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Economia

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Inflação em 2025 deve se aproximar dos 5%, aponta Focus

No primeiro Boletim Focus de 2025, agentes do mercado financeiro revisaram algumas das principais projeções econômicas. Segundo o relatório divulgado pelo Banco Central, a estimativa para o IPCA de 2024 (a ser divulgado na sexta-feira), caiu de 4,90% para 4,89%. No entanto, para este ano, a expectativa subiu para 4,99%. Apenas em 2026 a inflação deve retornar à meta de 3%, após previsão de ficar em 4,03%, pois há uma margem de 1,5 pontos para mais ou para menos. Enquanto isso, o dólar deve fechar esse ano em R$ 6, com a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, passando de 14,75% para 15%. O crescimento do PIB de 2025, por sua vez, foi ajustado levemente de 2,01% para 2,02%, enquanto ano passado a economia deve ter crescido 3,49% (em 7 de março de 2025 será conhecido o número oficial, divulgado pelo IBGE). Em 2026, as previsões para o PIB (1,80%), câmbio (R$ 5,90) e Selic (12%) ficaram inalteradas. (Meio)

Alta do dólar encolheu em 7,1% as reservas internacionais do Brasil em 2024

A disparada do dólar no fim do ano e os leilões feitos pelo Banco Central para tentar segurar a cotação fizeram com o Brasil fechasse o ano com uma reserva internacional de US$ 329,7 bilhões. Isso representa um recuo de 7,1% (US$ 25,3 bilhões) em relação ao patamar de 2023. Mesmo com a ação do BC, a moeda americana encerrou o ano com uma alta de 27%, cotada a R$ 6,17. (g1)

Classe média volta ser maioria no Brasil

Pela primeira vez em nove anos, a maioria das famílias brasileiras está na classe média (e alta). Segundo estudo da Tendências Consultoria com dados até o final de 2024, 50,1% dos domicílios no país têm renda familiar acima de R$ 3,4 mil, base da classe C. Em 2015 esse grupo representava 51% dos lares, mas houve uma queda já no ano seguinte, por conta da diminuição de famílias na Classe C, de 33,4% para 31,6%, enquanto as classes B (com renda familiar entre R$ 8,1 mil e R$ 25,5 mil) e A (acima de R$ 25,5 mil) se mantiveram estáveis. Em 2023, o percentual desses três grupos era de 49,6%. Segundo a economista Camila Saito, da Tendências, a migração acentuada de famílias da classe D/E para a C nos últimos dois anos se deve à “melhora significativa do mercado de trabalho no pós-pandemia” e dos aumentos reais do salário mínimo. (Globo)

Economia precisa de um ‘cavalo de pau’, defende Elena Landau

“O Brasil vive uma crise de credibilidade. Ninguém confia no amanhã ou que [o presidente] Lula vai mudar. Então, é Lula que precisa mudar essa percepção”, avalia a economista e advogada Elena Landau. Na visão dela, o arcabouço fiscal traz apenas medidas paliativas, enquanto o país precisa de um “cavalo de pau”, uma mudança radical de direção nos gastos públicos com apoio total do presidente. “Não adianta olhar o copo meio cheio e dizer: ‘Ah, o PIB está crescendo, o desemprego está baixo’. Sem base estrutural, vai ser voo de galinha. Quem compra moeda brasileira ou olha Brasil quer uma demonstração de que governo leva a sério a situação”, afirma. (Folha)

Ibovespa cai 1,33%, e dólar sobe 0,30%

A primeira sexta-feira do ano terminou com o principal índice da Bolsa brasileira em baixa. O Ibovespa caiu 1,33%, aos 118.532,68 pontos. Na semana mais curta por causa do feriado de Ano Novo, resultado ficou negativo em 1,44%. Já o dólar comercial voltou a subir, avançando 0,30%, a R$ 6,18. Na semana, a perda foi de 0,2%. Em Wall Street, o dia foi de alta: Dow Jones subiu 0,83%, S&P 500 ficou positivo em 1,26% e Nasdaq fechou com valorização de 1,77%. (InfoMoney)

Estrangeiros retiraram R$ 24,2 bilhões da B3 em 2024, pior desempenho desde 2016

Ao longo de 2024, investidores estrangeiros retiraram R$ 24,2 bilhões da B3. Segundo dados compilados pela Elos Ayta, essa é a maior saída líquida de recursos da Bolsa brasileira desde 2016. O levantamento mostra que, desde 2016, só houve mais saída do que entrada em 2018, 2019 e 2024. Já 2022 registrou o melhor desempenho, com entrada líquida de R$ 119,79 bilhões. Entre 2021 e 2023, a bolsa de valores brasileira atraiu R$ 217,2 bilhões em aportes estrangeiros. Segundo a análise, saídas recordes, como a de 2024, evidenciam desafios estruturais e conjunturais, como a percepção de risco associado ao ambiente político e econômico, além de movimentos globais de aversão a risco, que afetam a percepção de investidores externos. No ano passado, apenas os meses de julho, agosto, outubro e dezembro registraram saldo positivo de entrada de recursos estrangeiros. E agosto foi o melhor mês do ano, com entrada líquida de R$ 10,01 bilhões, enquanto abril foi o pior, com saída líquida de R$ 11,1 bilhões. (CNN Brasil)

