Política

Bolsonaristas dominam Marcha Para Jesus no Rio

Mais importante evento evangélico do Rio de Janeiro, a Marcha Para Jesus sempre teve um lado político. Em ano eleitoral, o evento deste sábado reforçou essas tintas, com predominância do bolsonarismo. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), provável candidato do partido à prefeitura da capital, dividiram o palanque com o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, um dos organizadores do evento e apoiador fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), que costuma comparecer à marcha na condição de prefeito, chegou a confirmar a presença, mas não apareceu. Falando aos milhares de religiosos que lotaram a Praça da Apoteose, Malafaia não poupou ataques ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador de toga”, por suspender resolução do Conselho Federal de Medicina vetando o aborto legal em casos com mais de 22 semanas de gestação. (Globo)

Lula é alvo de novo protesto e compara seu governo ao anterior

Pelo segundo dia consecutivo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de manifestações durante eventos São Paulo. Estudantes, funcionários e professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de Guarulhos protestaram em uma solenidade aberta na região metropolitana da capital pedindo mais verbas para a instituição e a retomada das negociações salariais com os docentes. Ao contrário do que acontecera na sexta-feira em Araraquara, Lula falou diretamente aos manifestantes, destacando a liberdade para manifestação, em contraste com o governo anterior, mesmo sem mencionar explicitamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Há pouco tempo, os estudantes não podiam se manifestar, os professores não podiam reivindicar, os reitores não podiam reclamar, e o governo não estava disposta a negociar”, disse ele. Os manifestantes foram hostilizados verbalmente por alguns dos participantes do evento, mas não houve incidentes. (UOL)

EUA querem usar fundos russos congelados para financiar guerra na Ucrância

Os Estados Unidos e seus aliados querem usar os ganhos financeiros de fundos russos congelados no Ocidente para apoiar o esforço de guerra da Ucrânia. A ideia foi apresentada esta semana durante um encontro na Itália dos ministros das finanças do G7, que reúne as maiores economias do planeta. Desde a invasão de 24 de fevereiro de 2022, cerca de US$ 280 (R$ 1,4 trilhão) russos em fundos de investimentos nos EUA e em países da Europa ocidental foram congelados, mas continuaram rendendo dividendos. A estimativa é de que esses rendimentos injetariam até R$ 50 bilhões (R$ 257,5 bilhões) na Ucrânia. Moscou reagiu à iniciativa dizendo que ela viola leis internacionais e ameaçando congelar bens desses países na Rússia. (Washington Post)

Lula enfrenta protesto de professores no interior de São Paulo

Cerca de 40 professores federais aproveitaram uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Araraquara (SP) para protestar contra a interrupção, por parte do governo, da negociação de reajuste salarial da categoria. “Lulinha, de coração, negocia com a educação” e “Ei, Lula, presta atenção. Negocia com a educação” gritavam os manifestantes. Lula não respondeu diretamente aos professores, mas defendeu os gastos de seu governo com educação, em particular o programa de incentivo financeiro para tentar conter a evasão escolar de alunos de baixa renda. “O que o pobre precisa é ter oportunidade”, disse ele, no canto do palanque em que estavam os manifestantes. (Folha)

Brasileiro achado morto em Gaza será sepultado no domingo

O corpo do brasileiro Michel Nisenbaum, encontrado nesta sexta-feira por tropas israelenses na Faixa de Gaza, será sepultado no domingo em Ascalão, onde mora sua família, disse a irmã dele, Mary Shohat. Nisenbaum havia sido sequestrado e morto por terroristas do grupo islâmico Hamas durantes os atentados a Israel em 7 de outubro do ano passado, e seu corpo levado para Gaza junto outros cadáveres e centenas de reféns. Nascido em Niterói (RJ), ele vivia em Israel há mais de 40 anos. Os militares encontraram ainda os corpos de outros dois reféns, Hanan Yablonka e Orión Hernández. (UOL)

Corte de Haia manda Israel interromper ação em Rafah, mas não será obedecida

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), mais importante órgão jurídico da ONU, determinou nesta sexta-feira que Israel interrompa suas operações militares na cidade palestina de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza. O tribunal, sediado em Haia, analisa uma ação da África do Sul acusando o governo israelense de genocídio em sua campanha contra o grupo terrorista Hamas. O presidente da corte, Nawaf Salam, disse que a situação em Gaza é “desastrosa” e que a ação de Israel pode causar “danos irreparáveis” ao território palestino, ao mesmo tempo e que manifestou preocupação com a situação dos reféns israelenses ainda em poder dos extremistas islâmicos. A ordem da corte, entretanto, vai ser ignorada por Tel Aviv. Integrantes do gabinete israelense vão se reunir para discutir a decisão de Haia, mas o porta-voz do governo, David Mencer, não deixou margem para dúvidas: “Nenhuma força no mundo nos obrigará a cometer suicídio político, e é isso que a interrupção da guerra contra o Hamas significa”. (BBC)

Governo reavalia envio de Pimenta para cuidar da ajuda ao RS

Pessoas dentro do governo já acreditam não ter sido uma boa ideia a nomeação de Paulo Pimenta para o ministério extraordinário de ajuda ao Rio Grande do Sul. A medida provisória que criou a pasta prevê seu funcionamento até fevereiro do ano que vem, mas as MPs, embora entrem em vigor imediatamente, precisam ser votadas pelo Congresso em 90 dias, sob pena de perderem a validade. Na avaliação de uma ala do Executivo, isso deu ao Legislativo mais uma arma de barganha, num momento em que o Planalto busca pacificar a relação com o Congresso. Os parlamentares podem tanto deixar a MP caducar, o que aconteceria às vésperas da eleição municipal, ou, num cenário pior, derrubá-la. O próprio Pimenta já fala em ficar quatro meses no cargo, em vez dos seis previstos. (Folha)

Popularidade digital de Leite cresce, mas maioria das menções é negativa

A exposição do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), diante da tragédia provocada pelas chuvas no estado fez disparar sua popularidade digital. Mas, como mostra o blog de Malu Gaspar, isso não foi necessariamente uma boa notícia. Levantamento feito pela Quaest indica que a grande maioria das menções ao governador foi negativa, com críticas às alterações que ele promoveu no Código Ambiental do estado em seu primeiro governo, à escolha de uma empresa privada para gerenciar as doações em dinheiro para as vítimas da tragédia e a uma suposta autopromoção do político. A repercussão mais negativa se deu no último dia 15, quando Leite reclamou do efeito negativo das doações vindas de todo o país sobre o comércio local – o governador depois se desculpou pela fala. (Globo)

Ministro rápido no gatilho

Aula inaugural do novo curso: “Você pode ser liberal e não sabe”

O que é liberalismo? É uma ideologia de direita? É a defesa do estado mínimo? Neoliberalismo é uma ideologia? Nesse novo curso do Meio, Pedro Doria mostra por que nenhuma das alternativas está correta. Venha fazer uma viagem pelas ideias liberais da Idade Média até os dias atuais e ampliar seus conhecimentos. Compre o curso “Você pode ser liberal e não sabe” com desconto.