada pelo jornal The New York Times, pois o embaixador da Hungria não recebeu apenas um adversário político da atual gestão, mas um alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal. O gesto, dizem as fontes, foi lido como uma interferência do governo da Hungria, liderado por Viktor Orbán, em assuntos internos do Brasil. (Folha)
Caiado admite que quer disputar a presidência em 2026 e defende anistia pelo 8/1
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) é citado como pré-candidato à Presidência da República por integrantes de seu partido. Em entrevista à Folha, ele admite que vai trabalhar para viabilizar seu nome na corrida presidencial em 2026. “O desejo sempre existiu, nunca neguei. Até porque fui o candidato mais novo da história do país, com 39 anos de idade, em 1989, não é nenhuma surpresa”, diz. E contar com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), inelegível por oito anos e de quem voltou a se aproximar após afastamento durante a pandemia, é essencial. “Se realmente ele tiver condições de ser candidato, é indiscutível a liderança que ele exerce para poder ser candidato. Ora, não sendo ele, a minha trajetória de vida é exatamente no mesmo eleitorado do presidente Bolsonaro”, afirma o governador, que defende a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro como forma de pacificar o país. (Folha)
Corte reduz multa de Trump a R$ 175 milhões e estende prazo de pagamento
Um tribunal de apelação de Nova York concedeu ao ex-presidente americano Donald Trump mais 10 dias para pagamento da multa no caso de fraude contábil, enquanto apela da sentença. Além disso, a corte reduziu o valor de US$ 464 milhões para US$ 175 milhões. A decisão é uma vitória para Trump e afasta a possibilidade de a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, confiscar ativos do ex-presidente para executar a sentença. Trump estava tendo problemas para encontrar recursos para pagar o montante, cujo prazo terminava nesta segunda-feira. (CNN)