IOF para compras com cartão de crédito no exterior ou pré-pago recua a 3,38%

O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para compras com cartão de crédito no exterior ou cartões pré-pagos carregados com moeda estrangeira recuou de 4,38% em 2024 para 3,38% neste ano. A mudança foi definida em 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL) e, como não foi alterada sob a gestão de Lula, começou a valer na última quinta-feira. A compra de divisas estrangeiras em espécie segue sendo taxada em 1,1%. A alíquota que incide sobre o uso de cartões de crédito no exterior e pré-pagos continuará sendo reduzida. No ano que vem cairá a 2,38% e em 2027, a 1,38%. Em 2028, a alíquota será zerada, valendo também para a aquisição de moeda estrangeira em espécie. A lei que mudou o IOF se baseou na livre movimentação de capitais e na realização das operações no mercado de câmbio de forma menos burocrática, segundo o Banco Central. (g1)

Trabalho presencial aprofunda desigualdades e não melhora produtividade, diz pesquisadora

Profissionais de menor qualificação e com salários mais baixos devem ser os principais a retornar ao trabalho presencial em 2025, enquanto o modelo híbrido tende a se consolidar entre trabalhadores com maior autonomia, alta escolaridade e rendimentos mais elevados. A projeção é de Sylvia Hartmann, CEO da Remota e pesquisadora de modelos de trabalho flexível. Hartmann avalia que o retorno presencial para trabalhadores da base da pirâmide não resolve desafios organizacionais como inovação, engajamento e fortalecimento da cultura corporativa. “Acreditar que o retorno compulsório ao escritório aumentará a produtividade é um grande equívoco”, afirma. Dados de uma pesquisa realizada pela FEA/USP e FIA com quase mil participantes indicam que 74% das empresas já possuem políticas formais para trabalho híbrido. Já organizações tradicionais e setores como a manufatura continuam mais resistentes à mudança. Segundo Hartmann, a flexibilidade no trabalho é um diferencial competitivo, especialmente para empresas menores, mas sua implementação exige planejamento e investimento. A especialista também alerta para o risco de que decisões pautadas por “mimetismo”, como seguir grandes corporações que retomaram o presencial, possam agravar a perda de talentos e diminuir o engajamento. (Estadão)

Reajuste do salário mínimo para R$ 1.518 tem impacto de R$ 81,5 bilhões na economia

O salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518 e o novo valor já está em vigor. O ganho real, acima da inflação, foi de 2,5%, conforme as novas regras fiscais aprovadas e deve gerar impactos expressivos na economia nacional, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com o valor, o instituto calculou um incremento de R$ 81,5 bilhões na renda dos brasileiros e de R$ 43,9 bilhões na arrecadação de impostos sobre o consumo. Segundo o Dieese, cerca de 59,9 milhões de pessoas terão sua renda direta ou indiretamente afetada pelo aumento do piso salarial. Entre os grupos mais impactados estão os aposentados e pensionistas do INSS, que somam 28,1 milhões de beneficiários e devem injetar R$ 38,78 bilhões na economia, gerando também R$ 20,9 bilhões em arrecadação. Trabalhadores formais com carteira assinada, totalizando 17,3 milhões, terão um impacto de R$ 23,87 bilhões na renda e R$ 12,87 bilhões em impostos. O reajuste também beneficia 4 milhões de trabalhadores domésticos, com um impacto estimado de R$ 5,57 bilhões no consumo e R$ 3 bilhões em tributos. Entre os trabalhadores por conta própria, 10 milhões têm rendimentos atrelados ao salário mínimo, o que deverá gerar R$ 12,82 bilhões no consumo e R$ 6,91 bilhões na arrecadação. Pequenos empregadores, somando 332 mil, completarão o ciclo de impacto com um incremento de R$ 442 milhões no consumo e R$ 227 milhões em impostos. (Globo)

Biden bloqueia a compra da US Steel pela japonesa Nippon

O presidente Joe Biden bloqueou a aquisição da siderúrgica americana US Steel pela japonesa Nippon Steel, alegando que o acordo representava uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Em comunicado, Biden justificou que a decisão de vetar a negociação de US$ 14 bilhões busca proteger a indústria siderúrgica de propriedade e operação doméstica, crucial para as cadeias de suprimentos e a força nacional. “É minha solene responsabilidade como presidente garantir que, agora e por muito tempo no futuro, a América tenha uma forte indústria siderúrgica”, afirmou. O bloqueio seguiu um parecer do Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos, que levantou preocupações de que a aquisição poderia reduzir a produção de aço no país. Em resposta, a Nippon sinalizou que pode contestar o bloqueio na Justiça. Executivos da US Steel também criticaram o veto, afirmando que o investimento seria vital para modernizar as operações e preservar empregos, especialmente na Pensilvânia, onde a empresa tem forte presença. No entanto, o sindicato United Steelworkers celebrou a decisão, temendo que a venda comprometeria benefícios trabalhistas e pensões. (New York Times)

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