Rússia e Ucrânia trocam ataques aéreos mirando termoelétricas e refinarias
A Rússia e a Ucrânia trocaram ataques aéreos na noite de sexta-feira e na manhã deste sábado, mirando instalações de energia. As ofensivas destruíram quatro termoelétricas e causaram incêndios, segundo as autoridades ucranianas. Kiev teria derrubado 21 dos 34 drones russos usados nos ataques e usou drones para acertar refinarias de petróleo da Rússia na região de Krasnodar. De acordo com Moscou, Kiev usou 66 drones para atacar a área de Krasnodar, todos interceptados. Os ataques aconteceram logo após o anúncio dos Estados Unidos de um pacote adicional de US$ 6 bilhões em ajuda à Ucrânia. Um porta-voz do governo russo reforçou hoje que não existe espaço para conversações de paz diante da recusa da Ucrânia de negociar com Moscou. (Folha e Valor Investe)
Haddad cobra responsabilidade fiscal do Congresso
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o esforço para que o país equilibre suas contas não chegará a uma vitória “por nocaute”. "Cada seis meses é um round. Vai ser sempre por pontos", disse Haddad em entrevista à Folha, em seu gabinete, na quinta-feira, O ministro afirmou que o "Executivo não consegue impor sua agenda ao Legislativo", e elencou propostas de ajustes que foram "desidratadas" pelo Congresso Nacional em relação às alterações das metas fiscais estabelecidas para 2024 e 2025. Entre elas está a que prevê a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de empresas e prefeituras, medida que foi questionada pelo governo no Supremo Tribunal Federal (STF) por não indicar o "impacto financeiro" sobre as contas públicas. Para o ministro, o governo recorreu ao STF contra desoneração da folha de pagamentos porque o Legislativo deve ter as mesmas obrigações que o Executivo, ou equilíbrio fiscal nunca será alcançado. (Folha)
Ideia de ‘rei Trump’ está se concretizando
Jamelle Bouie: “A afirmação de Donald Trump de que tem imunidade absoluta para atos criminosos realizados como presidente é um insulto à razão, um ataque ao bom senso e uma perversão da máxima fundamental da democracia americana: que nenhum homem está acima da lei. Mais surpreendente, porém, é o fato de o Supremo Tribunal ter tomado o caso em primeiro lugar. Não apenas por haver uma resposta óbvia — não, o presidente não está imune a processos criminais por ações ilegais cometidas com o aval do Poder Executivo — mas pelo fato de tribunal ter atrasado, talvez indefinidamente, o acerto de contas do ex-presidente com a Justiça. Ao atrasar o julgamento, o Supremo pode ter negado ao público o direito de saber se um ex-presidente, que quer ser o próximo presidente, é culpado de tentar subverter o processo sagrado da sucessão presidencial: a transferência pacífica do poder de um grupo para outro, que é a essência da democracia representativa. Na opinião de Trump, o presidente é soberano, não o povo. Na sua visão grotesca do Poder Executivo, o presidente é um rei, livre da lei, acorrentado apenas aos limites da sua vontade”. (New York times)
Trinta anos após a primeira eleição, a África do Sul realmente derrotou o apartheid?
