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O mandato de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado termina em fevereiro do ano que vem, mas, segundo aliados, ele não deve “voltar para a planície” do plenário. Em vez disso, a previsão é que Pacheco assuma um ministério do governo Lula, como forma de trazer para o Executivo um político de destaque em Minas Gerais e estreitar os laços com o Senado. O favorito à sucessão na presidência da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), tem o apoio de Pacheco, que, no governo poderia servir como interlocutor entre Executivo e Legislativo. Publicamente, o senador mineiro diz que sua prioridade é concluir seu mandato, mas ele e o presidente Lula já teria conversado sobre sua possível adesão ao governo. Interlocutores atribuem a essas conversas a mudança de posição de Pacheco ao retirar da pauta uma PEC que aumentaria os salários de integrantes do Judiciário e era criticada pelo Executivo. (Folha)

"Claro”, essa foi a resposta de Steffen Hebestreit, porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz, ao ser perguntado por repórteres se a Alemanha prenderia Benjamin Netanyahu caso o Tribunal Penal Internacional (TPI) emita o mandado de prisão contra o premiê israelense e ele pise em solo alemão. O mandado foi solicitado na segunda (20) por Karim Khan, TPI, que também pediu a prisão do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e os líderes do Hamas Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh por crimes de guerra e contra a humanidade. Agora, juízes do TPI analisam a validade das requisições de Khan. Hebestreit disse que o cenário era "hipotético", mas garantiu: "Ja, wir halten uns an Recht und Gesetz." ou, em tradução livre para o português, “Sim, cumprimos a lei”. (Globo)

Em seus primeiros comentários públicos desde que desistiu das primárias republicanas à presidência, a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley disse nesta quarta-feira que planeja votar em Donald Trump. Ela afirmou que o ex-presidente “não tem sido perfeito” em áreas que considera importantes, como política externa, imigração e economia, mas o presidente Joe Biden “tem sido uma catástrofe”. “Portanto, votarei em Trump”, disse Haley, que foi embaixadora dos EUA nas Nações Unidas durante o governo Trump. (CNN)

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, convocou nesta quarta-feira eleições antecipadas, que terão Keir Starmer tentando tomar o poder para o Partido Trabalhista após 14 anos de governo conservador. Numa medida de alto risco para o Partido Conservador, que está mais de 20 pontos atrás dos trabalhistas nas pesquisas, o pleito será em 4 de julho e o Parlamento será dissolvido no próximo dia 30. Sunak anunciou a data depois de afirmar que a inflação está de volta ao controle e que a economia está melhorando, acrescentando que esse é “o momento para a Grã-Bretanha escolher seu futuro”. “Espero que meu trabalho desde que me tornei primeiro-ministro mostre que temos um plano e estamos preparados para tomar as medidas ousadas necessárias para o nosso país florescer”, disse. Falando em frente ao número 10 de Downing Street, apesar da chuva, Sunak disse que a eleição é uma questão de confiança, alertando que o povo britânico não pode acreditar em qualquer promessa feita por Starmer. “A questão agora é como e em quem você confia para transformar essa base em um futuro seguro para você, sua família e nosso país”, disse ele. Em seguida, Starmer postou um vídeo no X, dizendo que é “hora de mudar” e alertando que mais cinco anos de conservadores significa que as coisas piorariam. “Depois de 14 anos sob o domínio conservador, nada parece funcionar mais. Serviços públicos desmoronando, ambulâncias que não chegam, famílias sobrecarregadas por taxas hipotecárias mais altas, comportamento antissocial nas nossas ruas principais, a lista é infinita. O caos político alimenta o declínio, alimenta o caos, alimenta o declínio.” (Guardian)

O governo israelense chamou de volta seus embaixadores na Noruega, na Espanha e na Irlanda nesta quarta-feira, após os três países anunciarem que reconhecerão no próximo dia 28 da Palestina como um estado soberano. Em nota oficial o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que Tel Aviv “não vai se conter diante daqueles que minam sua soberania e sua segurança” e que o reconhecimento da Palestina é uma recado ao Irã e a grupos como o Hamas de que “o terrorismo compensa”. (Guardian)

A queda na avaliação do governo Lula entre a população já foi percebida pelo Planalto, mas ela se repete, e de forma até mais acentuada, em um espaço crucial para o funcionamento do Executivo: a Câmara dos Deputados. Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (íntegra), mostra que a avaliação negativa do governo entre os deputados saltou de 33% em agosto do ano passado para 42% agora, enquanto a positiva recuou de 35% para 32%, e a regular de 30% para 26%, ambas dentro da margem de 4,8 pontos. Para fins de comparação, a última pesquisa da Quaest entre a população em geral mostrava as avaliações positiva e negativa do governo empatadas em 33% e a regular em 31%.

Sergio Moro (União Brasil-PR) seguirá sendo senador. Por unanimidade, o ex-juiz conseguiu salvar seu mandato ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que rejeitou os recursos do PT e do PL contra a decisão da Justiça Eleitoral no Paraná, que absolveu o senador das acusações de abuso de poder econômico, arrecadação ilícita e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022. O relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, abriu a votação se posicionando contra o recurso. Ele foi acompanhado por André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Raul Araújo, Isabel Gallotti e Alexandre de Moraes. Esse foi o último julgamento de grande repercussão sob a presidência de Moraes, que fez questão de pautar o caso às pressas para participar da votação. Iniciado na semana passada, o julgamento foi retomado com as argumentações dos advogados e a leitura do parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral, que defendeu a manutenção do mandato de Moro, afirmando que o TSE deve preferir uma “postura de menor interferência na escolha soberana das urnas”. (Estadão)