Meio

O presidente Lula avaliou como “grave” o veto da Venezuela à candidatura da opositora Corina Yoris e disse que não há justificativa política ou jurídica para proibir um adversário de disputar as eleições. “É grave que uma candidata não tenha podido ser registrada. Ela não foi proibida pela Justiça”, disse. Yoris foi indicada pela principal líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, inabilitada a cargos públicos por 15 anos. O presidente também fez uma comparação com a situação que viveu em 2018, quando, no âmbito da Lava Jato, foi preso e proibido de concorrer por decisão da Justiça Eleitoral, mas pôde designar Fernando Haddad como seu candidato. (Folha)

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira em Brasília que a Praça dos Três Poderes foi maltratada por inimigos da democracia durante os atos golpistas do 8 de Janeiro. “Toda minha comitiva e eu, pessoalmente, nos sentimos imensamente honrados de estarmos hoje aqui ao seu lado, hoje, aqui, neste lugar, nesta Praça dos Três Poderes, que foi atacada, destruída praticamente, ou, pelo menos, bastante maltratada pelos inimigos da democracia. A maneira com que (Lula) conseguiu reconstituir os equilíbrios da democracia e levar a cabo esse debate internacional significa muitíssimo para nós”, disse Macron após reunião com Lula no Palácio do Planalto. (g1)

O general Richard Nunes é o novo número 2 do Exército. Foi ele que nomeou como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro o delegado Rivaldo Barbosa, um dos suspeitos de articular a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). A decisão foi tomada nesta quinta-feira em reunião dos comandantes das Forças Armadas com o presidente Lula. Na época em que nomeou Barbosa, em março de 2018, Nunes era secretário de Segurança do Rio de Janeiro, tendo assumido o cargo por indicação do general Walter Braga Netto, então interventor por determinação do presidente Michel Temer. Lula teria reclamado a aliados da promoção do general. Mas a alta cúpula do Exército defendeu Nunes e, dizendo que a promoção segue critérios de antiguidade, convenceu o presidente. Fontes disseram que outro argumento foi a proximidade de Nunes com o comandante do Exército, Tomás Paiva, e o general Amaro, do Gabinete de Segurança Institucional. (CNN Brasil)

A liderança do PT na Câmara divulgou nota nesta quinta-feira (28/3) cobrando a recriação imediata da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, extinta no governo de Jair Bolsonaro e que ainda não foi recriada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Trata-se de instrumento essencial para investigar, esclarecer e reconhecer os casos de mortos e desaparecidos políticos em nosso país”, diz o texto assinado pelo líder do partido na Câmara, Odair Cunha (MG).

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro havia pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a liberação de seu passaporte para que ele pudesse viajar a Israel, a convite do premiê Benjamin Netanyahu. O pedido foi feito na semana passada, antes da reportagem do New York Times que revelou a estadia de duas noites de Bolsonaro na embaixada da Hungria — o que torna ainda mais improvável que Moraes o acate. (Globo)

Na noite desta quinta-feira, um evento para levantar fundos para a campanha de reeleição de Joe Biden reunirá mais dois ex-presidentes democratas: Barack Obama e Bill Clinton. A arrecadação para o encontro no Radio City Music Hall, em Nova York, já ultrapassou US$ 25 milhões — os ingressos custavam de US$ 225 a US$ 500 mil e se esgotaram. A entrada mais engajada de Obama e Clinton no esforço para derrotar Donald Trump vai testar a popularidade dos dois, que são verdadeiras estrelas em seu partido, mas deixaram o poder há bastante tempo: Obama foi eleito pela primeira vez há 16 anos; Clinton deixou a Casa Branca há um quarto de século. Participarão do evento celebridades e artistas como Queen Latifah, Lizzo, Mindy Kaling, Ben Platt e Lea Michele. (CNN)

Depois que Javier Milei, presidente da Argentina, chamou Gustavo Petro, presidente da Colômbia, de “assassino terrorista”, o governo colombiano expulsou todo o corpo diplomático argentino de seu país. A declaração de Milei foi dada em entrevista ao programa Oppenheimer Presenta, da CNN en Español. “As expressões do presidente argentino deterioraram a confiança da nossa nação, além de ofenderem a dignidade do presidente Petro, que foi eleito democraticamente”, disse o governo da Colômbia em comunicado. Milei ainda chamou o presidente mexicano, Andrés López Obrador, de “ignorante”. (CNN Brasil)

A Justiça do Distrito Federal recebeu denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou o filho “zero quatro” de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, réu por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro juntamente com outras cinco pessoas. Segundo a denúncia, os réus forjaram uma declaração de faturamento de uma empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia, com o objetivo de dar lastro a empréstimos bancários que chegaram a R$ 291 mil entre 2022 e 2023. A defesa de Jair Renan afirma que ele foi “vítima de um golpe”. (g1)

O ex-senador americano Joe Lieberman morreu nesta quarta-feira aos 82 anos. Ex-congressista por Connecticut e procurador-geral do estado, Lieberman foi eleito para o Senado em 1988. Centrista proeminente, ajudou a fundar a moderada Nova Coalizão Democrata e criticou o ex-presidente Bill Clinton pelo escândalo de Monica Lewinsky. Em 2000, tornou-se o primeiro judeu em uma chapa presidencial de um grande partido, concorrendo a vice ao lado de Al Gore. Sua carreira foi marcada por uma tendência independente, que culminou com o rompimento com os democratas e o apoio ao republicano John McCain nas eleições presidenciais de 2008. Deixou a vida parlamentar em 2012. Mas, recentemente, copresidiu o movimento No Labels e tentou buscar nomes alternativos a Joe Biden e Donald Trump. (Axios)

Com um poder poucas vezes visto desde a redemocratização, o Congresso Nacional registrou sua melhor avaliação em quase 21 anos, segundo pesquisa realizada entre 19 e 20 de março pelo Datafolha. Do total de entrevistados, 22% aprovam o trabalho de deputados e senadores, ante 23% que desaprovam e 53% que o veem como regular. Em dezembro, os números eram diferentes: a avaliação negativa era maior (35%), enquanto a positiva era menor (18%). O nível de aprovação e rejeição das Casas comandadas pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) registrado agora é o mais favorável desde o levantamento de dezembro de 2003, no fim do primeiro mandato de Lula, quando 24% avaliavam como ótimo ou bom e 22%, como ruim ou péssimo. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos. (Folha)