Moraes conclui que não há evidência de que Bolsonaro buscou asilo e arquiva ação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que não há evidências que comprovem que Jair Bolsonaro (PL) buscou asilo na Embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro, e arquivou a petição. Logo após ser alvo de uma operação da Polícia Federal e ter o passaporte apreendido, o ex-presidente passou dois dias na missão diplomática, levantando suspeitas de que poderia ter buscado asilo político no local. “Não há elementos concretos que indiquem — efetivamente — que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento”, afirmou Moraes. Ele acrescentou que, embora os prédios das missões diplomáticas tenham proteção especial, “não são considerados extensão de território estrangeiro”, por isso, Bolsonaro não cometeu “qualquer violação a medida cautelar de ‘proibição de se ausentar do país’”. Moraes, então, determinou o arquivamento da petição contra Bolsonaro por causa de sua estadia na embaixada. Em manifestação sobre o caso, a Procuradoria-Geral da República também afirmou que a permanência de Bolsonaro na embaixada não configurou violação às medidas cautelares impostas pelo Supremo. (Folha)
Presidente espanhol suspende função pública após acusação de corrupção contra sua mulher
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, suspendeu suas funções públicas para “parar e refletir” sobre a possibilidade de permanecer no cargo, depois de um tribunal ter aberto um inquérito preliminar por acusações de corrupção contra sua mulher, Begoña Gómez. Em comunicado, o líder espanhol disse que precisa urgentemente decidir se deve “continuar a liderar o governo ou renunciar a esta honra”. A denúncia contra Begoña Gómez foi apresentada pelos ativistas do grupo anticorrupção Mãos Limpas, que participaram de uma série de processos judiciais de grande repercussão nos últimos anos e são liderados por um homem ligado à extrema direita. Sanchéz disse que tomará uma decisão na próxima segunda-feira, depois de refletir se vale a pena permanecer no cargo “apesar da lama” em que a direita e a extrema direita tentam transformar a política. (BBC)
Aliados de Lula querem Alckmin na articulação política com conservadores
Uma ala do governo passou a defender que, em meio às tensões com o Congresso, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), atue na articulação política. Interlocutores do presidente Lula avaliam que o vice tem espaço para ter um peso político maior, criando uma agenda direta com setores conservadores e resistentes ao PT. Alckmin tem proximidade com políticos de centro-direita, setores conservadores da Igreja e empresários. Dentro do governo, ele é visto como alguém que poderia auxiliar o trabalho dos ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Rui Costa. Ele se manteria, no entanto, à frente do Ministério de Indústria, Comércio e Serviço. No dia a dia do Planalto, o vice é chamado com frequência pelo presidente para conversas em seu gabinete, mas não integra o núcleo político, formado unicamente por petistas. Alguns aliados de Lula consideram problemático o fato de esse núcleo ser formado unicamente por membros do partido enquanto o governo enfrenta dificuldades com o perfil mais conservador do Congresso. (Globo)
Biden assina ajuda de US$ 95 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan
O presidente americano, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira um pacote de ajuda de US$ 95,3 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan. Com isso, ele reafirma o apoio dos Estados Unidos a Kiev na guerra contra Moscou após meses de impasse no Congresso, que ameaçou a peça central da política externa da Casa Branca. “É um bom dia para a paz mundial”, disse Biden. “Isso tornará os EUA mais seguros, tornará o mundo mais seguro e dará continuidade à liderança americana no mundo e todos sabem disso.” O Senado votou em massa pela aprovação do pacote na noite de terça-feira, em um sinal de apoio bipartidário. Mesmo elogiando o pacote, Biden disse que a aprovação deveria ter “sido mais fácil e deveria ter chegado mais cedo”. Mas o presidente também enfrenta reações negativas no país devido ao seu apoio a Israel na guerra travada em Gaza, que matou mais de 30.000 palestinos. A medida inclui US$ 1 bilhão em ajuda humanitária. “Israel deve garantir que esta ajuda chegue a todos os palestinos em Gaza sem demora”, disse. (New York Times)
Lula cobra articulação de ministros, mas evita parlamentares
O presidente Lula enquadrou ministros e até o vice Geraldo Alckmin cobrando maior articulação com o Congresso, mas ele próprio não está praticando o que prega. Na agenda oficial do presidente desde o início de seu mandato constam 118 compromissos com parlamentares, 74% a menos, por exemplo, que os 451 de Jair Bolsonaro no mesmo período de seu governo. De janeiro do ano passado até agora, Lula realizou apenas duas reuniões com os líderes de partidos aliados na Câmara. A assessoria do presidente alega que ele mantém “diálogo regular” com deputados e senadores por meio de reuniões, viagens e eventos públicos para os quais os políticos são convidados. (Estadão)
Haddad se reúne com senadores para barrar PEC do Quinquênio
Na tentativa de desarmar algumas das chamadas “pautas-bomba” no Legislativo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se na noite de terça-feira com senadores para tentar impedir a aprovação da chamada PEC do Quinquênio, conta Julia Duailibi. O projeto prevê aumento de 5% a cada cinco anos para integrantes do Judiciário e do Ministério Público, com um impacto estimado de R$ 80 bilhões sobre as contas públicas. No encontro com os parlamentares, Haddad afirmou que as decisões tomadas pelo Legislativo devem impactar o grau de investimento do Brasil, a ser divulgado na próxima terça-feira pela agência de classificação de risco Moody’s. (g1)
Google veta impulsionamento eleitoral de postagens para o pleito de outubro
A partir do próximo dia 1º o Google não permitirá o impulsionamento pela ferramenta Google Ads de publicações de cunho político com vistas às eleições municipais de outubro. A empresa tomou a decisão por não considerar tecnicamente viável a adaptação às regras de impulsionamento impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Publicações governamentais poderão ser impulsionadas, desde que não se relacionem ao pleito. (Poder360)
Após acordo, Câmara aprova apoio ao setor de eventos ao custo de R$ 15 bi
Graças a um acordo costurado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Câmara aprovou na noite desta terça-feira um limite de R$ 15 bilhões para o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Além disso, o texto, que agora seguirá para o Senado, estabeleceu dezembro de 2026 como prazo final do programa reduziu de 44 para 30 o número de atividades beneficiadas. O Perse foi criado em maio de 2021 como um socorro ao setor de eventos, duramente atingido pela pandemia de covid-19. (g1)
Governo recupera R$ 2 milhões desviados do Siafi
O governo federal conseguiu recuperar junto a dois bancos R$ 2 milhões dos R$ 3,5 milhões desviados do Sistema de Administração Financeira (Siafi) por hackers. O dinheiro que falta já havia sido transferido para uma terceira instituição quando o estorno foi pedido. A complexidade do Siafi, usado pelos gestores dos ministérios para fazer pagamentos, faz com que investigadores desconfiem do envolvimento de pessoas que já atuaram ou mesmo ainda atuem no serviço público federal. (UOL)