Meio

Alvo constante de “fogo amigo” no PT, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNN Brasil que, quando assumiu o comanda da pasta, foi feito um “bolão” no partido sobre o tempo que ele permaneceria no cargo. “Deve ter tido na Faria Lima também. Gostaria que o Brasil estivesse em outra situação, de menos oposição e mais união e reconstrução”, disse. Haddad disse que seu “sonho” era ser ministro da Fazenda e que, no curto prazo, quer fazer seus projetos avançarem, desde que continue sendo útil ao presidente Lula. Questionado se tinha saudades de fazer campanha política e se ainda sonhava com a Presidência da República, desconversou. “Tenho saudade de tocar violão, ler mais, ficar com meus filhos, mas foi a tarefa que assumi a convite do presidente”, disse. “Sonhar com a Presidência não faz bem à saúde.” (CNN Brasil)

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) classificou como ilógica a sugestão de que o ex-presidente fosse pedir asilo político ou tentar fugir do país quando decidiu passar duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro. “Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do Peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, afirmam os advogados em manifestação enviada nesta quarta-feira ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O documento também destaca o alinhamento político de Bolsonaro com a Hungria. “Manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador.” A defesa também argumentou que as conclusões tiradas após a revelação da estadia pelo jornal The New York Times são “equivocadas”. Fábio Wajngarten queria explicar pessoalmente a Moraes para “elucidar, por completo, toda e qualquer especulação fantasiosa sobre o tema”. Mas, como a Corte está em recesso nesta quarta-feira, dia em que se encerrava o prazo para as explicações, a petição com os esclarecimentos foi protocolada de forma online. (UOL)

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, defenderam nesta quarta-feira a ampliação da cooperação militar para que, juntos, atuem na manutenção da paz mundial. Macron afirmou que Brasil e França devem fortalecer seu poderio militar para não serem “lacaios de outros” países. “As grandes potencias pacíficas, como a França e o Brasil, devem reconhecer que, neste mundo cada vez mais desorganizado, temos que ser capazes de fazer uso de falar da firmeza e da força. Somos as potências que não querem ser os lacaios de outros. Temos que saber defender com credibilidade a ordem internacional”, disse Macron, no Complexo Naval de Itaguaí (RJ), durante o batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero, que integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), integrando um acordo de parceria estratégica com a França. Lula defendeu a ampliação da cooperação internacional militar para ajudar o Brasil a “conquistar maior autonomia estratégica diante os múltiplos desafios que a humanidade se depara nesse século 21”. (Folha)

Apresentado pela bancada do PSOL, o pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Segundo o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), o processo chegou ao colegiado nesta quarta-feira e deve começar a ser analisado na segunda semana de abril. “Como a semana que vem está prejudicada pelo prazo das filiações partidárias, os membros do conselho não estarão em Brasília. Então, a reunião será feita na semana seguinte. Para instaurar o processo e o sorteio do relator", disse. Lomanto Júnior afirmou que a matéria seguirá o trâmite normal, como todas as outras representações que são analisadas pelo colegiado. “Mas, obviamente, por envolver prisão de parlamentar tem que ter uma atenção maior.” (Folha)

Acusados de encomendar a morte de Marielle Franco, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram transferidos na manhã desta quarta-feira da Papuda, no Distrito Federal, para dois presídios federais diferentes. O primeiro, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, vai para a penitenciária de Porto Velho (RO), Chiquinho, deputado recém-expulso do União Brasil, está sendo levado para Campo Grande (MS). O motivo da transferência não foi divulgado. (UOL)

Que petistas e bolsonaristas divergem não é novidade. Mas pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira mostrou a extensão dessas diferenças. Talvez pelo partido estar hoje no governo, os eleitores declarados do PT confiam mais na presidência da República (88%), enquanto 65% dos apoiadores de Jair Bolsonaro dizem não confiar. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem a confiança de 79% dos petistas e a desconfiança de 67% dos bolsonaristas. Os dois grupos só mostram um pensamento uniforme no grau de confiança nas Forças Armadas (79% entre petistas e 71% entre bolsonaristas), nas grandes empresas (79% e 75%) e nas redes sociais (54% e 50%). (Folha)

O presidente Lula e seu colega francês, Emmanuel Macron, lançaram nesta terça-feira um plano de arrecadação de mais de R$ 5 bilhões (€ 1 bilhão) em investimentos públicos e privados em projetos de economia sustentável na Amazônia brasileira e na Guiana Francesa. “Esse plano pode e deve ser compatível com um objetivo de aumento da capacidade de sequestro de CO2 das florestas, da redução das emissões de CO2 no setor florestal e da proteção e do manejo sustentável da biodiversidade”, segundo nota da Presidência brasileira. Macron, que se encontrou com Lula ontem em Belém (PA), fica no país até amanhã. Na cidade que sediará em novembro de 2025 a COP30, os dois visitaram comunidades ribeirinhas da Ilha do Combú e participaram de uma cerimônia com lideranças indígenas em homenagem ao Cacique Raoni. (Globo)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) consideram pouco provável que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes determine a prisão preventiva do ex-presidente devido ao temor de fuga provocado pelas duas noites que ele passou na Embaixada da Hungria em Brasília em fevereiro. No entanto, acreditam que o magistrado pode optar por uma tornozeleira eletrônica como medida cautelar. Advogados criminalistas admitem que há essa possibilidade, assim como a de proibição de contato ou visita a embaixadas e dever de comparecimento periódico em juízo. (CNN Brasil)

Após a leitura do relatório de Darci de Matos (PSD-SC) favorável à prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte (Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP) pediram mais tempo para analisar o documento. Com isso, a votação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que estava prevista para esta terça-feira, foi adiada. Enquanto isso, Brazão segue preso. O pedido de vista tem prazo de duas sessões do plenário da Câmara e deve ocorrer apenas em 9 ou 10 de abril. Mas, na tentativa de acelerar a análise, deputados governistas lembram que a comissão tem 72 horas, a partir da chegada do comunicado da prisão à Câmara, para dar seu parecer e enviar ao plenário. O comunicado chegou na segunda-feira, às 13h44. Eles vão pedir ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para usar de sua prerrogativa de levar o caso diretamente ao plenário, o que poderia ocorrer nesta quinta-feira. (g1)