Para ler com calma. Há 30 anos, milhões votaram nas primeiras eleições democráticas da África do Sul, desferindo um golpe fatal no apartheid. Enquanto os sul-africanos celebram 30 anos de liberdade e se preparam para votar em uma eleição nacional, na prática, o país ainda está longe de cumprir plenamente os objetivos da Carta da Liberdade. O Congresso Nacional Africano venceu as eleições de 1994 com a promessa de “uma vida melhor para todos”. Para muitos, no entanto, essa promessa não foi cumprida. Pesquisas eleitorais indicam que o partido corre o risco de perder pela primeira vez a maioria absoluta no governo nacional no pleito de 29 de maio. (New York Times)
Defesa de Bolsonaro volta a pedir ao STF devolução do passaporte para viagem a Israel
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira ao menos a “devolução temporária” do passaporte dele. O ex-presidente solicitou novamente liberação para uma viagem a Israel entre seis e sete noites no fim de maio. Os advogados dizem que Bolsonaro recebeu convite oficial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para visitar o país com sua família. Em março, o ministro Alexandre de Moraes já havia negado a devolução do documento, apreendido em fevereiro durante operação da Polícia Federal que apura uma tentativa de golpe de Estado. A defesa argumenta que não há risco para as investigações e que ele pode atender eventuais demandas da polícia antes ou depois da viagem. (g1)
X diz que investigados utilizaram ferramenta para burlar restrições impostas pelo STF
A defesa do X afirmou ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira que investigados pela Corte buscaram “contornar” restrições usando funcionalidades da plataforma, como a ferramenta que permite transmissões em áudio ao vivo. A plataforma também disse que determinou o bloqueio da ferramenta Spaces para usuários brasileiros, a fim de garantir a proibição da Corte. As explicações ocorrem após a Polícia Federal afirmar que o X tem mantido bloqueios de contas, mas permitido o uso do recurso de lives, o que possibilita a interação dos perfis suspensos com outros usuários. A PF apontou que houve uma reorganização da suposta milícia digital investigada pelo Supremo para atuar de forma internacional e tentar escapar da Justiça brasileira. Segundo o X, o relatório da PF tratou de casos pontuais e revela que os investigados atuam para driblar a ordem judicial. Os advogados da rede social afirmaram que “as operadoras do X, tão logo cientes do uso articulado da funcionalidade Spaces pelos usuários investigados, agiram prontamente para bloquear a possibilidade de seu acesso”. (g1)
Pacheco anuncia recurso ao STF para manter desoneração da folha de pagamentos
O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que vai recorrer ainda nesta sexta-feira da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, que suspendeu a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Ele afirmou que a manutenção do benefício até 2027 é constitucional e citou antecedentes do próprio STF a favor da prorrogação da medida. “Há o cumprimento restrito da Constituição Federal, da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não há, definitivamente, inconstitucionalidade alguma nesta prorrogação”, disse. Zanin entendeu que a prorrogação pelo Congresso não indicou o impacto financeiro nas contas públicas. “O que nos gerou perplexidade foi o comportamento do governo federal. Isto alimenta o fenômeno da judicialização da política, num momento em que resolvemos a questão do Perse (auxílio ao setor de eventos), debatemos o adiamento de sessões do Congresso. Isto cria-se uma celeuma para municípios e setores empregadores. É uma ação precipitada, descontextualizada e fora do momento.” (Globo)
Secretário de Estados dos EUA acusa China de tentar influenciar eleições
O secretário de Estado americano, Anthony Blinken, afirmou nesta sexta-feira ter provas de que o governo chinês está tentando influenciar as eleições de novembro nos EUA. A declaração foi feita no último dia de sua viagem à China, onde repetiu ao presidente Xi Jinping o recado dado no ano passado por Joe Biden para que Pequim fique longe das eleições americanas. “Qualquer interferência da China em nossas eleições é totalmente inaceitável”, disse Blinken. (CNN)
Após decisão de Zanin, Pacheco deixa de acompanhar Lula em viagem a Minas Gerais
A decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de atender a um pedido do governo e suspender a desoneração da folha de pagamento de estados e municípios fez o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistir de acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem nesta sexta-feira à Minas Gerais.
Lira aciona Polícia Legislativa contra Felipe Neto
O Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acionou a Polícia Legislativa para que autuasse o youtuber Felipe Neto por injúria qualificada. Na terça-feira, ao participar remotamente de um simpósio sobre regulamentação de redes digitais, o influenciador se referiu ao deputado como “excrementíssimo”. Nas redes, Felipe disse ter emitido “uma opinião satírica, jocosa, evidentemente sem intenção de ofensa à honra” e lembrou que Lira já criticou a intimação pela PF de deputados por ofensas a ministros. O crime de injúria prevê multa e pena de um a seis meses de prisão, aumentada em um terço se for qualificado, ou seja, cometidos contra “funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal”. (Globo)