Política

Sistema de pagamentos do governo é invadido, com suspeita de desvio de recursos

O sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, foi invadido neste mês. Suspeita-se que os autores do ataque emitiram r ordens bancárias e desviaram recursos da União. A Polícia Federal investiga o caso e rastreia os suspeitos com apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Gestor do Siafi, o Tesouro Nacional implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos. As apurações indicam que os invasores conseguiram acessar o Siafi utilizando o CPF e a senha do gov.br usada pelos gestores e ordenadores de despesas para utilizar a plataforma de pagamentos. A fraude foi detectada porque o CPF do gestor utilizado para tentar emitir uma ordem bancária via Pix era o mesmo de quem liquidou a despesa. Nas regras de administração financeira federal, a liquidação e o pagamento precisam ser autorizados por gestores distintos. O Siafi já havia sido alvo de uma tentativa de invasão em 2021. (Folha)

Lula cobra agilidade de Alckmin e que Haddad fale com Congresso em vez de ler livro

O presidente Lula cobrou de seus ministros mais empenho na articulação com o Congresso, destacando os desafios de fazer política com minoria parlamentar e que o cenário pede mais agilidade do Planalto. Lula pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, seja “mais ágil”. Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares. “Isso significa que o Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social), o Rui Costa (ministro da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, afirmou. Segundo o presidente, os desafios de articulação fazem parte de “fazer política”. O governo enfrenta turbulências na relação com o Congresso. No mais recente embate, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegou a chamar o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente”. (Folha)

Movimento tenta evitar nomeação de advogado de Lira para o TST

Juristas e ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) mais próximos ao governo estão se movimentando para impedir que o advogado Adriano Costa Avelino seja nomeado para uma vaga na Corte, conta a Coluna do Estadão. Avelino tem um padrinho de peso, seu cliente Arthur Lira, presidente da Câmara, mas já fez publicações em redes sociais com ataques pesados ao presidente Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff. Em março de 2016, ele defendeu que ambos fossem guilhotinados. “Mas antes tem que cortar a língua para pararem de latir”, acrescentou. O advogado está na relação de postulantes entre os quais os ministros do TST vão escolher uma lista tríplice a ser encaminhada a Lula. Cabe ao presidente escolher um nome, que será então sabatinado e confirmado pelo Senado. (Estadão)

Falta de convite para reunião com Lula irrita Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vem colecionando irritações com o Executivo. A mais recente é a suposta dubiedade do Palácio do Planalto, que vem desde a semana passada vazando para a imprensa que o presidente Lula (PT) pretende ter uma reunião presencial com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pacificar a relação com o Legislativo, mas sem que se faça efetivamente um convite para o encontro. Como conta Débora Bergamasco, Lira reclama por ficar “rendido” diante de parlamentares que lhe cobram informações sobre a reunião, especialmente diante de votações de matérias de interesse do governo. (CNN Brasil)

MST ameaça fazer 50 ocupações ainda em abril para pressionar o governo

Com o objetivo de pressionar o governo federal a acelerar o processo de reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pretende realizar até o fim desde mês 50 ocupações, além das 27 já registradas. As ações fazem parte do chamado Abril Vermelho, mês de protesto do movimento, em memória dos 21 trabalhadores rurais mortos por policiais em 17 de abril de 1996, em Eldorado dos Carajás (PA). Segundo líderes do MST, a entidade acredita que o governo federal tem simpatia pela reforma agrária, mas deseja que o processo seja mais ágil e amplo. (Metrópoles)

Chefe da inteligência israelense renuncia devido ao 7 de Outubro

Mais de seis meses depois dos atentados do grupo terrorista Hamas, o chefe do serviço de inteligência de Israel pediu demissão nesta segunda-feira por não ter antecipado e impedido o ataque, onde 1.200 pessoas foram mortas e quase 300 feitas reféns. Aharon Haliva, militar com 38 anos de serviço, foi a primeira autoridade graduada israelense a assumir a falhas de inteligência que permitiram aos terroristas romperem a supostamente inexpugnável fronteira da Faixa de Gaza e atacar comunidades, bases militares e um festival de música eletrônica. “Nós não cumprimos nossa mais importante tarefa, e, como chefe do Departamento de Inteligência, assumo total responsabilidade por esse fracasso”, disse ele, pouco depois dos ataques. (CNN)

Parlamentares querem dinheiro

Netanyahu diz que vai aumentar ‘pressão política e militar’ sobre o Hamas

Após uma reunião do gabinete de guerra israelense para discutir os esforços para libertar os reféns ainda detidos em Gaza, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de rejeitar propostas para um acordo e disse que, em breve, Israel vai desferir “golpes adicionais e dolorosos” e aumentar a “pressão militar e política” sobre o grupo terrorista. O gabinete de guerra é formado por Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e Benny Gantz, presidente do Partido da Unidade Nacional. Em um comunicado em vídeo, divulgado pela assessoria de imprensa do Governo para marcar o Pessach no domingo, Netanyahu disse: “esta noite, 133 de nossos queridos irmãos e irmãs não se sentam à mesa do Seder e ainda estão presos no inferno do Hamas.” (CNN Brasil)

Oposição venezuelana confirma Edmundo González como candidato

A coalizão de oposição ao presidente Nicolás Maduro na Venezuela, a Plataforma Democrática Unitária (PUD), aprovou “por unanimidade” a candidatura de Edmundo González Urrutia para as eleições presidenciais de 28 de julho. O anúncio foi feito depois de Corina Yoris ter sido impedida de concorrer. Yoris, por sua vez, havia sido nomeada no lugar de María Corina Machado, que, apesar de ter vencido as primárias da oposição em outubro, teve sua inscrição impedida. González tem 74 anos e tem carreira de diplomata. Serviu como embaixador na Argélia entre 1991 e 1993 e na Argentina, nos primeiros anos do governo de Hugo Chávez, entre 1999 e 2013. (g1)

Ministério tinha plano para 60 anos do golpe que incluía memorial, vídeos e entrevistas

O Ministério dos Direitos Humanos tinha programado, para marcar o aniversário de 60 anos do golpe militar, entrevistas do ministro Silvio Almeida, tornar locais simbólicos da repressão em memoriais e até um vídeo com o grupo Porta dos Fundos. O plano foi obtido pela Folha e não está claro se chegou a ser submetido ao presidente Lula antes que ele vetasse qualquer evento ou declaração sobre a efeméride. No documento, estão detalhadas algumas das ideias a serem realizadas ao longo de 2024, sob o slogan "60 anos do golpe 1964-2024 – sem memória não há futuro". Uma delas era levar Almeida ao programa Altas Horas, da TV Globo, e ao Que História é Essa, Porchat?, do GNT, para atingir o público mais jovem. Também se pretendia transformar a Casa da Morte, em Petrópolis (RJ) e uma unidade do DOI-Codi em memoriais. Um grande evento no Museu Nacional, em Brasília, para cerca de 700 pessoas, também seria organizado — entre os nomes sugeridos para apresentar a cerimônia estava o da atriz Fernanda Torres. (Folha)