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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não está nada satisfeito com a MP que limita a compensação de PIS/Cofins com impostos federais. Apelidada de MP do Fim do Mundo pelos exportadores, o agronegócio calcula um prejuízo de R$ 30 bilhões, enquanto o setor de combustíveis fala em R$ 10 bilhões. Em uma reunião com o presidente Lula no Palácio do Planalto, Pacheco disse que o tema não deveria ter sido tratado por medida provisória sem respeitar a regra que estabelece que a União fica proibida de cobrar qualquer tributo no mesmo exercício financeiro ou sem respeitar o prazo de 90 dias, conta Raquel Landim. A MP foi editada e entrou em vigor no último dia 4 de junho. O presidente do Senado disse que há um grande descontentamento no setor produtivo, que se deparou com essa situação da noite para o dia, o que pode justificar uma inconstitucionalidade. E afirmou que vai tomar uma decisão sobre o assunto até esta terça-feira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a MP para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e de pequenos municípios. (UOL)

Às vésperas de uma reunião na Suíça sobre a guerra na Ucrânia, o presidente Lula defendeu que a Rússia participe das negociações para um acordo político para o conflito, conta Jamil Chade. O plano de paz, segundo Lula, deve seguir os termos acertados entre Brasil e China no mês passado. A chamada de cerca de 30 minutos de Putin para o brasileiro ocorreu enquanto a cúpula dos chanceleres do Brics começava na Rússia nesta segunda-feira. A insistência de Lula sobre a participação russa ocorre dias antes da reunião de mais de 90 governos de todo o mundo. Lula foi convidado, mas não vai participar, alegando que não faz sentido um encontro apenas com o lado ucraniano. O Brasil também não enviará o chanceler Mauro Vieira ou o assessor especial Celso Amorim, sendo representado apenas pela embaixada do país em Berna. O governo teme que o encontro sirva apenas para chancelar a posição de Volodymyr Zelensky, que não aceita qualquer negociação enquanto as tropas russas estiverem em território ucraniano. Brasília considera que apenas Pequim pode influenciar Moscou. (UOL)

Numa rara demonstração de consenso entre as grandes potências, o Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira uma resolução que pede ao Hamas que concorde com um plano de três fases para libertação de reféns em troca de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Apenas a Rússia se absteve de votar o texto elaborado pelos Estados Unidos, que defende a troca de reféns, primeiro idosos, feridos e mulheres, por palestinos detidos por Israel ao longo de seis semanas de cessar-fogo. Isso seria seguido pelo fim permanente das hostilidades após novas negociações e a libertação de todos os reféns. E uma terceira fase envolveria a reconstrução. Os EUA buscavam o apoio da ONU desde que a proposta foi apresentada pelo presidente Joe Biden em 31 de maio. Segundo a resolução, EUA, Catar e Egito vão “trabalhar para garantir que as negociações continuem até que todos os acordos sejam alcançados e a segunda fase possa começar”. Como o texto teve o apoio palestino, ficou mais difícil diplomaticamente para Rússia ou China vetá-lo. De acordo com a resolução, Israel já aceitou os termos do cessar-fogo. Essa afirmação, no entanto, é questionada, pois o premiê Benjamin Netanyahu fez uma série de comentários céticos sobre o assunto. E a renúncia de Benny Gantz, membro centrista do gabinete de guerra, deixou Netanyahu ainda mais dependente dos membros da extrema direita da sua coalizão, que se opõem veementemente ao acordo. (Guardian)

A Polícia Federal descobriu que uma joia cravejada de pedras preciosas pode ter sido negociada nos Estados Unidos por emissários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nova peça foi descoberta há poucas semanas, após diligências dos investigadores no exterior. Um dos depoentes ligados a uma joalheria americana disse que as gemas poderiam ser extraídas da peça para comercialização, mas o negócio acabou não sendo concluído. A suspeita é que a joia tenha sido presenteada por um país do Oriente Médio ao então presidente. Os investigadores querem saber o paradeiro da peça que, de acordo com apurações preliminares, estaria no mesmo estojo da escultura de palmeira folheada a ouro entregue a Bolsonaro em um encontro entre empresários brasileiros e árabes no Bahrein. A defesa do ex-presidente foi procurada pela CNN, mas não se manifestou. (CNN Brasil)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira que o Palácio do Planalto vai atuar para que o Congresso não vote o projeto que proíbe delações premiadas de réus presos e o que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. “Consideramos que esses projetos de lei não deveriam estar neste momento na pauta prioritária da Câmara dos Deputados”, afirmou. “O governo vai entrar em campo para que a pauta da Câmara não seja em projetos que atiçam a beligerância, que atiçam a violência política.” Segundo o ministro, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, vai reforçar essa posição com os líderes e com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). (Globo)

O governo tentará convencer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a necessidade de baixar a temperatura na Câmara. Nessa missão, segundo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a procurar Lira e o presidente do Senado para tentar sensibilizá-los.

Em junho do ano passado a Polícia Federal fez uma operação contra pessoas ligadas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por suspeita de fraude na compra de kits de robótica para escolas em Alagoas. Três meses depois, porém, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes anulou o inquérito e ordenou a destruição de todas as provas e a devolução de todo o material e bens apreendidos. E aí está o problema, conta Malu Gaspar. Cerca de R$ 4 milhões encontrados no cofre de uma propriedade do policial civil e empresário Murilo Sergio Jucá Nogueira Junior continuam depositados em uma conta judicial, sem que ninguém apareça para reclamá-los. De acordo com os agentes, isso seriam um indício de que não os donos do dinheiro não teriam como comprovar sua origem lícita. (Globo)

O bom desempenho da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu segue fazendo estragos pelo continente. O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou nesta segunda-feira sua renúncia, após a derrota acachapante de sua legenda, o Partido Liberal-Democrata Flamengo (VLD), que, segundo as projeções, obteve somente 5,8% dos votos. “Eu liderei a campanha. Este não foi o resultado que esperávamos, e, consequentemente, assumo total responsabilidade, disse ele. (CNN)

Benny Gantz, ministro do gabinete de guerra de Israel, anunciou neste domingo a sua renúncia do governo de emergência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, por divergir da condução da guerra em Gaza. O político moderado havia prometido no final do mês passado deixar a coalizão caso o premiê não apresentasse um plano para o pós-guerra no território palestino. "Netanyahu está nos impedindo de avançar em direção a uma verdadeira vitória. Essa é a razão pela qual estamos deixando o governo de emergência hoje, com o coração pesado mas com muita confiança", disse. A saída é um golpe à aparente unificação em torno da guerra conseguida por Netanyahu, e expõe as divisões dentro da liderança israelense. A renúncia de Gantz, entretanto, não deve ameaçar o governo do primeiro-ministro de Israel, que ainda controla a maioria do Parlamento. (New York Times/ Guardian)

A brasileira Fatima Boustani, ferida no Líbano após ter sua casa Saddik bombardeada em primeiro de junho, deixou a UTI e apresenta melhora. Um dos filhos feridos no episódio recebeu alta na última quarta, e a outra filha, de 10 anos, permanece hospitalizada no sul do país após passar por três cirurgias na perna. Seu estado de saúde já não é considerado grave, disseram familares da brasileira. Ainda assim, ela deve passar por novas cirurgias até que possa receber alta. Uma foto divulgada pela família mostra Fatima com curativos no rosto. (G1)