Meio

Os militares israelenses anunciaram ontem que recuperaram em um túnel na Faixa de Gaza os corpos de três sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro. Duas mulheres, Shani Louk e Amit Bouskila, e um homem, Itshak Gelernter, foram mortos pelo Hamas enquanto escapavam do festival de música Nova e seus corpos foram levados para Gaza, segundo o porta-voz militar israelense Daniel Hagari. Os restos mortais foram identificados pelas autoridades, passaram pelo médico-legista e, em seguida, suas famílias foram informadas. “Devolveremos todos os nossos reféns, tanto os mortos como os vivos”, afirmou o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu. Dos três, apenas Shani Louk, de 23 anos, já havia sido dada como morta pelo governo israelense ainda em outubro, após identificar um fragmento de crânio como sendo da jovem. Um total de 252 pessoas foram feitas reféns e transferidas para Gaza durante o ataque do Hamas a Israel, que matou mais de 1.200 pessoas. (Times of Israel)

O Senado enviou nesta sexta-feira um pedido para sustar a liminar concedida pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendia a desoneração da folha de pagamento de municípios e de 17 setores da economia, na contramão da decisão do Congresso Nacional e motivo de divergência entre o Executivo e o Legislativo. A manifestação faz parte do acordo firmado entre o governo e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O governo também enviou uma manifestação, na última quarta-feira, para derrubar a liminar por 60 dias. O objetivo é desfazer o imbróglio e estabelecer mais tempo para negociação.

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi eleito nesta quinta-feira para integrar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir de junho, ele ocupará a vaga que será aberta com a saída de Alexandre de Moraes. A eleição segue um rodízio entre os ministros do STF por critério de antiguidade. O ministro já atuava no tribunal como substituto, mas seu mandato agora será efetivo por dois anos, prorrogáveis por mais dois. Mendonça prometeu “atuar com absoluta imparcialidade e deferência ao tribunal, à legislação e à Constituição”. Também elogiou a gestão de Moraes na Corte, iniciada em agosto de 2018 e que terminará no próximo mês. O TSE é formado por sete ministros, sendo três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois juristas, vindos da advocacia. (Globo)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou o dono da rede social X, Elon Musk, e o associou ao que chamou de movimento internacional “destrutivo” de extrema direita para desestabilizar democracias. “Há claramente uma articulação de extrema direita no mundo. (Musk) pode ser parte disso”, afirmou o ministro em entrevista ao jornal britânico Financial Times. “Estamos lutando contra poderosos inimigos da democracia”, disse Barroso. No mês passado, o bilionário fez fortes críticas ao Judiciário brasileiro, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, e ameaçou reativar perfis apagados por decisão da Justiça. “E algumas pessoas invocam a liberdade de expressão quando, na verdade, defendem um modelo de negócio baseado no engajamento e, infelizmente, no ódio, no sensacionalismo, em teorias da conspiração.” A assessoria de imprensa de Musk foi procurada pelo FT, mas não respondeu de forma específica. (BBC Brasil)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou nesta quinta-feira a análise dos recursos impetrados por PL e PT contra a absolvição do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e caixa dois nas eleições de 2022. Após a leitura do relatório pelo ministro Floriano de Azevedo Marques, os trabalhos foram suspensos, devido ao horário apertado para o início da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), às 14h. O julgamento será retomado na próxima terça-feira com a manifestação dos advogados de acusação e de defesa, assim como do Ministério Público Eleitoral, que é contra a cassação. Em seguida, os membros da Corte, votarão. O ex-juiz foi absolvido em abril, por 5 votos a 2, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). (CNN Brasil)

A tentativa de assassinato de Roberto Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, deixa a Europa em alerta para uma escalada na violência política da região. Alvo de um ativista e poeta de 71 anos – segundo a mídia local –, Fico levou cinco tiros em uma praça na cidade de Handlova, na área central do país, enquanto cumprimentava uma claque de apoiadores que o esperavam no local. O estado de saúde do primeiro-ministro é grave. O presidente do país, um cargo meramente cerimonial, declarou que o ataque é, também, um golpe na democracia eslovaca. Fico já foi primeiro-ministro em outras duas oportunidades e tem guinado a um autoritarismo nos moldes do russo Vladimir Putin e do húngaro Viktor Orbán, com políticas anti-LGBTQIAP+, anti-imigração e de desrespeito às liberdades constitucionais, como o papel da imprensa. Ainda assim, a brutalidade do ataque chocou a comunidade internacional, levando até mesmo o presidente dos EUA, Joe Biden, a uma declaração repudiando o atentado. A poucos dias das eleições parlamentares da União Europeia, a violência política demonstra ter voltado ao palanque do Velho Mundo depois de muitas décadas de instabilidade. (New York Times)

Começa nesta quinta, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o julgamento que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro (União-PR) por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições de 2022. A ação foi impetrada por PL e PT na Justiça Eleitoral do Paraná, onde Moro foi inocentado. De acordo com as acusações, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça se aproveitou de uma possível candidatura à Presidência, ainda pelo Podemos, e utilizou verbas maiores que as disponíveis para o cargo que efetivamente disputou, gerando desequilíbrio na disputa. (Globo)

A escolha de Magda Chambriard dará a Lula o que ele vem demandando da Petrobras: “comando e controle” sobre os rumos da maior empresa do país, conta Mariana Carneiro. Considerada “petista histórica”, Magda defendeu bandeiras controversas no passado, como a exigência de conteúdo local na indústria do petróleo, quando chefiou a ANP no governo de Dilma Rousseff. Fontes dizem que sua indicação foi defendida pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, por José Sergio Gabrielli, ex-presidente da estatal, e pelo líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também referendou o nome dela. A expectativa é que Magda estabeleça uma linha direta com Lula, num paralelo da relação de confiança entre Dilma e a então presidente da Petrobras Maria das Graças Foster. E a relação não deve passar pelo Ministério de Minas e Energia nem pela Casa Civil. (Estadão)

Joe Biden e Donald Trump concordaram nesta quarta-feira com a realização de dois debates eleitorais: em 27 de junho na CNN e em 10 de setembro na ABC News. Com isso, os candidatos democrata e republicano à Casa Branca quebram a tradição de décadas de três debates organizados pela Comissão de Debates Presidenciais. Os dois debates serão mais cedo do que o normal e serão organizados pelas próprias redes de notícias, em vez da tradicional organização terceirizada do evento para transmissão simultânea em todas as plataformas de mídia. (Washington Post)

A demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras mostra que o terceiro mandato de Lula assumiu o modelo de Dilma Rousseff, com o viés intervencionista do PT e uma visão desenvolvimentista com maior participação do Estado como pilar da economia, analisa Roseann Kennedy. Sócio da Tendências Consultoria, o economista Silvio Campos Neto, mostra preocupação: “O Brasil não perde a oportunidade de demonstrar que não aprende com os erros do passado”. E esse, segundo ele, é um fator que gera risco reputacional para país, afugentando investidores e provocando impactos como alta do dólar, dos juros e da inflação. Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), reforça as críticas. “Havia uma expectativa de que Lula compreendesse que venceu a eleição porque adotou um papel mais ao centro. O que mais incomoda não é cometer um erro, mas é repetir os erros.” (Estadão)