‘Considero assunto encerrado’, diz Barroso sobre ataques de Musk
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira que considera o debate sobre os ataques do empresário Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes e ao Judiciário “assunto encerrado”. Também disse que as resposta que a Justiça “precisava dar, já deu”. “Por mim esse é um assunto que a gente deve virar a página”, afirmou. “Agora, qualquer coisa que tenha que ser feita tem que ser feita no processo, se houver o descumprimento. Às vezes as pessoas fazem bravatas, mas não implementam as suas declarações.” (CNN Brasil)
Clã Bolsonaro é surpreendido com recurso para cassar Moro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repetia até esta quinta-feira que a cassação de Sergio Moro não era mais um assunto de seu partido. Só que o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, tinha outros planos, já que decidiu seguir com a ação e já comunicou o fato à direção partidária, conta Bela Megale. Como Valdemar e Bolsonaro estão proibidos de se comunicar pelo Supremo Tribunal Federal, não falaram sobre o assunto. Os apelos do ex-presidente até chegaram a Valdemar, mas não surtiram efeito. Ele alega que, como houve uso de dinheiro público do PL, é obrigatório que o partido siga até o fim com a ação. (Globo)
UE vai cobrar de Musk ações contra desinformação em eleições
Em meio a um embate verbal com o Supremo no Brasil, Elon Musk está na mira da União Europeia por conta das eleições parlamentares marcadas para junho, conta Jamil Chade. O X e as demais redes sociais vão ter de apresentar medidas concretas contra desinformação e discurso de ódio, sob pena de multas que podem chegar a 6% de seu faturamento global. A plataforma de Musk, em particular, é alvo desde dezembro de uma investigação no continente por não cumprir as regras para contenção de conteúdo nocivo. (UOL)
Após caso Brazão, Câmara quer mudar regras do Supremo
Temendo desgaste junto à opinião pública, a Câmara manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. Mas, como conta Andréia Sadi, os deputados planejam reagir contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou prendê-lo. Uma das medidas em estudo seria elevar a idade mínima para indicação de ministro do Supremo de 35 para 60 ou mesmo 65 anos, mantendo a aposentadoria compulsória aos 75. A ideia é evitar que um presidente “ocupe” a Corte com indicados jovens que ficarão por décadas no cargo. Outro projeto, na contramão do que está decidindo o STF, é limitar o foro privilegiado, restringindo as situações em que um parlamentar pode ser julgado pelos ministros. (g1)
Quaest: governadores que disputam espólio de Bolsonaro são bem avaliados
Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível, quatro governadores despontam como potenciais candidatos da direita às eleições de 2026: Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. Pesquisa Genial/Quaest (íntegra) divulgada nesta quinta-feira mostra que todos contam com uma boa avalição em suas bases. Tarcísio tem 62% de aprovação, contra 29% de reprovação; Zema, 62% e 31%; Ratinho, 79% a 17%; e Caiado 86% a 12%.
Com 277 votos, Câmara mantém prisão de Chiquinho Brazão
Numa vitória para a base governista e o Supremo Tribunal Federal, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) por suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. Foram contabilizados 277 votos a favor, 129 contra e 28 abstenções. A aprovação dependia de ao menos 257 votos. Poucos minutos antes do início da votação ainda havia dúvidas entre parlamentares da base do governo se haveria votos suficientes para aprovar o relatório do deputado Darci de Matos (PSD-SC) a favor da prisão. Nos bastidores, deputados afirmavam que a decisão de Alexandre de Moraes de prender o parlamentar violou a Constituição, que prevê que deputados só podem ser detidos em flagrante por crime inafiançável. Membros do Centrão e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendiam a utilização do caso como um recado ao ministro do STF. Além disso, citaram a falta de provas suficientes contra Brazão e que seria um equívoco chancelar uma prisão decretada apenas com base em delação premiada. O temor é que essa situação abra um precedente. (Folha)
Musk diz que respeita leis do Brasil e de onde opera
Dono do X, Elon Musk afirmou nesta quarta-feira que a plataforma “respeita as leis do Brasil e de todos os países em que opera”. Mas, segundo ele, quando uma ordem para infringir a lei é recebida, ela é recusada. A declaração foi feita ao comentar a nota de uma conta oficial da rede social sobre o banimento de perfis por determinação da Justiça. “No centro desse debate, está nossa crença de que algumas das ordens judiciais que recebemos não estão de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal brasileira”, diz. Em nota, a rede social afirmou que espera há mais de um ano para que a Justiça levante o sigilo dos pedidos de banimento de perfis. “Ignorar esses recursos é uma violação do devido processo legal. Pedimos ao tribunal que levante as ordens de sigilo sem demora, que ouça nossos recursos e que os outros poderes da República façam todos os esforços, dentro de suas respectivas jurisdições, para exigir a transparência essencial em uma democracia próspera.” (Poder360)
Em votação sobre prisão de Brazão, Lira abre mão de cortar ponto de ausentes
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu que não vai cortar o ponto de quem não votar na sessão destinada a apreciar o parecer pela manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Torres. A definição ocorreu em uma reunião de líderes logo após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovar o relatório a favor da prisão com 39 votos a favor, 25 contrários e uma abstenção.
Hamas diz não ter os 40 reféns necessários para novo cessar-fogo
O Hamas indicou que não consegue entregar 40 reféns israelenses, conforme exigido para a primeira fase de um novo acordo de cessar-fogo. Segundo uma autoridade israelense e uma fonte familiarizada com as discussões, aumentam os temores de que mais reféns estejam mortos. O arranjo proposto pelos negociadores prevê que, durante uma primeira pausa de seis semanas nos combates, o Hamas liberte 40 dos cerca de 100 reféns que ainda estariam em poder do grupo, incluindo todas as mulheres bem como homens doentes e idosos. Em troca, centenas de prisioneiros palestinos seriam libertados das prisões israelenses. De acordo com as fontes, o Hamas disse aos mediadores internacionais que não tem 40 reféns vivos que correspondam a esses critérios para libertação. (CNN)
Líder político do Hamas denuncia morte de 3 filhos em ataque israelense
O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou nesta quarta-feira em entrevista à rede Al Jazeera que um ataque israelense no norte de Gaza matou três de seus filhos. Haniyeh, que vive no Catar, disse que Hazem, Amir e Mohammad foram mortos junto a vários dos seus netos. Segundo o chefe do Hamas, eles foram alvejados quando visitavam parentes durante o feriado muçulmano de Eid al-Fitr no campo de refugiados de Shati. Ainda de acordo com Haniyeh, 60 membros de sua família, incluindo sobrinhas e sobrinhos, teriam sido mortos desde o início da guerra, em outubro. Os militares israelenses admitiram o ataque aos três filhos de Haniyeh, descrevendo-os como agentes militares do Hamas que se dirigiam para “realizar atividades terroristas na área central da Faixa de Gaza”. A declaração israelense não fez menção aos netos. (Al Jazeera)