Política

Em evento de campanha, Trump passa 39 minutos ouvindo música e dançando

Donald Trump, de 78 anos, passou 39 minutos de um evento de campanha na segunda-feira ouvindo sua playlist preferida, enquanto se balançava. Depois de eleitores passarem mal por causa do calor durante o evento na Pensilvânia, um estado-pêndulo, ele perguntou se mais alguém desmaiaria, pediu que não fossem feitas mais perguntas e que sua lista de músicas fosse tocada. “Não vamos fazer mais perguntas. Vamos apenas ouvir música. Vamos transformar isso em música. Quem diabos quer ouvir perguntas, certo?”, indagou. Ele tocou nove músicas, entre elas Ave Maria e YMCA, dançou, apertou a mão das pessoas no palco, apontou para a multidão e respondeu a algumas perguntas. A moderadora do evento, a governadora de Dakota do Sul, Kristi L. Noem, ficou ao lado do candidato republicano, balançando a cabeça com as mãos entrelaçadas. Já vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, compartilhou o vídeo no X e escreveu: “Espero que ele esteja bem”. (Washington Post)

Governo Maduro diz ter ‘respeito absoluto’ por Lula e minimiza fala que o liga à CIA

Um dia após o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusar o presidente Lula de ser um agente da CIA, o Ministério das Relações Exteriores do regime de Nicolás Maduro buscou minimizar a declaração nesta terça-feira, descrevendo-a como um comentário de “caráter personalíssimo”. Também afirmou ter “respeito absoluto” pelo brasileiro. “As recentes declarações feitas pelo procurador-geral da República sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em nenhum momento refletem a posição do governo federal, responsável pela política externa venezuelana”, escreveu o chanceler Yván Gil no Telegram. “ [A Venezuela] reafirma o respeito absoluto à trajetória histórica de Lula e sua liderança no Brasil, assim como às relações entre países, Estados e povos que continuarão se fortalecendo.” Lula se afastou do regime chavista depois que Maduro foi declarado vencedor nas eleições presidenciais de 28 de julho, contestadas pela oposição e por parte da comunidade internacional devido à denúncias de fraude e não apresentação das atas de votação. O Brasil não reconheceu a suposta vitória de Maduro. (Folha)

Bolsonaro reconhece Tarcísio como preferido da direita em 2026, mas precisará de seu aval

Jair Bolsonaro (PL) já admite a aliados que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o favorito da direita para as eleições presidenciais de 2026. Mas, para isso, afirma, terá de ir até o ex-presidente em busca de aval. Com isso, avaliam interlocutores, Bolsonaro quer mostrar que, apesar de inelegível, segue ditando os rumos dos representantes da direita em eleições. E, até o momento, descarta outros nomes, como o dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Bolsonaro já cogita a possibilidade de Tarcísio ser seu candidato sem migrar para o PL, como chegou a ser acordado. Ministro da Infraestrutura no governo anterior, Tarcísio teve participação decisiva para o avanço de Ricardo Nunes (MDB) para o segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo, fortalecendo-se. (Globo)

Apagão da Enel: vai todo mundo perder

Tem culpa a ser distribuída a todos os agentes do caos. Prefeito, governador, ministro, empresa. Que oportunidade perfeita seria essa para um momento de brio político e projeto de longo prazo, já pensou?

Em novo gesto a evangélicos, Lula sanciona lei que cria o Dia da Música Gospel

Em um novo ato de aproximação dos evangélicos, o presidente Lula sancionou nesta terça-feira a lei que estabelece 9 de junho com o Dia da Música Gospel. A sanção ocorreu em uma cerimônia restrita no Palácio do Planalto, na qual o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que integrou a base de apoio de Jair Bolsonaro (PL), discursou em nome da bancada evangélica. “A música gospel agora tem um dia nacional de celebração”, disse Lula, acrescentando que a medida dá “visibilidade ao importante papel da cultura, da religiosidade e da fé de milhões de brasileiros e brasileiras”. Otoni, que chamou Lula de “meu presidente”, elogiou a convivência com o petista, de quem disse discordar politicamente. O deputado lembrou que a maior parte dos evangélicos não apoiou o petista na eleição de 2022, mas destacou que os evangélicos não têm “dono”, escolhem pautas com base em valores e crenças, e que a as igrejas não são de “direita ou de esquerda”. “Não somos gados ou jumentos. Somos ovelhas do bom pastor. E as paixões políticas não vão desviar o nosso papel”, afirmou. O parlamentar também elogiou as políticas sociais dos governos de Lula, afirmando que beneficiaram os evangélicos. (g1)

Na disputa pela sucessão de Lira, PT pode ficar com vice-presidência da Câmara

Com um total de 81 deputados e a segunda maior bancada da Câmara, o apoio da federação PT, PCdoB e PV é essencial para os pré-candidatos à presidência da Casa. Em troca de votos, os concorrentes ao cargo têm ofertado vagas na mesa diretora. PSD e União Brasil, que têm como candidatos Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), ofereceram a primeira vice-presidência da Casa à federação do PT, o que garante também a vice-presidência do Congresso Nacional — a última vez que os petistas ocuparam o cargo foi em 2013. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, tenta capitalizar o sucesso do partido nas eleições municipais para negociar a sucessão na Câmara. Brito e Elmar fizeram um acordo para disputar a presidência com o objetivo de forçar um segundo turno contra Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A ideia é que, juntos, eles derrotem Motta, que, segundo aliados, ofereceu ao PT a primeira secretaria da mesa diretora. O PT ainda não definiu seu apoio. Para o partido, o mais importante é que o próximo presidente da Casa garanta a governabilidade de Lula. (UOL)

Apagão em SP expõe falta de diretores em agências reguladoras por disputa política

A recente crise de energia em São Paulo expôs uma situação delicada no funcionamento das agências reguladoras do país, com várias diretorias vagas e disputas políticas atrasando nomeações. De acordo com um levantamento feito pelo Valor Econômico, nove cadeiras de diretores estão abertas, e outras oito ficarão desocupadas até o fim do ano, impactando diretamente a fiscalização de serviços públicos essenciais. No centro dessa situação, está uma disputa entre aliados dos senadores Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco pela ocupação dessas vagas. Com o apagão recente em São Paulo, o governo nomeou Gentil Nogueira Júnior para uma vaga na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fundamental para resolver os problemas operacionais expostos pela falha elétrica na capital paulista. Outras agências, como Anvisa, Anatel e ANP, também enfrentam a mesma situação, com diretores interinos em seus postos, o que não inviabiliza as operações, mas enfraquece a capacidade de decisão estratégica dos órgãos. (Valor Econômico)

Eleições fortalecem ala do PT que defende nome do Nordeste para presidência do partido

A sucessão no comando do Partido dos Trabalhadores (PT) pode ser influenciada pelo resultado das eleições municipais. Nos bastidores da legenda, acredita-se que ganha força a ala que defende um nome do Nordeste para substituir Gleisi Hoffmann. O pleito evidenciou, mais uma vez, a força da região para o desempenho nacional do partido – dos oito estados nos quais o PT avançou em número de eleitos frente a 2020, seis estão no Nordeste. As urnas reforçaram a influência de ministros nordestinos como cabos eleitorais. Saíram fortalecidos das eleições Camilo Santana (Educação), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Rui Costa (Casa Civil), vindos de estados (Ceará, Piauí e Bahia) que encabeçaram a lista de novas prefeituras conquistadas pelo PT. Um dos nomes ventilados para suceder Gleisi é o do líder do partido na Câmara, José Guimarães (CE). A decisão depende do presidente Lula, que já indicou uma possível antecipação da escolha, inicialmente prevista para abril ou maio do ano que vem. Seu preferido é o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. (Globo)

Missão da ONU conclui que Maduro cometeu crimes contra a humanidade em eleição

Nicolás Maduro e seu governo cometeram crimes contra a humanidade na Venezuela antes, durante e após a controversa eleição de julho. Foi o que concluiu uma missão das Nações Unidas que investigou violações de direitos humanos no país. Em um relatório de 180 páginas divulgado nesta terça-feira, a equipe internacional apontou que a repressão à oposição envolveu assassinatos, tortura, prisões arbitrárias e violência sexual. Segundo o relatório, houve planejamento da ofensiva do governo Maduro a partir de uma estreita cooperação entre militares e diversas instituições do Estado. Dissidentes foram obrigados a deixar o país, enquanto outros se refugiaram em embaixadas estrangeiras em Caracas. (UOL)

Segundo chefe de agência humanitária da ONU, situação no norte de Gaza é ‘desesperadora’

A situação no norte de Gaza é “desesperadora”, disse Georgios Petropoulos, chefe da agência humanitária da ONU, ao entregar a primeira ajuda alimentar permitida na região em mais de duas semanas. “Não temos suprimentos de abrigo, muito pouca comida e nenhuma garantia de Israel de levar qualquer coisa para Jabalia, onde mais de 100 mil pessoas estão presas.” As Nações Unidas condenaram o “grande número de vítimas civis” nos últimos dias – apenas na manhã de hoje, 50 palestinos foram mortos em toda a Faixa de Gaza, entre eles dez pessoas da mesma família. Enquanto isso, o chefe das forças de paz do órgão, Jean-Pierre Lacroix, afirmou que manterá a posição dos soldados da paz no Sul do Líbano e expressou “forte preocupação” com os ataques israelenses que feriram soldados. A declaração contraria os interesses de Israel, que pediu à ONU que movesse cinco quilômetros ao norte sua linha de defesa. (BBC e AP)